Mal terminou a eleição para escolha dos deputados, senadores,
governadores e do presidente da República, fervilha nos municípios a movimentação
em torno da disputa pelas prefeituras, daqui a dois anos.
Nas cidades pequenas, como Capoeiras, Brejão, Caetés e Saloá,
muitos nomes já são cogitados, como pré-candidatos em 2020.
Em Garanhuns, principal cidade do Agreste Meridional, alguns
nomes também são especulados como possíveis candidatos à sucessão do prefeito
Izaías Régis.
No poder depois de vencer com folga duas eleições consecutivas,
o atual ocupante do Palácio Celso Galvão vai aproveitar toda sua experiência
política e prestígio para fazer o sucessor.
Apesar do revés nas urnas, na eleição de outubro, ninguém pode
subestimar quem está à frente da máquina municipal e o candidato que vier a ser
apoiado por Izaías a princípio é o nome mais forte para vencer a eleição.
Por enquanto o nome colocado pelo próprio prefeito é o do vice
Haroldo Vicente, que tem sido um aliado fiel e poderia dar continuidade ao
modelo da atual gestão.
Haroldo, no entanto, enfrenta resistência na Câmara de
Vereadores, da qual fez parte, e de diversos segmentos da sociedade
garanhuense.
Segundo foi passado ao blog, seu nome não aparece com a força
que deveria nas pesquisas, dependendo muito da força do prefeito para vencer a
futura disputa municipal.
Ora, Haroldo sempre foi um rapaz cordato, bem quisto, que
atendia a todos bem quando era um simples funcionário da prefeitura.
Cumpriu bem seu papel de vereador, é correto como vice-prefeito,
não demonstra arrogância e mesmo assim, estranhamente, ainda não conseguiu
empolgar como pré-candidato na eleição municipal.
A única explicação encontrada no momento para essa situação é
que o vice é subserviente demais ao prefeito e Garanhuns é conservadora por um
lado e rebelde por outro.
Talvez, neste momento, prefira alguém mais independente e
ousado.
A fidelidade excessiva de Haroldo a Izaías pode ter sido útil
para ele ser escolhido como vice, em 2016, mas agora esse mesmo fator poderia
estar atrapalhando seu projeto político.
Ao mesmo tempo, depois de fazer um excelente primeiro mandato,
Izaías faz uma gestão mais irregular, a partir da reeleição.
Descartou muitos companheiros que o ajudaram em 2012 e a maioria
deles hoje está com a oposição, que era pequena e insignificante e hoje ganha
musculatura.
Caso Haroldo não consiga emplacar como candidato, Izaías teria
outras opções, como: Fernando da Iza, pessoa querida pela maioria dos
garanhuenses, embora lhe falte experiência política; ou o vereador Audálio
Ramos, que sozinho, sem dinheiro para uma campanha estadual, teve mais votos do
que Álvaro Porto em Garanhuns, como candidato à Assembleia Legislativa.
Os oposicionistas se fortaleceram com a votação de Sivaldo
Albino em Garanhuns, que deve assumir o mandato de deputado estadual a partir
do próximo ano.
Com um mandato pela frente, Sivaldo vira o principal nome da
oposição para concorrer à prefeitura e se for o nome escolhido pelo PSB terá
todo apoio do governador Paulo Câmara, que jogará todas as fichas possíveis em
Garanhuns, pelo tratamento duro recebido da parte do prefeito Izaías Régis, um
crítico impiedoso da administração estadual.
Outro nome bom do PSB local é o do professor Pedro Falcão,
reeleito há pouco reitor da Universidade de Pernambuco, UPE.
Se não tem mandato no Legislativo ou foi testado nas urnas,
Pedro, no entanto, tem uma aceitação surpreendente em setores das classes alta,
média média e média baixa da cidade.
É só circular nos colégios, faculdades, no comércio, barbeiros,
taxistas e restaurantes, falar no nome do professor Pedro Falcão que o feedback
é imediato: dificilmente você vai deixar de ouvir um elogio e a opinião que é
um excelente nome para administrar o município.
Pedro e Sivaldo estiveram juntos na campanha de deputado e
possivelmente não vão estar em confronto na eleição municipal.
A princípio, o reitor da UPE não pensa numa aventura política e
acredita-se que só entraria na disputa convocado pelo governador Paulo Câmara e
com o partido unido em torno do seu nome.
