Roberto Carlos às vezes é um “pé
no saco”. Sabe por que? Porque nos persegue há mais se 60 anos, com músicas que
falam de amor, de baleias, do progresso, dos filhos, da mãe e do pai.
Completamente alienado
politicamente, sem consciência do que aconteceu no Brasil no passado e o que
estamos vivendo nos dias atuais, o artista, no entanto, segundo o meu filho Tiago,
que nasceu quando o rei já era velho, tem um número de hits impressionante, que
nenhum outro cantor/compositor do país tem.
Ele não tem a inteligência e
o conhecimento de Chico Buarque, não se aprofunda nas letras como Caetano Veloso,
não tem o vozeirão de Milton Nascimento nem filosofou como o eterno Belchior ou
mesmo o contraditório Raul Seixas.
Mas poucos expressaram o
sentimento da classe média e mesmo do povo como o Roberto, quando cantou o seu
querido, seu velho, seu amigo, a Lady Laura, a Mulher de 40, pediu paz na terra
e esbravejou, já com mais de 70 anos: “Esse Cara Sou Eu”.
RC me irrita. Como escrevi no
começo ele às vezes é um pé no saco. Porque me persegue com algumas canções. A
Distância me lembra quando tinha 14 anos, o novo disco do rei tocava sem parar
na Avenida Santo Antônio e eu curtia uma das primeiras namoradas, com quem
troquei muitos beijos. E era só isso mesmo, a idade e a época não permitiam maiores avanços.
“O Portão”, ou a volta do
filho pródigo, é mesmo a canção da volta, o desejo que todo mundo tem de um dia retornar
e encontrar tudo do mesmo jeito que deixou.
E gosto muito de uma valsa, “Aquela
Casa Simples”, incluída no disco de 1986, ano em que nasceu meu filho João Paulo.
Dá uma saudade danada do meu
pai. Por isso quase sempre choro quando escuto esta canção.
Taí o vídeo para vocês conferirem. Feliz Dia dos Pais pra todos.
*Imagem: YouTube.
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