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Pesquisas Eleitorais

A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO ÓDIO E AS FRONTEIRAS DA TEMERIDADE



A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO ÓDIO E AS FRONTEIRAS DA TEMERIDADE: UMA DISCUSSÃO NECESSÁRIA

Prof. Dr. Carlos Roberto Cruz Ubirajara *


Vejo com bastante preocupação os acontecimentos recentes em nosso país, que vem descambando para uma perigosa e descontrolada polarização na sociedade brasileira. Está se criando um clima de ódio que torna impossível uma discussão serena de argumentos. Percebe-se claramente um ódio difuso contaminando a sociedade brasileira. 

Contam-se em milhões os que adotam o ódio como maneira de existir. A lista é ilimitada, todos conhecemos gente de bem; cuja humanidade vem sendo relativizada por um odiar seletivo, determinado, imoderado e desconcertante. Estão em todos os lugares, nas nossas famílias, nos nossos círculos sociais, e, se procurarmos bem os encontraremos, de modo capcioso, instalados em algum recôndito de nossas subjetividades, reprimidos ou sublimados pelo pouco que nos resta de racionalidade.

Quando isso começou? De que se alimenta esse ódio?

Pensando nisso me reporto ao grande educador Paulo Freire quando afirmava que o futuro depende do passado que se concretiza no presente, daí a importância de sabermos quem fomos, quem somos para saber o que seremos. Deste modo, olhando pelo retrovisor da história e servindo como exemplo, nos vem a memória fatos que nos levam a perceber que as atrocidades cometidas no passado recente da humanidade, tiveram início com a banalização da intolerância, da exclusão e do ódio. Pois, conforme Jessé Souza em sua obra o Brasil dos Humilhados: (...) “quando naturalizamos ideias elas se tornam semelhantes ao instinto e passamos a agir como formigas e abelhas reproduzindo um comportamento acerca do qual não mais refletimos”. No entanto, enquanto indivíduos, ativos e sujeitos da nossa própria história, temos o dever inalienável de usar a inteligência de forma imparcial, devendo receber as informações advindas do que nos é exterior enquanto pessoa, sem ideias pré-concebidas, para formar a partir de princípios éticos e morais e sem preconceitos, a própria opinião tendo em vista que conforme o filosofo alemão Shoppenhauer: o mundo circunstante só existe enquanto representação, enfim o que existe é o que percebo. 

Neste sentido a representação é fruto de uma síntese entre o mundo real exterior e a consciência do sujeito que o percebe. Desse modo, fazendo-se uma breve retrospectiva histórica mais recente, percebe-se claramente que os genocídios conhecidos ocorreram depois que o ódio descontrolado, naturalizado, perdeu seus limites externos, quando se extrapolaram os limites da temeridade. Assim, diante dos fatos, torna-se imperativo lembrar que os crimes de ódio, não surgem do nada, geralmente são precedidos por discursos de intolerância que são introjetados no inconsciente coletivo de forma sutil e constante. E foram inúmeros, porém, nenhum deles era verdadeiramente previsível, embora houvesse sinais evidentes de que poderiam ocorrer as matanças, a esperança nas instituições e na cultura tornavam improváveis e não verdadeiros, qualquer alerta para o que poderia ocorrer. 

Os três maiores e mais recentes, se recordados em seus traços mais gerais, podem nos causar algum desconforto, servir como exemplo de tantos outros e, acender o sinal de alerta, para a percepção do que de modo sutil, já está ocorrendo em nosso país. 

Senão vejamos:

Há um século acontecia o maior genocídio moderno até então. O Império Turco-Otomano que estava em decadência em decorrência de inúmeras derrotas militares no final do século XIX, e que em seus tempos áureos já havia dominado toda a Ásia Menor, todo o Oriente Médio, todo o Cáucaso e os Balcãs, adota uma política interna capitaneada pelas elites que o compunham para defender a civilização pan-turca contra todos os demais. Para este fim conforme Cittadino, como sempre, a religião foi utilizada de forma irracional para motivar a defesa dos interesses das classes dominantes. 

Estratificou-se progressivamente a sociedade impondo aos infiéis;(aqueles que não seguiam o Corão) toda sorte de discriminação: bairros específicos, proibição do exercício de qualquer função pública ou militar, impostos mais altos, salários mais baixos. O que se seguiu compuseram apenas desdobramentos.

