GOVERNO MUNICIPAL

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PREFEITURA DE GARANHUNS

HÁ 90 ANOS NASCIA O LÍDER POLÍTICO JOSÉ CARDOSO

José Cardoso da Silva, se vivo estivesse, na próxima terça-feira, dia 24, completaria 90 anos de vida.

Altamir Pinheiro garanhuense apaixonado por sua terra, que colabora regularmente com o blog, escreveu um artigo “porreta”, destacando a importância do líder político garanhuense.


Confira o texto de Altamir:

Há nove décadas, mais precisamente no dia de hoje, 24 de outubro de 1927,  nascia na terra dos Guarás e dos Anuns o PAI DOS POBRES e, já se passou  um quarto de século  do qual depois de sua morte jamais apareceu aqui, em Garanhuns, um homem do porte moral e de sua preocupação social, principalmente com os mais necessitados, os chamados “PÉS DE POEIRA”... 

Estamos tratando ou falando do IMORTAL  da Academia Política de Garanhuns que teve o seu maior patrono, JOSÉ CARDOSO DA SILVA que, lamentavelmente, no dia 30 de abril de 1992, deixava-nos órfãos e foi fazer política em outra galáxia e hoje está habitando no céu, lugar dos justos: praticando ou zelando pelo seu povo e toda essa massa humana da Cohab I,  Parque Fênix, Liberdade, Rua da Raposa, Rua da Taba, Rua da Bosta e demais periferias desta cidade que tanto o venerava, o idolatrava e a recíproca era verdadeira.

Todos eles estão, também, gravitando em torno dele, em sua aura celestial.

Cardoso foi um dos mais destacados e honrados líderes  políticos de  Garanhuns. Era um homem   simples,  humilde e que fez todo o seu percurso objetivando o bem coletivo. Era um líder social nato  que trabalhou fervorosamente para melhoria de sua cidade visando sempre um bem maior, o avanço do desenvolvimento garanhuense.    

Em suas veias corria o sangue do político ilibado. Herdou de sua mãe FRANCISQUINHA  CARDOSO o gosto pelas causas sociais e políticas. Uma mulher  sempre   à frente do seu tempo. Foi sapateira, líder comunitária, presa política na ditadura de 1964, exemplo  de coragem, garra e muita determinação. 

Zé Cardoso foi ajudante de  barbeiro, presidente de clubes de futebol (Cruzeiro Futebol Clube, União Futebol Clube, Arraial), radialista da extinta Rádio Difusora de Garanhuns (programas Desfile das Cinco, Praça da Saudade). Sua alma filantrópica o conduziria para o povo. Nascia assim sua trajetória na política alicerçada num alto padrão de moralidade e com ela a intenção de servir ao bem comum.

Em 1951, candidatou-se pela primeira vez a vereador, não logrou êxito,  mas era o início de um jovem cheio de esperança em ver, um dia, em seu torrão natal, uma  cidade desenvolvida e  com oportunidades para todos.  

Conseguiu eleger-se vereador em 1955, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).  Com seu grande carisma e relevantes serviços prestados à população, em 1959, teve 1.175 votos. Uma votação expressiva para o seu segundo mandato. A determinação, o trabalho e a fé agrestinos de Zé Cardoso fariam dele o vereador mais bem votado do interior de Pernambuco.

Como candidato a deputado estadual em 1962, Zé Cardoso ficaria na segunda suplência, tomando posse devido a um remanejamento na Assembleia  Legislativa.   

Com o Golpe Militar de 1964, teve seu mandato cassado. Foi perseguido, humilhado, torturado e preso político. Acusado de ser um agitador e membro do Partido Comunista. Foi processado por atividade subversivas. Ficou preso por quase dois anos na Casa de Detenção, no Recife, hoje Casa da Cultura. Por longos anos sua liberdade e sonhos foram  cerceados pela ditadura.

Com a anistia em 1979, voltava a Garanhuns aquele que seria um dos maiores líderes políticos de nossa cidade. Zé Cardoso era povo e para ele retornara.  Em 1986, candidata-se a deputado estadual pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) e ocupa a primeira suplência. Posteriormente, assume o mandato na ALEPE, tornando-se tanto ele quanto Ivo Amaral, deputados constituintes.

Cardoso costumava dizer que, “GOSTARIA DE VIVER EM UM MUNDO ONDE OS RICOS NÃO SEJAM TÃO RICOS A PONTO DE COMPRAR OS POBRES E OS POBRES NÃO TÃO POBRES A PONTO DE SE VENDEREM POR QUALQUER NINHARIA”. Se ele não conseguiu realizar seu sonho na terra, pelo menos tá bastante satisfeito lá em cima, sentado, ao lado direito do pai. Afinal de conta, nosso senhor ama os pobres, por isso fez tantos, por isso existe tantos... Entretanto, O que nos reconforta nesses tempos sombrios é a certeza de que através dessa imensa e imprescindível família Cardoso, apesar de sua simplicidade e modesta maneira de viver, sobrevive, valente e destemida, a mais sólida resistência democrática manifestada na bravura dos intrépidos combatentes da pura verdade, somente a verdade...  

Após  vinte e cinco anos de sua viagem predestinada... Eu, como seu admirador, gostaria de deixar registrado nos anais da história política de Garanhuns que o negão Cardoso foi um político na verdadeira acepção da palavra de uma sensibilidade social espetacular, o humanismo daquele negão ultrapassava qualquer limite do horizonte por longínquo que fosse.

Zé Cardoso foi uma figura humana daquelas que todo mundo gostaria de tê-la como amigo. Portanto, repito: ah, que saudade do Negão Cardoso!!! Mas, fazer o quê?!?!?! C’est la vie (assim é a vida).  Mas que bom, dos  males o menor: MORRE O HOMEM FICA A FAMA!!!

Um comentário:

  1. Pesquisando sobre a história do meu "tio zé", encontro esse texto riquíssimo de detalhes e tão cheio de emoção.... viagem na minha memória.... bons tempos aqueles em que ele era o herói vivo da minha infância!! Saudades de ter vivido na casa dele, de ter conhecido tantas figuras da historia da minha cidade. Orgulho de tudo q vi e vivi.

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