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Pesquisas Eleitorais

O NOVO SERRA

A pré-campanha presidencial começou a esquentar. Estava calma quando Serra (foto) liderava com folga. Dilma empatou, segundo quatro institutos de pesquisas e tanto a mídia golpista quanto o tucano se abespinharam*. Na internet surgiu uma carta dos pais de um militar acusando a petista de assassina, a Veja (sempre ela) publicou uma reportagem insinuando que a ex-ministra mandou preparar um dossiê contra o adversário, o próprio candidato do PSDB (que já mudara de discurso ao atacar a Bolívia) aproveitou a investida da revista e dos jornais que passaram a falar do tal dossiê para tentar desqualificar a pupila do presidente Lula. Uma sujeira. E tão cedo. Como o assunto é importante, uma vez que toda essa discussão se dá em torno dos nomes que possivelmente vão conduzir nossos destinos, a partir de 2011, não podemos deixar de tentar saber o que realmente está acontecendo. Abaixo, iremos publicar dois artigos sobre a questão e cada um pode tirar suas próprias conclusões. O primeiro encontrei no Blog de Jodeval Duarte:

VERÔNICA SERRA, A PERSONAGEM OCULTA

Nassif comenta o caso do suposto dossiê
À primeira vista, não fazia lógica a história da divulgação do suposto dossiê contra a filha de José Serra, que estaria sendo armado pelo PT. Primeiro, por ser inverossímil. Com a campanha de Dilma Rousseff em céu de brigadeiro, a troco de quê se apelaria para gestos desesperados e de alto risco, como a divulgação de dossiês contra adversários? Se a campanha estivesse em queda, talvez.

Além disso, os dados apresentados pela Veja, repercutidos pelo O Globo, eram inconsistentes. Centravam fogo em Luiz Lanzetta, que tem uma assessoria em Brasília que serve apenas para a contratação de funcionários para a campanha de Dilma – assim como Serra se vale da Inpress e da FSB para suas contratações.
Serra atacou Lanzetta, inicialmente, através de parajornalistas usualmente utilizados para a divulgação de dossiês e assassinatos de reputação. Só que há tempos caíram no descrédito e os ataques caíram no vazio. Serviram apenas como aviso.
Aí, se valeu da Veja que publicou uma curiosa matéria em que dava supostos detalhes de supostas conversas sobre supostos dossiês, mas nada falava sobre o suposto conteúdo do suposto dossiê.
Até aí, é Veja. Mas os fatos continuaram estranhos.
Há tempos a revista também caiu em descrédito tal que sequer suas capas são repercutidas pelos irmãos da velha mídia. Desta vez, no entanto, entrou O Globo, inclusive expondo a filha de Serra – como suposto alvo do suposto dossiê. Depois, o próprio Serra endossando as suposições, em um gesto que, no início, poucos entenderam. A troco de quê deixaria de lado o «Serra paz e amor» para endossar algo de baixa credibilidade, em uma demonstração de desespero que tiraria totalmente o foco da campanha?
Havia peças faltando nesse quebra-cabeças. Mas os bares de Brasília já conheciam os detalhes, que acabaram suprimidos nesse festival de matérias e editoriais indignados sobre o suposto dossiê.
A história é outra.
Quando começou a disputa dentro do PSDB, pela indicação do candidato às eleições presidenciais, correram rumores de que Serra havia preparado um dossiê sobre a vida pessoal de seu adversário (no partido) Aécio Neves.
A banda mineira do PSDB resolveu se precaver. E recorreu ao Estado de Minas para que juntasse munição dissuasória contra Serra. O jornal incumbiu, então, seu jornalista Amaury Ribeiro Jr de levantar dados sobre Serra. Durante quase um ano Amaury se dedicou ao trabalho, inclusive com viagens à Europa, atrás de pistas.
Amaury é repórter experiente, farejador, que já passou pelos principais órgãos de imprensa do país. Passou pelo O Globo, pela IstoÉ, tem acesso ao mundo da polícia e é bem visto pelos colegas em Brasília.
Nesse ínterim, cessou a guerra interna no PSDB e Amaury saiu do Estado de Minas e ficou com um vasto material na mão. Passou a trabalhar, então, em um livro, que já tem 14 capítulos, segundo informações que passou a amigos em Brasília.
Quando a notícia começou a correr em Brasília, acendeu a luz amarela na campanha de Serra. Principalmente depois que correu também a informação de um encontro entre Lanzetta e Amaury. Lanzetta jura que foi apenas um encontro entre amigos, na noite de Brasília. Vá se saber. A campanha do PT sustenta que Lanzetta não tem nenhuma participação na campanha.
Seja como for, montou-se de imediato uma estratégia desesperada para esvaziar o material. Primeiro, com os ataques iniciais a Lanzetta, que poucos entenderam o motivo: era uma ameaça. Depois, com a matéria da Veja.
A revista foi atrás da história e tem, consigo, todo o conteúdo levantado por Amaury. Curiosamente, na matéria não foi mencionado nem o nome da filha de Serra, nem o do repórter Amaury Ribeiro Jr. nem o conteúdo do suposto dossiê.
O Globo repercutiu a história, dando o nome da filha de Serra, mas sem adiantar nada sobre o conteúdo das denúncias – medida jornalisticamente correta, se fosse utilizada contra todas as vítimas de dossiês; mas só agora lembraram-se disso.
Provavelmente Veja sairá neste final de semana com mais material seletivo do suposto dossiê. Mas sobre o conteúdo do livro, ninguém ousa adiantar.

