Capoeiras, a 24 km de
Garanhuns, foi distrito de São Bento do Una, até se emancipar, em 21 de
dezembro de 1963, no primeiro governo de Miguel Arraes de Alencar, que antes de
ser deposto pelos militares deu autonomia a vários lugarejos de Pernambuco.
Quando vila de São Bento,
Capoeiras tinha poucas casas, quase todas na rua do comércio, já que a maioria
dos logradouros e avenidas atuais não existiam nesta época.
Um dos homens que impulsionou
a economia da cidade foi João Borrego, que em plena década de 60 tinha uma loja
no distrito e depois cidade com amplo sortimento e um razoável número de
empregados.
João Borrego hoje dá nome a
principal praça do centro de Capoeiras. Um dos seus filhos, Heronides Borrego,
também foi de grande importância na formação e desenvolvimento do município.
Nos anos 60 e 70, no
ex-distrito de São Bento do Una, se destacaram, além de João e Heronides
Borrego, personagens como Álvaro Tenório, José Soares de Almeida, Gabriel
Branco, Olegário Bento de Souza, Euclides Almeida, Adauto Praxedes, Gildo Marques, José Manuel e
seu irmão, Manoel Antônio, Aluízio Bezerra, Superpino, Zé Vieira, Seu Doca,
Moisés Calado, José Gila, Manoel Reino, Joaquim de Neco, Dona Antônia (primeira
mulher a se eleger vereadora do município) e muitos outros e outras.
Cada um a seu modo deu sua
colaboração ao município, desenvolvendo o comércio, aproveitando o potencial da
feira, realizada às sextas - que sempre foi forte - e alguns se dedicando à vida
pública e realizando obras importantes em benefício da população.
A maioria das pessoas citadas
tiveram a preocupação de dar estudos aos filhos, muitos deles se deslocando,
quando chegou a idade, para Garanhuns e Recife, onde conseguiram diplomas de
médicos, advogados, engenheiros, veterinários, fisioterapeutas, odontólogos,
farmacêuticos e professores, dentre outras profissões.
Capoeiras sempre foi um lugar
tranquilo e antigamente tanto na cidade ou zona rural raramente acontecia um
homicídio ou assalto. Esta realidade hoje é um pouco diferente e a violência
crescente tem sido uma preocupação dos moradores do ex-distrito de São Bento do
Una.
O IBGE faz uma estimativa que
Capoeiras fechará 2016 com uma população bem próxima dos 20 mil habitantes. O
censo de 2010 deu os seguintes números: 19.593 moradores, 6.263 vivendo na
cidade e 13.330 na zona rural.
Homero Fonseca, no seu livro
sobre os municípios pernambucanos, escreveu o seguinte sobre a terra de João
Borrego:
Capoeiras, no Agreste
Meridional, abriga em suas terras a nascente do Rio Una e os remanescentes de
antigos quilombos, no Sítio Imbé.
Inicialmente foi distrito de
São Bento, emancipando-se pela Lei Estadual 4.998, de 1963.
Seu nome significa, segundo o
Houaiss, “terreno roçado regularmente cuja vegetação se compõe basicamente de
ervas e arbustos” e seria derivado do tupi ko´peera, de ko: roça+pwera: que já
foi.
Mário Melo considera ser uma
corruptela de cáa-poera, “mato extinto, mata cortada ou destruída”, que “costuma
se confundir capueira, de co-poéra, roça extinta, roça velha, abandonada e já
invadida pelo mato.
O gentílico para quem nasce
no lugar é capoeirense.
O município tem uma área de
335 m2. Portanto é uma zona rural extensa, além dos distritos de Maniçoba,
Alegre e Riacho do Mel.
como cresceu a cidade ,lembro-me dos bons tempo que eu toquei na bandas das escolas municipal e perpetuo do socorro,com a professora rilda no munipal com marcia e eliane esposa de lindolfo almeida.tempos bons so lembranças um abraço aos meus ex alunos das duas escolas.ANTONIO.
ResponderExcluir