Após a divulgação do balanço
fiscal do último quadrimestre pelo governo de Pernambuco, no último sábado
(30), que apontou os gastos com pessoal acima do limite prudencial, a deputada
estadual Priscila Krause (DEM) traz à tona previsão do governo federal para os
últimos meses do ano como mais um elemento de preocupação para o fechamento em
dia das contas estaduais no fim do ano.
De acordo com o relatório da
Secretaria do Tesouro Nacional, a previsão de repasses do Fundo de Participação
Estadual (FPE) para o mês de novembro é de redução de 40,7%, comportamento que
também será observado em dezembro. Isso ocorreu porque nos últimos dois meses
do ano passado, o governo federal dividiu com estados e municípios a
arrecadação proveniente da repatriação (com multa), fato que não se repetirá.
Em novembro de 2016, foram R$ 704,6 milhões de FPE, enquanto em dezembro o
valor somou R$ 845,9 milhões. A média de repasses gira em torno de R$ 350
milhões/mês.
Um dos principais componentes
da arrecadação estadual, os repasses do FPE representaram sobre o montante da
Receita Corrente Líquida (RCL), em novembro e dezembro, 32,5% e 40,1%,
respectivamente. “Pernambuco conseguiu fechar o ano de 2016, mesmo com um bilhão
de restos a pagar, com alguma regularidade porque além do programa de
recuperação tributária, teve mais de seiscentos milhões da repatriação. Essa
previsão do Tesouro Nacional, confirmando uma queda vertiginosa, já esperada,
acende os alertas para que se tomem medida preventiva e rápida. Fomos um dos
estados com maior aumento de impostos do País e mesmo assim os parâmetros
fiscais estão falhando. É preciso lembrar que ainda restam a folha de setembro,
que será paga essa semana, e mais outras quatro, já que tem o 13º inteiro”,
registra a deputada, que é componente efetiva da Comissão de Finanças,
Orçamento e Tributação.
No governo Paulo Câmara, o
pior quadrimestre para o parâmetro que relaciona os gastos com a folha em
comparação com a Receita Corrente Líquida se deu em 2015, no período referente
a abril e agosto daquele ano (50,33%). Priscila lembra, no entanto, que naquele
quadrimestre o governo havia feito a opção de adiantar a primeira parcela do
13º salário para ativos e inativos no meio do ano, o que comprometeu o índice.
De olho no caixa, Priscila registra que a arrecadação anual segue reagindo
lentamente, até agosto, mas deverá ter um revés nos últimos meses do mês. “Não
teremos a venda da folha ao Bradesco, como tivemos em 2015, como também não teremos
o Perc e a repatriação de 2016”, conclui.
A deputada aponta a situação
da previdência estadual como uma das mais graves. No período entre janeiro e
setembro desse ano, o Fundo Financeiro responsável pelo pagamento das
aposentadorias e pensões despendeu R$ 455 milhões a mais que no mesmo período
de 2016 (R$ 3,269 bilhões em 2017 e R$ 2,814 bilhões em 2016).
PASMEM!!! E TEM GENTE QUE AINDA É CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA...
ResponderExcluirP.S. : - Só conheço uma previdência que se tornou exemplo para o resto do Brasil por ser auto suficiente e muito bem administrada que é a PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE GARANHUNS. O resto quebrou na emenda!!!