Por Roberto Almeida
Muitos estão sem esperanças no Brasil e dizem nas ruas, nas casas, nos bares e principalmente nas redes sociais que o país acabou.
Embora veja com tristeza um vírus tirando a vida de milhares de pessoas, homens e mulheres tristes e sem perspectiva, com um governo desastroso que tem pelo menos parte da culpa pela tragédia, sou dos que mantém a esperança em dias melhores.
Estou para completar 64 anos e se Deus quiser ainda verei essa gente indecente fora de vista e falsos heróis, na verdade bandidos de colarinho branco, atrás das grades.
E tenho certeza de que meus filhos e netos terão oportunidade de viver num país melhor, sem tanta pobreza e injustiça e a gente estúpida voltando para os esgotos dos quais nunca deviam ter saído.
Já tivemos outros momentos tortuosos, como a ditadura do Estado Novo, na década de 30, o regime militar instalado em 1964, que durou 20 anos, e outras épocas de turbulência e tristeza.
A democracia atual do Brasil está enfraquecida, o próprio governante mor deixa claro que por ele o regime fecharia de vez. Sem STF, sem imprensa livre, com o povo amordaçado e obrigado a aguentar calado tudo que vem pela frente.
O genial Charles Chaplin, no filme O Grande Ditador, que antecipou toda desgraça do nazismo, lembra, no discurso final feito pelo personagem Carlitos, que tudo passa, as ditaduras acabam, os ditadores morrem.
Hitler optou por se suicidar quando a Alemanha já estava tomada pelos aliados, Stalin, um monstro disfarçado de comunista praticou horrores na Rússia, mas um dia se foi e não deixou saudades e um dia todas suas atrocidades foram reveladas.
Passaram todos: Pinochet no Chile, Videla na Argentina, Franco na Espanha, Salazar em Portugal, Mussolini na Itália, Médici e Geisel no Brasil.
Sempre há inverno. E também sempre há primavera.
Trump, nos Estados Unidos, três meses atrás estava dando as cartas. Hoje quem comanda a nação mais poderosa do mundo é Joe Biden, com outra visão política e social, capaz de devolver a esperança não só aos americanos, mas a outros povos do mundo.
Este Brasil que estamos vivendo, com pessoas que não acreditam no vírus, na doença, nem mesmo no grande número de mortes que nos rodeia, um dia vai ser uma triste lembrança.
Então iremos às ruas pra comemorar. As crianças voltarão a sorrir, homens e mulheres irão trocar abraços, velhos não mais serão descartados e pessoas de outra índole poderão vestir fardas sem nos envergonhar.
Tudo isso vai passar. É uma questão de tempo. Aguentemos firmes, com fé e sem descuidar da ciência.
Os homens sem escrúpulo, que tramaram e tramam nos gabinetes com ar-condicionado, ou usando aplicativos de celular, serão reconhecidos como maus, receberão o castigo terreno e quem sabe o divino, voltaremos a respirar como antes e os tolos terão sua chance de dar as costas a seus algozes.
O Brasil não está acabado. Passa por momentos de turbulência, mas isso será superado.
Espero ver o novo dia raiar. Junto com minha família: a mulher, os filhos (as), os netos, os irmãos, os amigos, as pessoas de bom senso.
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