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FILMES INESQUECÍVEIS XXI

NOIVO NEURÓTICO, NOIVA NERVOSA

Woddy Allen nasceu em Nova Iorque, em 1935. Ao longo de uma carreira de mais de 30 anos, já realizou perto de 50 filmes, alguns deles tendo se tornado clássicos nos Estados Unidos, na Europa e na maior parte dos países do mundo. Dois dos seus primeiros sucessos foram Bananas e o Dorminhoco, ambos do início da década de 70. Divertidos, bem sucedidos, tinham um pouco, porém, de humor no estilo pastelão, que não caracteriza a obra madura do diretor. Ele se tornaria um cineasta mais cerebral, com um humor fino e intelectualizado, levando o espectador a pensar e a acompanhar com agilidade seus diálogos inteligentes, rápidos e cortantes.

Na filmografia de Allen, não podemos esquecer ainda obras como Zelig, A Era do Rádio e A Rosa Púrpura do Cairo. No primeiro temos o foco num personagem em crise de identidade, mudando conforme o ambiente e situações, como se fosse um camaleão. No segundo o diretor mostra de maneira saborosa a força do rádio na época de ouro do veículo. Não havia televisão e nem ao menos ninguém sonhava com internet, então as pessoas se deliciavam com aquele fabuloso instrumento de comunicação e diversão: o rádio. É comédia, mas também história, uma leitura divertida do cineasta sobre um período delicioso de sua vida e da vida de muitas pessoas. No terceiro filme citado a declaração de amor é ao cinema, a quem o americano dedicou seus melhores esforços. Mostra o vigor e a beleza da sétima arte de uma maneira inteiramente diferente do que Tornatore fez em Cinema Paradiso, um dos melhores dramas que já se produziu sobre o tema. Em “A Rosa Púrpura do Cairo, Woddy Allen interage os atores com os cinéfilos, faz um personagem sair do filme e vir para a platéia, torna possível uma paixão, ou amor, entre uma mocinha viciada em histórias românticas e um dos seus ídolos. Um belo filme do criativo artista novaiorquino.

Toda essa introdução se faz necessária porque a obra de Allen é dessas que deve ser analisada pelo conjunto. Claro, se fossemos mesmo escrever sobre tudo que ele produziu faríamos quase que um livro. Para não cansar o leitor, ficamos com essas citações aos seus primeiros filmes e a alguns dos seus melhores trabalhos.

Feita uma leitura da filmografia de Woddy Allen, nos parece que um marco e um divisor em sua produção é Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall, no título original), de 1977. Com este longa temos o artista já maduro, no melhor de sua fase, dirigindo e interpretando uma comédia extremamente inteligente, cabeça mesmo, com uma reflexão muito legal a respeito dos relacionamentos humanos, o casamento e os problemas conjugais. Tanto o diretor acertou na dose, que este trabalho lhe rendeu quatro Oscar da Academia: Melhor Diretor, Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Atriz (Diane Keaton). Muitos outros filmes seus, embora brilhantes, foram um fracasso de público e alguns até de crítica.

Novamente recorro ao Cinema Veneza, do Recife, que já apareceu por diversas vezes nesta série sobre alguns filmes inesquecíveis. Da última vez, quando comentamos Um Estranho no Ninho, conseguimos sensibilizar a bomconselhense Lucinha Peixoto, do Blog da CIT, que também lembrou seus tempos do antigo cinema da capital pernambucana. Certamente, quem está perto ou já passou dos 50 anos e morou uns tempos na Veneza Brasileira, nunca esquecerá a velha casa de exibição da Rua do Hospício, que formou e encantou tantas gerações de cinéfilo. Foi um grande ponto de encontro de jovens de todas as idades, intelectuais, casais e outras tribos durantes os anos 70 e 80, até dar lugar à novidade dos shopping centers com seus cinemas pequenos, caros e ruins.

Noivo Neurótico, Noiva Nervosa foi visto por mim também no Veneza, há muitos anos atrás. Lembro como hoje, contudo, do prazer de assistir aquela comédia, de humor cortante e inteligente do começo ao fim. Woody Allen então era moço, um tipo diferente com aqueles óculos a lhe dar um ar abobalhado. Diane Keaton, a atriz, que foi também sua mulher, estava em plena forma, muito bela, talentosa, formavam um par maravilhoso, afinado, que naquele filme conquistaram o público mundial com a discussão dos seus problemas de relacionamento – refletindo, na verdade, as questões comuns aos americanos, europeus, brasileiros e pessoas de muitas outras nacionalidades uma vez que os dramas abordados ali são universais.

A crítica considera Annie Hall (este título foi mantido em Portugal) talvez o filme mais honesto de Allen. E também está convencida de que a trama é muito autobiográfica, com muito da sua própria vida e de sua companheira.

Um curiosidade registrada a respeito dessa comédia que fez história: no filme é lançada a atriz Sigourney Weaver (de Aliens o 8º Passageiro), aparecem no longa o escritor e jornalista Truman Capote e o papa da comunicação Marshall MacLuhan.

Interessante mesmo, por certo, é conseguir um DVD ou uma cópia desse belo filme e vê-lo ou revê-lo em casa, atentamente, para perceber como as boas obras de arte são eternas e inesquecíveis. (Fontes de Consulta: "1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer", filmografia de Woody Allen, dados biográficos do cineasta, algumas informações da enciclopédia google e sites sobre o diretor e o filme).

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