Não-muçulmanos de origem armênia foram impedidos de montar em animais pois, inferiores, não lhes era permitido olhar de cima para baixo um fiel de Alah, recrutados à força para os exércitos sofriam contínuas humilhações, castigos físicos e a morte destes deixou de ser punida. Estima-se que para além da discriminação nos primeiros anos do século XX mais de 300.000 tenham sido mortos pelo simples fato de serem armênios, não seguirem o Corão, mas um determinado tipo de cristianismo igualmente reacionário e fundamentalista, ortodoxo, decorrente do primeiro cisma cristão em 1050 da nossa era. A matança e a violação de direitos eram massivas, mas ainda não se estava diante de um genocídio. 

Todavia, às vésperas da Grande Guerra, um Partido político moralista condenando a corrupção dos governos anteriores, autodenominado Jovens Turcos, chegou ao governo no Império decadente. Apoiado pela imprensa e pelos religiosos passou a demonizar os infiéis, pregando o ódio aos Armênios, ampliando-se ainda mais as violações e os assassinatos, em defesa de valores moralistas, fundada no patriotismo e no pan-turconismo. 

Curdos, sob a promessa de autonomia, foram recrutados para fazer o que tinha que ser feito; e, como isso foi naturalizado, cresceram as estatísticas de assassinatos, de torturas e violações de armênios, até que se perdeu totalmente a noção de certo e errado, sob a leniência do Judiciário. 

Com porretes, martelos e espadas matavam-se armênios nas ruas, seus bens eram expropriados e começou o êxodo ao leste perseguido pelas tropas curdas e pelo exército. Para preservar o modo de vida e a ideologia que interessava ao sultanato, para implementar seu projeto estratégico pareceu aos donos do poder político fundamental resolver a questão armena.

Para resumir: pelo menos 1.000.000 de armênios foram assassinados entre 1916 e 1922, depois de humilhados e seviciados, não eram mais humanos. Mulheres e crianças de ambos os sexos foram sodomizadas, transformados em escravos sexuais das tropas turcas. Crianças eram queimadas vivas, mulheres grávidas tiveram seus ventres abertos a golpes de espadas e as sobreviventes foram vendidas para haréns privados.  Os responsáveis pelas atrocidades não eram pessoas más, sincera e profundamente acreditavam em deus, queriam o melhor para a civilização que defendiam.

Todas essas atrocidades comprovadas por farta documentação, com milhares de fotos e reportagens publicadas na imprensa internacional e em centenas de trabalhos acadêmicos deverá ser observada com bastante atenção e, um fato primordial que deverá ser levado em consideração, é que as pessoas que praticavam tamanhas violações

aos direitos humanos não eram pessoas más. Tornaram-se. Acreditaram no que lhes diziam os intérpretes da vontade de deus, no que divulgava a imprensa local, no que decidia o judiciário. Quando a magistratura turca deixou de punir os primeiros assassinatos de cristãos foi a senha para que, munidos de martelos e porretes, os mercenários curdos financiados pelos empresários otomanos iniciassem a solução final para o “problema armênio” sob as bençãos do clero muçulmano. 

O pan-Turconismo, o pan-islamismo, para preservar os interesses econômicos das elites, dos empresários, convenceu as maiorias de que a solução final era necessária. 

Os nazistas na Alemanha nunca esconderam o desejo de excluir judeus e ciganos. Ao chegarem ao governo iniciaram as perseguições, mas foi a partir de 1941 que as atrocidades se intensificaram. Como marcos decisivos do que viria, alguns analistas destacam a estigmatização, as estrelas bordadas nas roupas, a noite das vidraças partidas, a deportação em massa das sub-raças, a política dos guetos. 

Outros datam a inflexão no raivoso discurso de Hitler em 1939 ou na inovação tecnológica de 1940 que, pela primeira vez, exterminou milhares de doentes com a utilização de gás, ou em 1941, quando os Einsatzgruppen, depois da invasão da União Soviética, passaram a exterminar sistematicamente os judeus e ciganos que viviam há décadas nos territórios recém ocupados pelas tropas alemãs. Fato é que, principalmente, a partir do início da década de quarenta milhões de pessoas, reduzidas à condição de sub-humanas, foram sistematicamente assassinadas. 

Daí nos questionarmos: Os quatro quintos da população alemã que apoiavam o nazismo eram pessoas más? Os juízes alemães que poderiam ter impedido a propagação do ódio eram todos uns perversos? É razoável a explicação de Hanna Arendt sobre a banalização do mal, mas é suficiente? 

