PREFEITURA MUNICIPAL DE GARANHUNS

PREFEITURA MUNICIPAL DE GARANHUNS
GOVERNO MUNICIPAL

SAI LIVRO COM BIOGRAFIA DE ANTÔNIO CARLOS BELCHIOR

Menos de cinco meses após sua morte, em Santa Cruz do Sul (RS), o cantor e compositor Antônio Carlos Belchior ganha uma biografia analítica, com revelações de muitas coisas inéditas da vida do artista.

O livro, que já estava praticamente concluído, quando Belchior deixou o Brasil sem a sua poesia, é assinado pelo jornalista Jotabê Medeiros, que há 30 anos trabalha na área de cultura, no Sudeste do País.

Na biografia, de pouco mais de 200 páginas, o autor fala da relação difícil da irmã de Belchior, Ângela, com Edna Prometheu, mulher do cantor na última década de sua vida.

Jotabê investigou como foi a passagem do artista, na juventude, pelo Mosteiro dos Capucchinos, no interior do Ceará, descobrindo que foi lá que o compositor tomou conhecimento com a “Divina Comédia”, de Dante, que exerceria forte influência em sua carreira.

Uma das grandes canções de Belchior, aliás, se chama “Divina Comédia Humana”.

O autor do livro registra que em 1975 o cantor morava modestamente, juntamente com peões de uma obra, em São Paulo e era mesmo um rapaz sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo do interior.

Isso foi registrado na música “Apenas um Rapaz Latino Americano”, uma das mais conhecidas do compositor.

Por sinal o título do livro de Jotabê Medeiros é “Belchior – Apenas um Rapaz Latino-Americano”. Não podia ser mais apropriado.

Outra passagem curiosa da biografia do cantor, registrada em reportagem da Folha de São Paulo, é um encontro de Antônio Carlos Belchior com o cantor Bob Dylan.

Foi Gilberto Gil quem apresentou o brasileiro ao americano.  

“Dylan esse é Belchior, o Bob Dylan Brasileiro”, disse o baiano. “É mais provável que eu seja você na América”, teria sido a resposta do astro pop internacional.

O escritor dá a entender que o encontro deixou o cearense radiante, tanto que ao chegar em casa falou com a mulher,  tremendo: “Estive com ele!”. Ela pergunta: “Quem”? “Dylan, Dylan, Dylan”, repete o compositor de “Como Nossos Pais”.

E por falar na música mais perfeita de Belchior, Jotabê Medeiros revela que a já consagrada cantora Elis Regina ficou “assombrada”, quando o cearense lhe mostrou duas canções: a citada “Como Nossos Pais” e “Velha Roupa Colorida”, que ela incluiu no álbum “Falso Brilhante”, de 1975, maior êxito comercial da intérprete, que morreu precocemente de uma overdose, aos 36 anos.

Elis foi que impulsionou a carreira de Antônio Carlos Belchior, ao gravar “Mucuripe” e depois as outras duas músicas, amplamente conhecidas.

Depois do disco “Falso Brilhante” foi que o cantor e compositor nordestino pôde gravar o álbum “Alucinação”, possivelmente seu melhor trabalho. Foi a partir daí, imaginamos, que ele virou o “Bob Dylan Brasileiro”.

Belchior vive em sua obra, em suas canções.

Para dar mais vida ao texto e deixar seu domingo perfeito, amigo (a) leitor (a), disponibilizamos o link do vídeo do YouTube com Belchior cantando “A Divina Comédia Humana”, uma das canções mais geniais já feitas no Brasil:

2 comentários:

  1. Muito oportuno registrar fatos da vida de Belchior em livro. - "Apenas um rapaz latino-americano"!

    ResponderExcluir
  2. Dos artistas "esquerdistas" famosos Belchior era o único que tinha desapego ao dinheiro. Por isso foi abandonado e deixado para morrer à míngua pelos petistas, pela Mídia sangue-suga e pelos coronéis MAMÕES DE TETAS GOVERNAMENTAIS da MPB, Caetano, Gilberto Gil, e Chico Buarque.

    ResponderExcluir

SUBSÍDIO PARA COMPRA DE CASA

SUBSÍDIO PARA COMPRA DE CASA
FINANCIAMENTO PARA CASA PRÓPRIA