Por Armando Monteiro*
Pesquisa realizada anualmente, desde 2011, pelo Centro de Liderança
Política, em parceria com a consultoria Tendências e a revista The Economist,
revela que Pernambuco perde posição no cenário nacional. No ranking de
competitividade e de condições de vida dos estados, caiu do 13º para o 18º
lugar, em relação a 2016.
É a segunda pior performance em termos relativos, perdendo apenas para o
Amapá, que caiu dez posições. Foi ultrapassado, no Nordeste, por Ceará, Paraíba
e Rio Grande do Norte.
A pesquisa avalia dez indicadores. Estamos no final da fila em vários
deles.
Em segurança pública, Pernambuco teve nota zero, ficando na última e
vergonhosa posição do ranking. Foi o 23º em mobilidade urbana, 18º na qualidade
de rodovias e 19º na proporção de domicílios com acesso a água encanada. Em
sustentabilidade social, ficou atrás do Ceará, Bahia, Paraíba, Rio Grande do
Norte e Sergipe, ocupando a 19ª posição. E mesmo com os avanços registrados no
ensino médio, o estado ainda ocupa os 16º e 17º lugares nas avaliações do IDEB
(Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e do PISA (Programa
Internacional de Avaliação de Alunos).
Registro esses números com pesar porque o povo pernambucano dá exemplos,
cotidianamente, de tenacidade, empreendedorismo e capacidade de trabalho, em
especial numa conjuntura adversa.
O governo do estado, ao contrário, não faz a sua parte. Patrocina uma
campanha publicitária massiva em que falseia a realidade. Culpar a crise
econômica do País, tentando transferir responsabilidades, e apresentar como
conquista o pagamento em dia do funcionalismo não convencem.
A crise é madrasta para todos. E pagar as contas pontualmente é obrigação
que apenas dois dos 27 estados da federação não conseguem cumprir.
A raiz do retrocesso verificado nos últimos anos, portanto, está na
gestão do estado – sem foco, ineficaz, lenta, insossa. É essencial dar novo
rumo a Pernambuco.
*Armando Monteiro é senador pelo PTB/PE
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