Jornalista experiente, que na
época da campanha das Diretas Já (em 1984) trabalhava na Folha de São Paulo, o
paulista Ricardo Kotscho constata, com tristeza, que um aparelho de televisão,
nos dias de hoje, tem pouca serventia, principalmente se o telespectador quiser
ver notícias na TV aberta.
É que as maiores
manifestações de rua do Brasil das últimas décadas, realizadas neste sábado,
dia 29, foram ignoradas ou minimizadas pelas emissoras, inclusive a líder de
audiência, a Globo.
Os protestos de 2013 e 2016
eram mostrados o dia todo, até as novelas eram tiradas do ar para se mostrar a
insatisfação popular com o governo da presidenta Dilma.
Até os patos amarelos da
Fiesp eram atração, tal qual o insuportável Fausto Silva.
Mas milhões de mulheres (e
homens) se posicionando contra o machismo, a misoginia, o racismo, a homofobia
e o espírito belicoso não interessa aos donos da mídia.
A grande imprensa, parte do
judiciário e muitos outros setores preferem o fascismo de você sabe quem ao
fortalecimento da democracia.
Muitos, como o jornalista
Ricardo Kotscho, venderiam seu aparelho de TV. Só não o fazem porque existe a
televisão por assinatura e a Netflix, que possibilitam se assistir um
programa de qualidade e ver um bom filme.
A TV aberta é uma porcaria só
e ainda mente, distorce e esconde os fatos que interessam. Apostam na alienação
e na ignorância das massas.
A salvação é a internet. Com
os celulares, os tabletes, os computadores e repórteres informais em qualquer
cidade do Brasil, a verdade que a televisão ignora a gente pode conferir graças
à tecnologia que dispensa patrões.
Existem os fake news, é
claro. Mas só quem é muito burro acredita que as multidões nas ruas ontem em
São Paulo, no Rio ou Recife foram uma invenção dos esquerdopatas.
É preciso ser muito ingênuo
ou imbecil para imaginar que as imagens de milhões no Largo do Batata (SP) eram
do carnaval. Quase todo mundo de camisa e bandeira vermelha?
Não. Era genta na rua mesmo,
no sábado dia 29. O problema todo é que estão com medo da vitória de Haddad,
quando deviam temer o outro lado, o do coiso, que não entende nada de economia,
nem de educação ou saúde, mas acha que bala é remédio pra tudo.
Aparelho de televisão agora,
meu caro colega Ricardo Kotscho, só serve para ver filme.
Quem só tem a opção de ver a
Globo, a Record e o SBT, talvez não saiba, mas é pobre duas vezes. De grana e
de espírito, e esta segunda pobreza é a pior.
Com as devidas adaptações ele serve como monitor e Computador, para poder-mos ver a campanha de Bolsonaro!
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