Em uma postagem mais recente, Nassif avaliza a versão "correta", publicada "finalmente", pela Folha de S.Paulo neste sábado (5). Mas volta a insistir sobre "o mais curioso":

Reposta a verdadeira versão do episódio, o mais curioso é que não se menciona uma linha sobre o conteúdo do livro de Amaury Ribeiro Jr - repórter que já venceu três Prêmios Essos e vários Vladimir Herzog. Um baita alarde em torno do acessório e nada sobre o essencial. A mídia conseguiu o inimaginável nesse briga com a notícia: transformou em falso escândalo a origem do suposto dossiê e, mesmo constatando que era um livro de um repórter consagrado, passa ao largo do seu conteúdo. O Estadão e a Veja nem isso fazem - apesar de Amaury ter passado cinco horas na revista dando entrevista a seu colega Policarpo Jr. (jornalista Luís Nassif).

O outro artigo saiu no insuspeito jornal O Globo, assinado por uma jornalista que não tem nenhuma queda pelo PT:

O TUCANATO ESTÁ TONTO E ZANGADO

O tucanato está tonto, sem motivo. A prova da falta de rumo está na insistência de José Serra em fazer oposição vigorosa... ao governo da Bolívia.

Campanhas presidenciais têm momentos mágicos, como o dia em que Fernando Henrique Cardoso viu eleitores empunhando cédulas do real durante um comício na Bahia.

Serra precisa perseguir esses momentos. Ele entrou na disputa com um discurso aveludado, lembrando Tancredo Neves, e em poucas semanas crispou-se, tentando ficar parecido com Fernando Collor.

A perplexidade tucana não tem amparo na realidade. A percentagem de eleitores dispostos a tirar o PT do governo é igual à daqueles que gostariam de votar em Dilma Rousseff. Trata-se apenas de batalhar pelo votos com uma plataforma real, livre de marquetagens. Se perder, paciência.

Em 2008, nos Estados Unidos, o jogo bruto detonou a candidatura de Hillary Clinton, que parecia invencível. Em vez de falar macio, ela e o marido, Bill, decidiram pegar pesado. Ciscaram para fora.

Num episódio típico, empurraram Ted Kennedy para o colo de Obama. É verdade que ele namorava a hipótese, mas a gota d’água deu-se quando Bill Clinton disse-lhe: “Esse sujeito nunca fez nada. (...) Ele nos servia café!”. Kennedy ouviu e fechou a conta.

Tanto Serra como Dilma parecem-se mais com madame Clinton do que com o companheiro Obama. O problema de Serra é que Dilma tem Lula ao seu lado. Com estrondos, não ganhará a eleição. (jornalista Elio Gaspari).

*ABESPINHAR - Ficar nervoso, zangado, irritado, raivoso, agastado.



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