CONTEXTO

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Pesquisas Eleitorais

MINHA TURMA

* Givaldo Calado de Freitas 

Era vereador de minha cidade. Ano  de 2002. Eu, em meu escritório. De repente, o interno toca. Lá de fora, minha  secretária anuncia: “Doutor, aqui, presentes dois colegas seus. Dizem-se da ‘Casa de Tobias’. Da Faculdade de Direito do Recife”. 

À minha mente, a imagem e as palavras de Mauro Ramos: “Dispensei as duas, e contratei uma ‘burrinha’, e estou, amigo, é satisfeito. Pelo menos,
 ‘simplificou’ o trabalho e, se eu raiva tiver, amenizo, porque seria de mim mesmo”. 

Perguntei à secretária: “Você tem certeza do que me diz?” “Tenho Doutor. Tenho”. Voltei a perguntar: “E como são os nomes deles?” “Ah! Doutor! Eu sabia que ia ‘sobrar’ pra mim. Eles teimam em não me dizer. Querem lhe fazer uma surpresa”. 

Disse aos meus botões: “Surpresa? Ora! Ora!” 

“Tudo bem! Peça-lhes, por favor, que entrem, mas os acompanhe”.

Foi, realmente, uma surpresa. Uma grande surpresa! Diante de mim, Aluísio
(Dente de dragão) e Fernando (Bacalhau). 

Aluísio, presidente da seccional da OAB. E Fernando, candidato à lista sêxtupla da Ordem ao TJE.

Mas que surpresa! Mas que alegria! Vamos contar o tempo? 1971 x 2002. Em dezembro, exatos 31 anos. Parece que foi ontem. De lá pra cá, nesse longo caminho, cada um de nós cuidando de sua vida. De sua família. Parecendo até olvidando um passado bonito que vivemos juntos nos seus dias a dia. 

“Mas, Aluísio. Mas, Fernando. Enfim, vocês de passagem ou a passeio por minha cidade?”, quis saber. “Estamos em Garanhuns, Givaldo, atrás de votos dos colegas para Fernando”. Disse-me Aluísio. 

“Como é a história? Votos? E precisa, Aluísio? Mas, gracejo à parte. Vamos à luta. Vamos visitar os colegas e pedir votos para Fernando. Vamos lá”!

“Mas, Givaldo, antes de sairmos atrás de votos, eu preciso dizer a razão que me levou a apoiar Fernando: é que ele me disse: ‘quero aplicar bem o Direito.’ Isso me encheu de entusiasmo. E, aqui, estou, visitando os colegas”. 

Disse-os, fixando-me mais em Aluísio: “Pois eu, além dessa razão, que já me cobre de orgulho, ainda adendo o fato de ser Fernando da nossa turma; dela tenha sido um dos seus melhores alunos; e, por fim, por sua militância como operador do Direito já há mais de três décadas”, cravei.

Hoje, 2012. Faz, exatos 10 anos que o colega Fernando fora nomeado desembargador pelo governo, e empossado pelo Tribunal de Justiça do Estado, depois de ter seu nome na sêxtupla da OAB, e indicado, afinal, pelo Tribunal. 

Ah! Sim! Temos azo para festejar. Não só por Fernando Eduardo de Miranda Ferreira. Mas por tantos outros colegas, Turma 1971. Nos Tribunais, no Ministério Público, nas Procuradorias, nas Defensorias...  Enfim, em suas bancas como operadores do Direito, e em suas empresas como geradores de emprego e renda. Azos para festejos não faltam aos colegas de 1971. 

 * Acadêmico. Figura Pública.

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