A desumanidade, memorizada, impediria a ocorrência de novos genocídios?

O dos Tutsis, em Ruanda África, poucas décadas depois, foi ainda mais intenso, mais rápido. As contendas étnicas começaram com a revolta popular no início dos anos 60, com a deposição de uma certa aristocracia Tutsi, pelas populações Hutus. 

Desde então os Tutsis passaram a ser considerados mentirosos, preguiçosos, pouco confiáveis, ridicularizados, mas nada muito mais que isso. Muitas vezes as violências contra os Tutsis contavam com a leniência do judiciário e das administrações, todas dominadas pelos Hutus. Em 33 dias mais de 800.000 pessoas foram assassinadas por seus vizinhos a golpes de facão e de porretes, caçados nos pântanos, nas ruas, como animais, em ações diárias e sistemáticas. 

Todas as manhãs milhares de Hutus, bem alimentados nas administrações das aldeias, partiam em busca das baratas, como denominavam suas vítimas. Ao encontrá-los passavam-lhes o ferro afiado de seus facões sem remorsos, não eram mais humanos, baratas. 

Pelas três da tarde voltavam para os saques: animais, comida, ferramentas, móveis, tudo o que pudesse ser vendido, era o prêmio dos assassinos. As casas das vítimas eram destruídas, janelas e telhas de zinco viravam mercadoria. Terminavam o dia bebendo, comendo e contando uns aos outros como haviam realizado o serviço. 

Na manhã seguinte, tudo recomeçava. Objetivavam a solução final,  o extermínio total. Algozes e vítimas eram negros, cristãos, falavam a mesma língua, conviviam nas mesmas vizinhanças. Até então as etnias diferentes não impediam a formação de famílias mistas.

No genocídio armênio o prêmio dos assassinos era a glória de Deus”, no genocídio dos ciganos e judeus era a glória da pátria alemã, em Ruanda a retribuição dos assassinos era o botim, o resultado dos saques aos poucos bens das vítimas.

Nos três casos os que matavam não eram pessoas más, tornaram-se más. Desumanizaram-se. Pois os que poderiam ter evitado a tragédia nada fizeram (quaisquer que fossem suas motivações ou covardias) não eram pessoas más.

Acreditavam no que lhes diziam os intérpretes da vontade de deus, no que divulgava a imprensa local, no que decidia o judiciário. O pan-Turconismo, o pan-islamismo, para preservar os interesses econômicos das elites, dos empresários, convenceu as maiorias de que a solução final era necessária. 

Como na Alemanha dos anos 30 e 40, como em tantos outros países desde então em que os interesses do empresariado, vetorizados pelos meios de comunicação, com o apoio institucional dos intérpretes da Lei e da vontade de deus, possibilitou que o ódio contaminasse a sociedade Otomana, Alemã e Ruandense, justificando todas as atrocidades O mal, banalizado, quitou-lhes o senso crítico, exumou-lhes o discernimento entre certo e errado, perderam-se os limites éticos e morais. 

Os números impressionam: 1,5 milhão de armênios em 10 anos; 5 milhões de judeus e um milhão de ciganos e homossexuais em 4 anos na Alemanha, quase um milhão de Tutsis em menos de dois meses em Ruanda, computados os mortos no caminho ao exílio nos países fronteiriços. Em todos os casos os assassinos eram pessoas de bem, tementes a deus, agiam com base em suas convicções. 

Desse modo, com o apoio do governo, do exército, da polícia e do judiciário local os potentados do momento se sentiram inclusive estimulados a fazer o que tinha que ser feito.

No Brasil, em níveis diversos, também viceja e infesta um ódio difuso, observa-se por exemplo a escatológica estratégia de grupos bolsonaristas de jogar bombas de fezes contra petistas, o assassinato da vereadora Marielle Franco como consequência da ascensão e do crescimento do poder das milícias no estado do Rio de Janeiro, Milícias que o bolsonarismo há tempos homenageia. 

Recentemente o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Don Phillips foram mortos na Amazônia, consequência das tensões ambientais que só aumentaram com o discurso antiecológico do atual governo, do mesmo modo o assassinato do Tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo que comemorava seu aniversário, no qual fazia uma homenagem a Lula, seu candidato a presidente da República. Quando o agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho invadiu a sua festa aos gritos de “Aqui é Bolsonaro!”. Para em seguida, atirar no aniversariante e matá-lo. 