O fato de Sivaldo ter participado de disputas sucessivas nas
últimas quatro eleições (municipais e estaduais) pode ser fator de desgaste e
embora ele pareça ter amadurecido muito depois da ligação com o Palácio das
Princesas, muitos ainda acham que ele precisa agregar mais, ampliar seu grupo,
para se viabilizar a ponto de vencer uma eleição majoritária em Garanhuns.
Pedro, por sua vez, parece ter essa capacidade de agregar, não
criar arestas, se dar bem com todos e não cultivar rancores.
Apesar de Sivaldo já ter se lançado para 2020, o governador pode convencê-lo
a cumprir os quatro anos de mandato de deputado, para não deixar Garanhuns sem
representante na Assembleia.
Poderia, então, dar a vez a Pedro Falcão. Se o reitor apoiou a
candidatura do ex-vereador para deputado, não faria sentido este negar
sustentação ao professor, se o seu nome for ungido pelo partido e por Paulo
Câmara.
Fora das hostes do PSB, existem outros nomes ambicionam o
gabinete principal do Palácio Celso Galvão. Um deles é o vereador Zaqueu Lins,
que depois de cinco mandatos no Legislativo tem todo o direito de sonhar mais
alto e ocupar um cargo majoritário no município.
Outro nome cogitado é o da vereadora Betânia da Ação Social.
Embora ela mesma considere um passo grande demais disputar a prefeitura de
Garanhuns, seu nome é bem visto por alguns setores, pela postura independente e
corajosa adotada depois que saiu da base aliada do prefeito.
Tanto Zaqueu quanto Betânia são mais fortes junto aos setores
populares e caso não disputem o cargo de prefeito seriam excelentes opções para
vice, caso aceitassem integrar uma chapa, a do PSB, por exemplo.
Quem cresceu de forma avassaladora na eleição de 2018 e vai querer
estar presente nas eleições municipais é o PSL do presidente eleito, Jair
Bolsonaro.
Em Garanhuns os líderes do partido pensam em lançar candidatura
própria. Dois nomes se destacam na legenda: o do empresário Thiago Paes, que
teve boa votação como candidato a deputado estadual e o do Coronel Campos, um
militar que faz política com habilidade e é respeitado na cidade e região, por
sempre ter se destacado em seu trabalho quando estava na ativa.
Outros nomes merecem ser lembrados no jogo de xadrez que vai ser
a política de Garanhuns daqui pra frente, não como candidatos, mas como
políticos que podem dar mais peso a um determinado postulante.
Claudomira Andrade (DEM) teve cerca de 2.800 votos como
candidata a deputada estadual. Caso ela se una ao candidato do PSB ou PSL, em
2020, poderá ajudar um dos oposicionistas a tentar desbancar o candidato do
prefeito.
A representante dos Democratas, é bom lembrar, se não teve 15
mil votos, como Sivaldo, por outro lado esteve nas ruas durante 45 dias com um
forte discurso anti forasteiro que provocou graves estragos na candidatura de
Álvaro Porto.
Cada vez mais experiente, aprendendo com as campanhas e
absorvendo as sutilezas da política, Claudomira é um nome que pode sim ter
influência na próxima campanha da cidade e ajudar a oposição a chegar ao poder,
se esta for sua opção.
Álvaro Porto e Claudiano Filho, deputados reeleitos, não têm
pretensões políticas locais. Mas juntos tiveram em torno de sete mil votos e podem
também pesar na sucessão municipal, caso resolvam abraçar alguma candidatura.
Enfim, Garanhuns, cidade com 140 mil habitantes, polo de toda
uma região, precisa escolher um bom gestor em 2020.
Está em aberto o processo político, muita coisa ainda vai
acontecer daqui pra lá, mas alguns nomes já podem ir sendo estudados pelo
eleitorado, que tem a responsabilidade de ditar os rumos do município na hora de
votar.
*Na sequência da fotomontagem: Haroldo, Sivaldo, Campos, Pedro, Audálio e Zaqueu.
Até que enfim, depois de 50 anos, Garanhuns vai eleger um filho da terra: Minha aposta é no deputado federal FERNANDO RODOLFO. Por tabela, Audálio, Albino ou quem for garanhuense da gema. QUEM NÃO FOR, DANÇOU!!!
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