Exu, cidade localizada no
Sertão pernambucano, é famosa porque lá nasceu Luiz Gonzaga, um dos maiores
artistas brasileiros de todos os tempos.
Mas Exu é terra também que trouxe
ao mundo Bárbara Alencar, uma das heroínas da revolução de 1817, movimento
precursor à libertação do país do domínio português.
Bárbara lutou pela
independência nacional num tempo em que às mulheres estava reservado um papel
de submissão aos homens. Foi uma precursora das mulheres que a partir dos anos
60 do século XX conquistaram o espaço merecido pelo sexo feminino.
Nasceu em Pernambuco e viveu
no Ceará, recebendo também o nome de “Bárbara do Crato”, por fixar residência na
cidade cearense.
Por causa de sua participação
na “Revolução dos Padres”, como também foi chamado o movimento libertário de
1817, Bárbara Alencar foi presa e torturada nas celas da prisão, em Fortaleza.
No forte de Nossa de Assunção
hoje existe um monumento à sertaneja, considerada heroína nacional.
Bárbara Alencar era avó do
escritor José de Alencar, expoente da literatura romântica brasileira, no
século XIX.
Outro escritor famoso, Paulo
Coelho, é descendente de Bárbara Alencar.
A respeito da heroína se
escreveram livros em prosa, poemas, peças de teatro e letras de músicas.
Compositor e cantor cearense
Ednardo, conhecido pela música “Pavão Misterioso”, em 1976 criou uma de
suas mais belas canções, “Passeio Público”, uma homenagem à revolucionária
nascida em Exu e morta em solo cearense.
Eis a letra da música:
Hoje
ao passar pelos lados
Das
brancas paredes, paredes do forte
Escuto
ganidos, ganidos, ganidos, ganidos
Ganidos
de morte
Vindos
daquela janela
É
Bárbara, tenho certeza
É
Bárbara, sei que é ela
Que
de dentro da fortaleza
Por
seus filhos e irmãos
Joga
gemidos, gemidos no ar
Que
sonhos tão loucos, tão loucos, tão loucos
Tão
loucos foi Bárbara sonhar
Conversando esta semana com
minha ex-esposa, Judit Martins, sobre a linda canção de Ednardo, que inspirou
um vídeo espetacular no YouTube, ela me revelou que quando trabalhou no TRE Pernambuco
teve uma colega que se chamava Bárbara Alencar.
Pertencente à família da
heroína de 1817, sente muito orgulho
pelas origens. Não é pra menos.
*Fotos: Wikipédia/Cariri Revista
Bela revolução onde Pernambuco perdeu 80% de seu território, as partes mais ricas e produtivas e ficou por isso mesmo! Revolucionários só fazem bosta SEMPRE!
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