Tudo isso se adiciona às bombas de fezes lançadas ao automóvel do juiz Renato Borelli, que mandou prender o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, além dos assassinatos que já podiam ser indiretamente creditados à escalada do clima de ódio no país. No entanto, desconfio, que poucos estão percebendo o que realmente está acontecendo. 

Arrisco a dizer que apenas os mais atentos conseguem perceber tanto desajuste social e político, o tamanho da enfermidade social que estamos vivendo. E, permanecemos ai passivamente, observando e não intervindo nos fatos políticos como se nada estivesse acontecendo, precisamos olhar para traz como afirmado por Ravy De San Juan: “Uma das coisas que o nazismo de Hitler fez foi lidar com três elementos fundamentais e que estão em alta, até mesmo no Brasil: Propaganda enganosa, ódio e violência.  Que estão presentes nos discursos da extrema direita como estavam presentes na Alemanha naquele momento [durante a Segunda Guerra Mundial]”. 

Todos esses fatos intensamente percebidos por muitos e não levados em consideração, vem contribuindo para que o comerciante continue apoiando os disparates, apesar de perceber que suas vendas vem despencando absurdamente; o cristão que, por bloqueio cognitivo, segue alimentando igrejas enquanto apoia a Reforma Trabalhista e a meritocracia; os que têm convicção de que alguém precisa fazer o que deve ser feito; o advogado morista os desempregados que pagando o pato defendem o patronato; todas as pessoas de bem, tementes a deus. E que odeiam, odeiam intransitivamente, é verdade, mas que odeiam de modo particular os pobres e aqueles que defendem políticas públicas de distribuição de renda e de acesso a parcelas de poder político.

Diante do exposto conseguimos visualizar que tudo isto vem se processando de maneira bastante clara em função da articulação estabelecida entre milicianos, cristãos fundamentalistas, Direita Concursada e operadores do Mercado, produzindo o que estamos vivenciando, com dolorida tristeza, quando vemos o nosso presidente convocar milicos de pijama para atuarem em funções estratégicas no país, e desumanizar a esquerda afirmando que não podem ser tratados como “pessoas normais” somos taxados de esquerdopatas. Considerados ainda subversivos, comunistas, bandidos e, “bandido bom é bandido morto”. Banaliza-se a perversidade, o ódio.

Serve um alerta: as vítimas dos três maiores genocídios do século XX, curiosamente, mesmo depois do início dos massacres, não acreditavam que estavam acontecendo, pensavam se tratar de mera incontinência verbal de seus algozes, e o que mais surpreende é que não esboçaram nenhuma reação de forma eficaz e oportuna, quando foi esboçada era tarde demais e acabou acelerando os massacres, acirrando os ódios, aumentando a violência. 

O ponto de não retorno teorizado por Hanna Arendt, havia sido ultrapassado, já não era possível resistir, a legítima defesa não podia mais ser exercida, deu no que deu.

Portanto, precisamos acordar dessa letargia em que nos encontramos e exercer uma cidadania responsável, pesquisar com mais profundidade para não entrar na onda de uma suposta verdade, não podemos nem devemos ser vetores e difusores de ideias absurdas que só contribuem para manter a dominação, a exclusão e o ódio. 

Churchill, que foi primeiro-ministro do Reino Unido durante a II Guerra Mundial, confessa que

teria sido extremamente fácil evitar toda aquela tragédia se a maldade dos perversos não fosse reforçada pela fraqueza dos virtuosos. 

Da mesma forma Martin Luther King afirmava: “o que me incomoda não é o grito dos maus, mas o silencio dos bons”. Ainda dá tempo acordar, usar a razão, não pura e simplesmente a emoção desvirtuada, tenho muito receio de que uma superfetação de um fator político puramente emotivo e ao mesmo tempo alienante contribua para o caos social, o que não ajuda em nada.

Primeiro, porque pode produzir uma ideologia que nos afasta da discussão central que é o bem-estar da sociedade. E em segundo lugar pode contribuir para uma análise perversa de todo um processo, o que não é saudável para a nossa democracia.

Portanto, é preciso discutir política sim. A política da cidade, da comunidade, da nação, da humanidade, aquela que diz respeito a vida e a morte do homem. Aquela que se discute a desumanidade da fome, da injustiça e da miséria. Aquela que se horroriza com os preconceitos, e se injuria com a intolerância. Aquela que se escandaliza com tudo que impede o homem de atingir a plenitude implícita em sua natureza. É preciso desenvolver uma ação política sim, mas, torna-se imperativo avaliar todo o processo a partir da razão e não simplesmente da emoção.

