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UM DEBATE NECESSÁRIO SOBRE A PROFISSÃO DE JORNALISTA



Jornalista Magno Martins levantou uma questão importante, esta semana, em seu prestigiado blog, o mais lido de Pernambuco.

Ele informou que boa parte dos secretários de comunicação da Região Metropolitana do Recife não tem formação em jornalismo, não fizeram faculdade e nem trabalharam em veículos de comunicação.

O sujeito se forma em educação física, fisioterapia, veterinária, agronomia, filosofia, gastronomia e inventa de também ser jornalista sem ter formação pra isso.

Antes a pessoa para trabalhar em jornal, rádio ou televisão precisava ter um diploma, ter formação superior na área.

Mas graças a uma campanha da grande imprensa, no qual se incluiu um jornal tradicional como a Folha de São Paulo, acabaram com a exigência do diploma.

Foi um ótimo negócio para os patrões, que ficaram com mão de obra farta e barata. Tem gente disposta até a pagar para escrever em jornais ou sites, uma vez que a mídia impressa praticamente desapareceu.

Sou jornalista há mais de 40 anos. Aprendi muito no “batente”, como se diz no jargão da profissão. Passei por emissoras de rádio da capital e interior, fui repórter e editor em jornais do Recife e tive uma curta passagem também pela televisão.

Aprendi nas ruas, com os colegas, ouvindo as orientações das chefias.

Mas muita coisa ainda guardo da faculdade. Tem coisa que somente lá se ensina.

Tive alguns professores bons, que me ensinaram o que é um lead, como se pode fugir do “lead” tradicional e ser criativo, a importância de escrever da maneira que todos possam entender: desde o gerente do banco até o vigilante da agência, desde o presidente do clube até o roupeiro do time de futebol.

Esta foi uma lição da escola.

Dentre os bons professores, destacaria Vera Ferraz, que foi diretora de jornalismo da Globo Recife durante 17 anos e entendia bem da profissão.

Tive ainda, na Universidade Católica, o privilégio de receber lições de Carlos Benevides, bom professor, que sabia muito de rádio. E Eduardo Ferreira, que trabalhou no Diário de Pernambuco quando este era o principal veículo de comunicação do Estado. Foi do Jornal do Commercio, editor geral da primeira fase da Folha de Pernambuco e repórter da Sucursal do Estado de São Paulo.

Na faculdade e nos jornais, despertei para a importância dos Manuais de Redação, que davam dicas sobre como escrever com clareza e objetividade, palavras e expressões que se devem evitar.

Como o chamado “nariz de cera”, que é começar a dar uma notícia com pura enrolação, no puro estilo Rolando Lero, aquele personagem da escolinha de Chico Anísio, que falava muito, bonito, sem dizer absolutamente nada.

O tal nariz de cera é uma praga que ainda hoje existe e tem muita gente por aí se achando e cravando a palavra intuito a torto e a direito, uma palavra proibida pelos manuais de redação por ser arcaica, pernóstica e eu até diria chata. Por que não usar objetivo em vez de intuito, que parece mais um palavrão?

Sim, Magno Martins, o sindicato da classe e outros têm razão em se preocupar com a proliferação de jornalistas sem formação.

Numa época de doutores de Facebook e WhatsApp, em que todo mundo acha que é jornalista, que falta faz a exigência do diploma.

O canudo não era uma garantia de qualidade, por certo, mas evitava muita picaretagem, o aviltamento e a prostituição do profissional de jornalismo.

Felizmente, ainda existem repórteres e editores de verdade que resistem, leem alguma coisa, procuram evoluir e fazem do jornalismo não apenas um meio de sobrevivência, mas um sacerdócio na busca de servir a uma cidade ou mesmo ao país.

*Imagem: YouTube

2 comentários:

  1. PAULO CAMELO: O primeiro pré-requisito de um jornalista é não ser simpático da extrema-direita. O segundo pré-requisito de qualquer pessoa é não ser aliada de pessoas de má índole, independente de ser de Direita, de Centro ou de Esquerda. OK.

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