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VALORES LOCAIS - O EXEMPLO DE GLÁUCIO COSTA E ZEZINHO DE GARANHUNS

Gláucio Costa no Castainho

Precisamos estar antenados com a a realidade nacional, acompanhar o que acontece no país em termos de jornalismo, música, cinema, política, esportes, cultura, economia, etc. Não podemos, no entanto, deixar de valorizar o que é nosso, esquecer os valores locais. Em Garanhuns mesmo, tempos bons profissionais de comunicação, gente do teatro, da literatura e da música que sabem das coisas. O jornalista Jodeval Duarte, que morou muito tempo no Recife e hoje vive mais na Suíça Pernambucana, já demonstrou mais de uma vez, através do que escreve, a sua admiração pelo cantor e apresentador Zezinho de Garanhuns. É como se ele, ainda "contaminado" pela aparência e superficialidade da capital, esta muitas vezes arrogante em relação ao interior, de repente se desse conta de que aqui, na simplicidade da província, existem grandes talentos. Zezinho e Gláucio Costa, os dois artistas de raiz, divulgadores da autêntica cultura nordestina, ambos com programas de forte audiência na região, prestam um inestimável serviço ao Agreste, a Pernambuco e ao Nordeste, contra a descaracterização do forró e do baião, contra a pausterização da cultura e contra o fenômeno maior que chamam de globalização.

Não bastasse o que produzem através dos discos, nos shows e nas rádios em que trabalham, Gláucio Costa e Zezinho de Garanhuns agora resolveram levar seu canto e valores culturais às ruas. Ambos, possivelmente sem nenhuma combinação e sem querer estar imitando um ao outro, se dispuseram a fazer seus programas em cidades da região, nas feiras e em comunidades um tanto afastadas do centro urbano do município, sem precisar sair dele. Zezinhho na última sexta esteve na feira de Capoeiras e lá gravou seu programa. Ouvindo os matutos, rodando suas toadas, contando seus causos engraçados, fazendo tudo que faz na FM Sete Colinas em meio à população rural de diversos municípios, que às sexta-feiras sempre estão presentes na cidade vizinha, para comprar ou comercializar diversos produtos. Queijo de coalho e de manteiga, galinhas, bode, roupas, candeeiro, retalho de pano, homens de chapéu de couro, calças jeans penduradas nas barracas, panelas de barros, baldes de plástico, peças de artesanato... E no meio disso tudo Zezinho de Garanhuns.

Gláucio Costa, que também pretende ir às feiras da região, começou sua jornada pela comunidade quilombola do Castainho. Armou sua barraca no sítiio localizado a 6 ou 8 km do centro da cidade, atraiu o povo das redondezas com seu som, sua voz e os produtos ofertados pelos seus patrocinadores, tranformando um programa diário de rádio, feito em estúdio, numa autência festa espontânea no meio do povo. Para completar, com seu prestígio, ainda fez uma turma grande de amigos do Parque Euclides Dourado, se deslocarem de Heliópolis até Castainho, em caminhada, de modo a serem co-participantes da bela iniciativa. Tudo isso, feito por Gláucio e Zezinho, com apoio da iniciativa privada, pois os prefeitos do Agreste estão muito ocupados para prestarem atenção na importância desse gesto, dessa simbologia encorpadas pelos artistas e apresentadores locais.

Felizmente, possivelmente ao ler o post da sexta-feira passada, em que eu noticiava a iniciativa de Gláucio Costa, o diretor de cultura de Garanhuns, Ronaldo César, foi pessoalmente ao Castainho conferir o show do homem da Marano. E divulgou com fotos o acontecimento na comunidade do Castainho. Que outros sigam seu gesto e sem esquecer as questões mais importantes da vida brasileira prestigiem os bons valores locais.

A globalização é inevitável, mas é possível preservar os talentos regionais, autenticamente nordestinos. Basta querer.

*A foto foi enviada ao blog pela jornalista e advogada Jamine Tavares.

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