Saiu mais uma pesquisa Datafolha. Revela que o humor do eleitorado se manteve estável nos últimos dez dias.Dilma Rousseff oscilou de 49% para 50%. José Serra (foto), de 29% para 28%. O fosso que separa a novata favorita do veterano azarão é, agora, de 22 pontos.
Quem quiser entender o que está prestes a acontecer deve esquecer por um segundo os índices de intenção de voto atribuídos aos candidatos.
Convém prestar atenção a um dado escondido no miolo da pesquisa: 81% dos eleitores declaram que estão “totalmente decididos” quanto à opção que fizeram.
Apenas 18% afirmam que podem trocar de candidato nos 30 dias que faltam para o encontro com as urnas, em 3 de outubro.
A taxa de eleitores feitos 100% dee certezas é maior entre os que preferem de Dilma (85%) do que os que optam por Serra (77%).
Considerando-se apenas os votos válidos –sem os nulos e brancos, desprezados pelo TSE— Dilma vai a 56%. Serra fica nos 32%. E Marina Silva, 11%.
Como a grossa maioria dos eleitores se diz decidida a não rever a opção de voto, a hipótese de uma virada de Serra está escorada na surpresa improvável.
Um pedaço minoritário do tucanato enxerga no caso da violação de sigilos da Receita um escândalo com potencial para levar a eleição ao segundo turno. Tolice.
Para desassossego de Serra, o novo escândalo não mobiliza a base do eleitorado, composta de gente que, com renda miúda, nem precisa declarar Imposto de Renda.
Para esse pedaço do eleitorado, pobre e majoritário, o Bolsa Família que lhe pinga na conta bancária mensalmente é um valor mais relevante do que o sigilo fiscal.
Por isso, a despeito dos esforços do comitê de Serra, o número de pessoas que se dizem convencidas de que Dilma será a próxima presidente aumentou.
Há dez dias, 63% dos eleitores achavam que a pupila de Lula prevalecerá sobre Serra. Hoje, 69% compartilham dessa opinião.
Ainda que Serra conseguisse repetir Alckmin, levando a eleição a um improvável segundo turno, apenas adiaria o infortúnio.
A essa altura, o êxito de Serra está condicionado a uma hecatombe política. (Do Blog de Jozias de Souza, da Folha de São Paulo).
SEMPRE ACREDITEI E CONTINUO ACREDITANDO MUITO NO DATA FOLHA(O QUE NÃO É O CASO DA TURMINHA DO ABC PAULISTA E ADJACÊNCIAS). ESTE INSTITUTO CONTINUA AFIRMANDO QUE A PORCENTAGEM ELEITORAL DE MARINA SILVA É DE DOIS DÍGITOS. POR QUE SERÁ QUE OS OUTROS INSTITUTOS DE PESQUISAS TEIMAM EM INFORMAR APENAS UM DÍGITO PARA MARINA?!?!?!
ResponderExcluirPrezado Roberto,
ResponderExcluirEu iria fazer um comentário ao texto aqui. Mas devido minha mania de prolixidade, resolvi publicá-lo como uma postagem no Blog da CIT (o link está em meu nome acima).
Quando chego aqui já encontro o Altamir Pinheiro, a quem admiro, senão por outras coisas, mas por também ser um defensor intransigente de Marina, para o bem do Brasil. Espero que Deus escute as nossas preces, embora nem saiba se ele reza, portanto me desculpe.
Lucinha Peixoto (Blog da CIT)
Cara Lucinha,
ResponderExcluirAssim que liguei o computador no início da noite, li o seu texto no Blog da CIT. Nem tinha lido ainda seu comentário: fui pelo título no link. Muto bom como sempre. Dei boas risadas com o seu fino humor, que me lembrou o velho Machado de Assis, um mestre nessa arte.
Gosto muito da Marina Silva, admiro a história de vida dela e acho sua candidatura válida. Ela disse numa entrevista à revista Veja que está nesta disputa para colocar na ordem do dia o debate sobre as questões ambientais. Como mulher inteligente a senadora está consciente que não tem chances. Faltam alianças, tempo na TV, recursos e até um - espero não ofendê-la - discurso convincente.Serra me parece até certo ponto um político honesto. Mas ideologicamente, hoje, assume o papel de um Collor preparado, faz uma campanha fascista que irrita qualquer pessoa consciente politicamente, com conhecimento da história desse país e das inter relações na América Latina e no mundo.
Dilma realmente não passa uma boa impressão, a gente fica meio desconfiado ao vê-la nas fotos ou na TV. Suas entrevistas, no entanto, na Veja, na TV Globo, nos jornais, fizeram com que eu a enxergasse mais preparada do que pensava. E no programa eleitoral está muito bem, embora aí tenha o marketing por trás.
Só pra terminar que hoje quem está escrevendo muito - e talvez sendo prolixo - sou eu: Josias de Souza, como toda a Folha,é claramente simpático aos tucanos. Eu leio os que pensam diferente também, quando são pessoas que têm algo a dizer. Claro, usei no meu blog só o que me interessava, pois quando a grande imprensa fala de mensalão, aloprados e agora o caso da Receita, sempre tem manipulação pelo meio. E não vou entrar no jogo desses caras, pois eles já têm veículos demais à disposição.
Nâo sou petista, nem fanático ou dogmático. Sou um democrata, estou ao lado das esquerdas ou progessistas quando estes se comportam com decência e defendem os interesses do povo, da maioria. Já conheci muito mau caráter se dizendo de esquerda e muito mais gente vestindo a roupa da direita e fazendo as maiores canalhices. Sei, também, como ensinava a jornalista e deputada Cristina Tavares, que em política não há santos. Ela dizia: "Em política é uma mão no sangue e outra na merda".
O presidente Lula só não caiu - como Getúlio (que se matou), como Jânio (que renunciou), como Jango, que foi deposto e como Collor (que foi impedido de continuar no cargo) - porque teve jogo de cintura suficiente, fez alianças indispensáveis à governabilidade, às vezes, certamente, metendo as mãos naquela sujeira citada por Cristina.
Tenho a maior satisfação de discurtir política com pessoas inteligentes.
Um grande abraço extensivo a todo pessoal da CIT.
.......... fez alianças indispensáveis à governabilidade.........
ResponderExcluirA LUCINHA PEIXOTO(PELA SUA SAGACIDADE, AGUDEZA E SUTILEZA) AO ESCREVER, PASSA-NOS OU DEIXA-NOS UMA IMPRESSÃO DE SER POSSUIDORA DE UM PROFUNDO CONHECIMENTO DE PSICANÁLISE "FROIDIANA". DAÍ, EU NUNCA ENTENDER O PORQUÊ DE O BRASILEIRO(ELEITOR) DE UM MODO GERAL TER TENDÊNCIA, ENCANTO, FACÍNIO OU QUEDA, POR POLÍTCOS BANDIDOS, TERRORISTAS, VALENTÕES E DANA-SE POR AÍ AFORA. LUCINHA PEIXOTO EXPLICA!!!
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