OLHAR COMUNISTA *
A repercussão extremamente negativa do
decreto assinado pelo presidente Temer que permite a venda de um extenso
território da Amazônia, de 47 mil quilômetros quadrados, entre o Pará e o
Amapá, na Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), onde há 9 áreas
indígenas e muitas unidades de preservação, levou o ministro de Minas e
Energia, Fernando Coelho Filho, a tentar, em entrevista à imprensa, provar que
não haverá danos ambientais ou prejuízos para os nativos. O decreto
presidencial extingue a Renca.
O ministro citou que haverá
fiscalização em todo o território liberado para a mineração. O Palácio do
Planalto afirmou, ainda, que a Renca “não é nenhum paraíso”, pois há pistas de
pouso clandestinas e atividades extrativas ilegais em curso há muito tempo. Tal
declaração demonstra que de fato não há nem haverá fiscalização alguma, pois
toda a liberdade e permissividade são garantidas pelo Estado burguês a
atividades lucrativas, pouco importando se são legais ou ilegais.
A venda de áreas florestais para a
atividade mineraleira é um crime, assim como a forma como foi feita, por
decreto presidencial, trata-se de um golpe. A exploração de riquezas minerais
deve ser implementada com ampla discussão na sociedade e sob controle dos
trabalhadores, para que esses recursos, estratégicos para o país, assim como a
soberania de seu território, sejam utilizados não para o lucro de grandes
empresas privadas, mas com uma taxa de retirada que permita a extensão de sua
vida útil, a aplicação de parte das receitas em investimentos sociais, científicos
e tecnológicos, com a preservação da Amazônia, de toda a sua rica
biodiversidade e seus complexos serviços ambientais.
OLHAR COMUNISTA – Informativo
do PCB (Partido Comunista Brasileiro)
APOIO: PCB de
Garanhuns/PE
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