Diante do exposto quero dizer nessa breve reflexão que devemos fugir de um processo de alienação pernicioso, pois durante quase cem anos desde os anos 30 do século XX o pensamento brasileiro foi dominado por um racismo cientifico que logrou criminalizar o Estado, a política, o voto e a participação popular como sendo produto da desonestidade e da corrupção. Desse modo, podia-se culpar o próprio povo pela sua pobreza.

Importante perceber que a elite e a classe média branca, importada da Europa, se via como europeia de origem e, portanto, não partícipe da maldição cultural do povinho mestiço e negro, tido como supostamente corrupto e eleitor de corruptos. 

Neste sentido o grande geógrafo Milton Santos afirma: “a força da alienação vem dessa fragilidade dos indivíduos que apenas conseguem identificar o que nos separa e não o que nos une”.

Desse modo, temos que buscar muito discernimento e equilíbrio mental, afinal, o Brasil precisa de nós. Não podemos nem devemos como cidadãos que pensa no bem comum, apoiar um defensor da tortura e da ditadura que se respalda no falso moralismo, em falsos profetas e mercadores da fé. 

Estamos atravessando a maior crise política e econômica de nossa história, e só conseguiremos sair maiores disso tudo, se chamarmos a razão como protagonista do debate e deixarmos de lado o ódio e a revolta, se exercitarmos a capacidade de pensar para nos vermos todos novamente como brasileiros que dividem o mesmo chão e querem um país melhor para seus filhos. Que Deus nos abençoe e ilumine neste momento do qual, como disse o Papa Francisco nos salvaremos unidos ou pereceremos divididos.

*Carlos Ubirajara é Doutor em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará; Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (2001). Especialista em Metodologia do Ensino Superior(1988) e em Programação do Ensino de Geografia (1990) pela Universidade de Pernambuco; Especialista em Metodologia do Ensino de Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (1990).

Prof. Adjunto da Universidade de Pernambuco/Campus Garanhuns.

5 comentários:

  1. Excelente artigo, profundo, reflexivo. A malta bolsonarista, se soubesse ler e raciocinar, deveria lê-lo.

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  2. A chamada "polarização" é a melhor coisa que aconteceu ao Brasil! Acabou com o monopólio da esquerda nos lugares de fala. Hoje esquerdistas não falam mais suas mentiras impunemente onde houver um petista conversando merda. Haverá alguém para apontar suas mentiras! Isso os deixa revoltados! E querem atacar e calar qualquer um que os desmascarar mas não vão conseguir isso para sempre!

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    1. "POLARIZAÇÃO". Foi a palavra mais usada e debatida pelo CANDIDATO A PRESIDENTE O SR. CIRO GOMES DESDE 2002. Naquele ano ele disse " se o Lula ganhar as eleições ele vai tocar fogo no Brasil".E tocou mesmo.A primeira ação do Lula em janeiro de 2003 foi nomeá-lo para ser ministro da integração nacional e ele tocou fogo na TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO.

      Em 2021 0 Ciro Gomes disse que "em 2022 tudo farei para derrotar o LULOPETISMO E O PT".Quando o Lula foi preso o Ciro Gomes disse "o Lula não é inocente e nem preso político".Convidado pelo Fernando Haddad para ser o vice do Lula e formar uma coligação com o PT ele se negou.Passou a atacar o Lula dizendo que Fernando Haddade seria o poste,a laranja e pau mandado do Lula.

      Dezembro de 2021 o Ciro Gomes disse "0 LULA É LADRÃO E O BOLSONARO É LADRÃO".Depois atacou o Sergio Moro e no final o Ciro Gomes não passa de 10%.

      Tudo isto gera ÓDIO nos concorrentes.A POLARIZAÇÃO foi o tema de todos os candidatos que já desistiram da corrida presencial.JOÃO DÓRIA,MANDETE,LUCIANO HUCK,DATENA,LUCIANO BIVAR,JOÃO LEITE,PACHECO E O ESCAMBAU.

      POLARIZAR SIM,agora sem usar da VIOLÊNCIA COM QUEM QUER QUE SEJA. Dentro da nossa casa polarizamos com ideias diferentes ,porém sem partir para VIOLÊNCIAS.

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  3. Tudo isso é fruto dos canalhas do PT. O Seboso de Caetés é autor intelectual do NÓS CONTRA ELES...

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