De
maneira muito respeitosa, nós, classe dos professores efetivos recém-admitidos
na Prefeitura de Calçado, em efetivo exercício nos anos finais do ensino
fundamental, gostaríamos de prestar alguns esclarecimentos acerca do que
pretendemos junto ao Ministério Público, tendo em vista que alguns fatos
divergem daquilo apresentado pelo Excelentíssimo Prefeito do Município, o Sr.
Expedito Nogueira, em nota divulgada recentemente.
Durante
o presente ano, elaboramos dois requerimentos solicitando ao governo municipal
o reajuste de nossos vencimentos mensais, com base na legislação municipal
vigente, pelos seguintes motivos: o edital do concurso público apresentava como
requisito para a ocupação do cargo de professor dos anos finais do ensino
fundamental a escolaridade de nível superior, no caso, graduação (como se exige
pela Lei de Diretrizes e Bases para a ocupação de tal função); diferentemente
do que se exigia para o cargo de professor dos anos iniciais, para o qual se
requisitava apenas o magistério ou nível médio (também conforme o que permite a
LDB).
Entretanto,
o conflito é gerado pelo seguinte: prestamos um concurso de nível superior
(inclusive pagando taxa referente a esse nível) e hoje, de acordo com o Plano
de Cargos e Carreiras do próprio município, recebemos como profissionais de
nível médio, que, obviamente, não possuem graduação e que, sendo assim, não
poderiam assumir a função que hoje exercemos.
Nesse
sentido, se compararmos os valores apresentados na grade de vencimentos contida
no PCC e a realidade da remuneração da categoria que aqui se posiciona,
perceberemos que a nossa classe está sendo prejudicada de maneira clara e
gritante. Segundo a legislação municipal vigente, nós deveríamos receber um
total de R$ 2.026,00 (valor base referente a 150 h/a, com um acréscimo de 10%
pela graduação - escolaridade exigida dos profissionais do nível em que nos
situamos: Nível II). No entanto, atualmente, os nossos vencimentos mensais
somam um valor de R$ 1.841,82 (remuneração de profissionais de Nível I, que
possuem apenas o nível médio/magistério).
Desse
modo, que estamos recebendo de acordo com o piso salarial nacional é inegável.
No entanto, é preciso esclarecer que a luta de nossa classe hoje não é em busca
de atualização do piso, pois isso já foi feito, conforme fora explicado em nota
pelo Executivo. O que buscamos é a adequação dos nossos vencimentos ao que
determina o PCC municipal: recebemos como profissionais do Nível I (nível
especial – magistério), quando deveríamos receber como profissionais de Nível
II (graduação – licenciatura), o que de fato é um equívoco.
Portanto,
fica claro que estamos sendo prejudicados quanto a nossa remuneração, tendo em
vista que a legislação municipal vigente está sendo descumprida. Sem mais para
o momento, estamos à disposição para prestar quaisquer explicações e
esclarecimentos ainda restantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário