Por Roberta Martins de Almeida
“Maudie”, baseado na vida da artista canadense Maud Lewis (1903-1970), está disponível na Netflix.
O longa conta a história de uma mulher que tem artrite reumatoide e fala
da desconfiança de pessoas que a tomam por incapaz, mas existe nela sensível
dom artístico.
Sofrendo com a insensibilidade de sua família, ela busca independência
trabalhando para um rabugento vendedor de peixes e muda-se para a casa dele.
Diante de um monte de dificuldades, escolhe as cores para pintar seu
pequeno mundo – suas telas são as paredes, as janelas e as portas. O diferente
Everett vai se tornando seus pés sãos. “Algumas pessoas não gostam de quem é
diferente”, diz. A loucura de um começa a ser compreendida pelo outro, e vira
uma lição de empatia.
O filme se passa a maior parte do tempo em um cômodo, um mezanino
superior e um quintal de uma casinha afastada de tudo –restrita como um palco,
onde o que importa são os atores.
Sally Hawkins, maravilhosa como sempre, tenta se aproximar de um
quasímodo feminino, sendo doce, sarcástica, esperta e talentosa em sua
personagem.
Ethan Hawke é perfeito como o grosseiro, agressivo e louco Everett, que
não teve muita chance de saber como expressar seus sentimentos.
“Maudie” é ótimo filme pra ver em casa (pequena ou não) e captar os insights do diretor Aisling Walsh, aplicando-os ao confinamento.

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