Samuel
Salgado foi prefeito de Angelim por três vezes. Hoje mora no Recife e aos 61
anos de idade concluiu um doutorado na Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Esta
semana, da capital pernambucana, ele enviou uma carta aberta à população de
Angelim, defendendo mudanças, como se ele próprio reconhecesse que está na hora
do município de libertar do revezamento das famílias Calado e Salgado no poder, há décadas.
Samuel
diz que como prefeito desenvolveu algumas ações importantes para o município,
como as obras de asfalto na cidade, serviço de telefonia DDD e DDI, telefonia
móvel celular, escolas, pontes, o prédio do fórum, 95% da Academia das Cidades,
80% do campo de futebol, construção de 100 casas populares e ampliação do
hospital.
O ex-prefeito acredita ainda hoje ser amado por uns e odiado por
outros. Coisas da política
Com a maior humildade, reconhece que nas suas
gestões cometeu acertos, mas também erros. “Ninguém questiona mais minhas
administrações do que eu próprio”, afirma Samuel, na carta, como se admitisse
que poderia ter feito mais.
Ele
acha, contudo, que a prática de atacar a administração anterior pertence ao
passado, o povo avançou e não tolera mais isso. “Este
discurso (de ficar colocando a culpa um no outro) é vazio. Discurso de quem não tem
proposta. Ninguém aguenta mais isso. É coisa do atraso”, frisou o angelinense.
Samuel Salgado critica os que não querem enxergar e teimam em fazer política pequena. “Precisamos avançar. Precisamos discutir com responsabilidade os problemas do povo de Angelim. Precisamos melhorar a saúde, o salário dos trabalhadores, a educação e outros setores”, defendeu.
Samuel Salgado critica os que não querem enxergar e teimam em fazer política pequena. “Precisamos avançar. Precisamos discutir com responsabilidade os problemas do povo de Angelim. Precisamos melhorar a saúde, o salário dos trabalhadores, a educação e outros setores”, defendeu.
Na única crítica ao atual gestor, Marco Calado, Samuel assinalou
que “enquanto o atual prefeito se preocupa em defender publicamente a
candidatura do seu vice-prefeito, a quem
ele nunca passou o cargo um dia sequer ao longo de quase 16 anos, deixou de se
preocupar, entre muitas coisas, com a qualidade do ensino e, por isso, o IDEB
da Escola Miguel Calado caiu. Não se pode esconder do povo os problemas de hoje para
deixar que estourem mais tarde”.
Ao defender o nome de Douglas Cavalcanti (PSB) para "mudar os ares" em Angelim, Salgado defendeu uma proposta de construir juntos uma
cidade e um município diferente, onde o respeito e o diálogo sejam instrumentos
para os avanços do povo. “Faço política com leveza e alegria, afastando o peso
do rancor e do conflito pessoal. Por isso, tenho muitas e boas amizades. Esta é
a vantagem de não fazer política com o fígado, mas fazer a boa política, com o
coração”.
Embora ainda seja parente de Douglas e apoie seu nome contra
Josemir Miranda, que foi seu vice na gestão de 1983 a 1988, Samuel parece
convencido de que o socialista, caso chegue ao poder, será totalmente
independente para dar um novo rumo à política no município e livrar Angelim de
práticas antigas, das quais o povo está cansado.
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