O Wellington Carneiro foi o primeiro a abordar a questão nos blogs de Garanhuns, no entanto evitou maiores comentários. Deixou que a imagem substituísse as palavras. O assunto, contudo, está presente em sites de todo mundo, ou pelo menos nos países cristãos, que estão indignados. O fato é que a revista Playboy, editada em Portugal, ao tentar fazer uma homenagem ao escritor José Saramago, terminou provocando uma grande escândalo de repercussão internacional. A publicação traz na capa um homem, caracterizado como Jesus, ao lado de uma modelo seminua, com os seios bem à mostra. Ela está deitada, o filho do Criador a segura nos braços e na cabeceira da cama se lê a frase: "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", referência a um livro do autor português publicado em 1991. Ele se indispôs com a Igreja Católica, neste romance, por mostrar que havia um relacionamento físico entre Cristo e Maria Madalena. A repercussão negativa é tamanha que a Playboy americana já estaria estudando cancelar o contrato com a revista editada em Portugal.
Milhões de pessoas em todo o mundo acreditam no cristianismo, seguem os evangelhos, aceitam os dogmas da igreja e têm Jesus não somente como um santo, mas como o filho de Deus. Ao trazer a literatura de Saramago ao conhecimento de milhões que não o leram, dessa forma, com uma verdadeira "cena de motel" envolvendo Cristo e Madalena, a revista mexeu com a fé dos portugueses, americanos, brasileiros, espanhóis, italianos e dos povos de muitos outros países do Ocidente e também do Oriente.
Caro Roberto Almeida,
ResponderExcluirNão acho que desrespeitou ninguém, talvez as Igrejas. Mas o que elas tem para contrapor? Denúncias de pedofilia acobertadas pela elite dirigente (Igreja Católica)? Roubo quase à mão armada (igrejas neopentecostais como Renascer e Universal)? Quando um jornal (dinamarquês ou sueco, não lembro bem) publicou charges de Maomé muitos alegaram a liberdade de imprensa, embora outros jornais e jornalistas ocidentais atacassem o jornal. Não vi coisa do outro mundo não. Acho que é mais falta do que fazer, tanto de quem publica como de quem se importa.