ESCRITOR GEORGE ORWELL |
Noticiamos
que o programa “Porta Voz da Notícia” passaria a ser apresentado, a partir
desta semana, pelo radialista Marcos Cardoso, substituindo Tony Lucas.
Também
informamos que o programa na emissora da Boa Vista é bancado pelo deputado
federal Fernando Rodolfo (PR), que aproveita o horário para divulgar suas ações
parlamentares e abrir espaço para seus aliados políticos na cidade.
Por
conta dessa publicação, recebemos indiretamente o pedido de uns dos produtores
do programa para retirar ou modificar a postagem.
À tarde
e à noite recebemos dois telefonemas de um rapaz de Caruaru fazendo o pedido
para retirada da postagem.
Ao fazer
a solicitação, o rapaz, de forma educada, disse que a “ajuda do blog” sairia
amanhã (hoje).
Não
acertei nenhuma ajuda de ninguém e nunca, em 10 anos do blog retirei uma
notícia do ar mediante pagamento financeiro.
Como quase
todos em Garanhuns sabem, sobrevivo exclusivamente desse trabalho na internet e
alguns patrocinadores investem na minha ferramenta de comunicação.
Acredito
que nenhum deles faz isso por caridade, por ter pena de mim e sim porque sabe
que o blog tem credibilidade e audiência em todo o Agreste Meridional.
Ninguém
aqui é enganado: Algumas postagens são puro jornalismo, informação, notícia.
Outras estão direcionadas a divulgar comercialmente as atividades dos meus
apoiadores, sejam agentes públicos ou privados.
Mas
continuando com o assunto da troca de locutores no programa “Porta Voz da
Notícia”, hoje acordo com uma mensagem do radialista Tony Lucas falando sobre
sua saída da FM Sete Colinas e confirmando que seu patrão é o deputado Fernando
Rodolfo, de quem garante não irá falar mal, dando a entender que continuará na
equipe do parlamentar.
Tony
interpretou que a nota teve o objetivo de atingir o deputado Fernando Rodolfo.
Está
enganado. O fato do parlamentar comprar um horário numa emissora de rádio não
constitui nenhuma ilegalidade, é uma forma absolutamente lícita de divulgar seu
trabalho.
Daí que
não entendo o incômodo todo por levar a público essa informação verdadeira.
Rodolfo
hoje é um homem público e deve agir de forma transparente, como acredito que o
faz.
Não há
porque sonegar essa informação do povo de Garanhuns e isso não descredencia o
programa, que foi bem apresentado por Lucas e continuará em boas mãos (ou boa
voz) com Marcos Cardoso, além de ter na produção um jovem talentoso, que é
Gustavo Henrique.
Tony
recomenda que eu publique sua nota fazendo ctrl+v.
Costumo usar muito pouco esse recurso, a não ser quando desejo reproduzir
artigos importantes de juristas, cientistas políticos ou jornalistas que
admiro.
Quem
acompanha de fato o meu trabalho sabe que 80% das publicações são escritas por
mim e os 20% restantes reservo para abrir espaço para colaboradores diversos e
reproduzir textos de alto nível de pessoas como Michel Zaidan
Filho, Ricardo Kotscho, Jânio de Freitas, Altamir Pinheiro, Júnior Almeida e Homero Fonseca.
O
jornalista e deputado Fernando Rodolfo não teve contato comigo e imagino que ele
não autorizou assessores e empregados a pedirem para que eu retirasse uma
notícia que incomodou a determinadas pessoas.
Seria
estranho uma atitude dessas da parte dele, já que o ano passado, foi demitido
da TV Jornal Caruaru por pressões do governador Paulo Câmara, segundo o próprio
revelou na época.
Foi uma
demissão dolorosa, que chocou a sociedade pernambucana e o povo, solidário, lhe
concedeu a honra de ser deputado federal, para representar Garanhuns, Caruaru e
outras cidades importantes do estado em Brasília.
Não
tenho mais idade nem saúde para brigas, sejam físicas, sejam no campo das
ideias. Considero Tony Lucas e Marcos Cardoso bons profissionais, apoio a
caminhada de Rodolfo desde a campanha e acho que sua eleição foi um marco na
história política de Garanhuns.
Se a
nota foi mal interpretada lamento. Mas não é a primeira vez que acontece algo
assim no exercício da profissão. Afinal são 40 anos de batalhas, algumas
vitórias, decepções.
Toda às
vezes que isso se repete lembro do jornalista e escritor George Orwell, autor dos livros 1984 e Revolução dos Bichos: "Jornalismo é publicar aquilo que alguém não
quer que se publique. Todo o resto é publicidade”.
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