O Festival de Inverno
de Garanhuns se espalha por todas as partes da cidade. Começou pelo velho e bom
teatro Luís Souto Dourado, no Centro Cultural e hoje ganha as ruas, os parques
e as praças.
Reclamaram da uma peça
em que um transexual interpretava Jesus Cristo e o espetáculo foi vetado; outros
não gostaram dos artistas anunciados no palco principal, agora surge uma turma
para criticar a decoração da Avenida Rui Barbosa, considerada um tanto “carnavalesca”.
Essas polêmicas
parecem já ter nascido com o Festival e são tão normais como a cidade se encher
de turistas durante os dias do evento.
O movimento já está
atípico em Garanhuns desde o início da semana, aumentou ontem e deve ser
ampliado hoje.
Fato é que teremos aqui
em torno de 500 atrações artísticas, incluindo teatro, circo, dança, cinema e
música para todos os gostos, desde o brega de Odair José até a música clássica
na Catedral de Santo Antônio.
Na Praça Mestre
Dominguinhos, alguns dos grandes nomes da música nacional e regional marcarão presença,
com destaque para Vanessa da Mata e Titãs, além de cantor John Hooker, uma das
novidades deste ano.
Ele faz um tipo meio
estranho, o som dele é diferente e moderno e ficou conhecido depois de algumas
trilhas sonoras para filmes nacionais, como do consagrado “Tatuagem”.
Hooker fez dueto, há pouco tempo, com a tecno-brega
Gaby Amarantos, que por sinal também está na programação.
Tem o palco pop, o
espaço do forró, o som instrumental no Pau Pombo.
E a Praça da Palavra, com o espaço para a literatura, a programação do Sesc, o Casarão das Artes, iniciativa da família Tinoco, o Armazém de Arte e Negócios, do Sebrae...
E sobretudo Garanhuns,
linda, cheia de charme, com pouca chuva e muito frio no inverno deste ano.
Até o sábado, dia 21,
o clima vai esquentar com gente de todas as cores, dos mais diversos lugares, a
cidade sediando novamente um dos maiores festivais culturais do Brasil e da
América Latina.
Um FIG que já teve
nomes como Gal Costa, Djavan, Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Adriana
Calcanhoto, Cássia Eller, Milton Nascimento, Zeca Baleiro, Chico César e que
está sempre se reinventando, atraindo pessoas dos mais diferentes lugares que
vêm se encantar com as apresentações artísticas e o charme único da Suíça
Pernambucana.
Garanhuns de Toinho
Alves, de Dominguinhos, de Luís Jardim, de Luzinette Laporte, de Andrea Amorim,
de Kiara Ribeiro, de Ruber van der Linden, de Euclides Dourado, de Alfredo
Leite, de Igor Cardoso, do professor Cláudio Cavalcanti, de Audálio Ramos, de
Ronaldo César, Mourinha do Forró, Gláucio Costa e Zezinho de Garanhuns.
“Salve os jardins, as palmeiras
E alguns pedaços de
céu... Mãos Divinas!
Salve o Festival de
Inverno
Salve as sete colinas”.
(Trecho do Hino de Garanhuns, do poeta João Marques com a inclusão da frase Salve o Festival de Inverno por nossa conta).
*Imagens: 1) Armazém de Arte, no Parque Euclides Dourado; 2) Virtuosi na Serra, com música erudita na Catedral de Santo Antônio.
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