PREFEITURA MUNICIPAL DE GARANHUNS

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GOVERNO MUNICIPAL

QUANDO A BARBÁRIE FASCISTA BATE À NOSSA PORTA

Por Michel Zaidan Filho*

Estamos vivendo dias de muito intranquilidade e angústia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Enquanto o senhor reitor instala um verdadeiro Panopticon no campus universitário e permite que  a cidade universitária seja policiada e periciada pelo PM e a PF, assistimos com horror - sem nenhuma manifestação de preocupação com os alunos, professores e funcionários - cenas de violência, agressão física, intolerância e censura à liberdade de expressão e organização.

Isto ocorre numa instituição pública (laica, republicana e acadêmica), lugar por excelência de debates, pluralidade de opiniões, do contraditório. Queixou-se o senhor ministro da (des)educação, devidamente assessorado pelo grande pensador Alexandre Frota, que o ENEM - além das fraudes corriqueiras - não devia ser instrumento de políticas de ódio.

Não se deu conta o político de Pernambuco que o grande responsável pelo incitamento aos crimes de ódio e intolerância é a ideologia da "escola sem partido" (ou de" partido único") e do movimento MBL, este sim, uma verdadeira tropa de choque neonazista, atuando de fora para dentro, com instrumentos de agressão física contra os que defendem ideias contrárias às suas. Pior, a convite de professores e alunos da própria instituição que comungam com esse pensamento intolerante, racista e antidemocrático. Seus porta-vozes andam escoltados pela tropa nos corredores da UFPE e estão sempre prontos a agir em defesa do chefe.

Desse os tempos do Estado Novo, não se conhecia no Brasil esse movimento organizado da direita, disposto ao ataque físico às liberdades democráticas. Esta ressurgência só pode ter sido alimentada pelo golpe e os golpistas que açambarcaram cargos e secretárias de Estado.

No caso da Educação Pública, é mais grave, em razão da tutela jurídica estatal. Mas o que chama mais atenção é a passividade, quase a conivência tácita, das autoridades com este tipo de violência simbólica e física contra os diferentes, os que pensam diferente. Ora a ideologia da chamada "Escola sem Partido" quer implantar nas escolas um partido único, o da direita mais conservadora racista e xenófoba. Não se engane, estamos diante de uma forma de pensamento autoritário que criminaliza a diferença de opiniões, sob a alegação de "neutralidade ideológica".


Vários membros da comunidade universitária já vêm sofrendo esse tipo de intolerância, às vezes disfarçada. Uns são chamados à responder inquéritos administrativos, outros se dão conta do sumiço de documentação no SIGA, outros são suspensos de suas atividades acadêmicas e, agora, mais outros são vítima de agressão diante da omissão e passividade dos gestores da instituição. Temos previstos vários eventos e seminários destinados a debater e discutir temas da história contemporânea na UFPE. O que esperar das ameaças dessa tropa de choque, a mando de seus porta-vozes internos na universidade? Mais violência, mais intolerância, mais criminalização?


*Michel Zaidan Filho, natural de Garanhuns, é Cientista Político e professor na área de Humanas da Universidade Federal de Pernambuco.

*Ilustração reproduzida do Blog de Altamiro Borges.

Um comentário:

  1. Deste desgoverno do Michel Temerário, nada podemos esperar de bom... De ruim, temos visto cada vez mais nulidades, como esse ministrinho da deseducação! - O que se poderia pensar quando esse tal Mendonça foi chamado pra ocupar o Ministério da Educação! - Pasmados ficaram todos aqueles que têm bom senso... E os que têm senso de responsabilidade! - Aí está instalada a irresponsabilidade do ministrinho Mendonça! Foi o que vimos desde que ele assumiu o Ministério, sob protestos, do universo acadêmico. - E, infelizmente, assim vai continuar, até venham as eleições no fim de 2018! - Danado é saber em quem votar nas ditas eleições! – Sem escolha até então!

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