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A ESTRANHA DEMISSÃO DO DIRETOR DO DIOCESANO

Depois de 33 anos como diretor do Colégio Diocesano de Garanhuns, o professor Albérico Fernandes foi afastado de suas funções de maneira abrupta e estranha.

Chegou a circular hoje,  no “Gigante da antiga Praça da Bandeira”, a versão de que ele tomou conhecimento de sua saída pela internet.

Procuramos checar a veracidade dessa informação junto a alguém que trabalha na tradicional Casa de Ensino e soubemos que não foi bem como estavam comentando alguns professores e alunos.

O funcionário do Diocesano com quem conversamos disse que na verdade o bispo Dom Paulo Jackson esteve na escola, conversou com o então diretor e explicou: “Os padres pediram que o Colégio voltasse a ser dirigido por um sacerdote...”

Segundo a nossa fonte existem testemunhas do diálogo entre o bispo e o então diretor.

Albérico, então, teria sido afastado, para dar lugar a padre Emérson, por um desejo do clero local.

A mudança processada no educandário poderia ser encarada de forma natural, afinal além de ser uma escola católica é também uma empresa e tem de ser administrada como tal.

Nesse contexto, a troca de um diretor é perfeitamente natural.

O que é estranho e chocou professores e alunos é a forma como se procedeu a mudança.

A notícia foi dada de maneira repentina e sem nenhuma preparação antecipada do professorado, dos estudantes e seus pais e do próprio diretor.

Embora sejam casos diferentes, o episódio atual lembra um pouco a instalação do presídio feminino da cidade, no bairro da Várzea, feita no Governo Jarbas Vasconcelos “nas caladas da noite".

O fato é que o clima no Diocesano hoje é tenso e professores e alunos estão chocados, como confessam abertamente.

As coisas no Colégio estão meio confusas e o professor Albérico convocou a imprensa para uma coletiva. E foi se despedir do corpo docente e dos estudantes, embora deva continuar na escola como funcionário.

É mesmo muito estranha a forma como o diretor do Gigante foi afastado, como se tivesse feito alguma coisa errada e não quisessem divulgar.

Naturalmente o novo diretor, Padre Emérson,  indicado pelo bispo Dom Paulo Jackson, não tem nada a ver com isso. É um sacerdote competente, de muito carisma e tem tudo para dar certo no comando do Diocesano.

O que se lamenta em tudo isso é o desrespeito praticado contra Albérico Fernandes Vilela, os docentes e estudantes, que neste momento estão solidários ao professor.

Mesmo que o ex-diretor tenha praticado algum erro, acredito que merecia um tratamento mais digno. Afinal o Colégio Diocesano é uma instituição católica e na minha visão a forma como trataram o professor vai contra todos os ensinamentos do senhor Jesus Cristo, que pregava o amor, o perdão e a tolerância.

O bispo pode estar completamente certo, a mudança pode ser saudável. Agora, nenhum ser humano merece ser descartado como se fosse réu de uma causa desconhecida, principalmente um profissional que prestou grandes serviços ao educandário e é “jogado fora” num dos momentos mais delicados de sua vida, quando passou por sérios problemas de saúde, embora graças a Deus tenha superado o pior.

Na minha modesta opinião a Diocese de Garanhuns tem obrigação de explicar os motivos reais do afastamento do professor Albérico da maneira que o fez, ignorando três décadas de história e ferindo um ser humano que se cometeu algum erro grave merece mesmo assim um mínimo de respeito e, se for o caso, o perdão.

As aulas foram suspensas no Colégio Diocesano hoje e amanhã. Não se sabe ainda se por decisão do novo diretor, do bispo ou do papa Francisco.

12 comentários:

  1. Coisas desse tipo parecem ser comuns. Basta lembrar que o então Ministro da Educação, o pernambucano Cristóvão Buarque, foi demitido por telefone pelo também pernambucano Lula.
    Até hoje ninguém sabe porquê.

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  2. É no mínimo estranha a situação. A Igreja deve ter motivos justos para a mudança, mas o mínimo esperado é que houvesse um período, por menor que fosse, de transição porque trinta anos de um excelente trabalho não se coloca em uma caixinha e simplesmente passa de uma mão para outra.

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    1. Como ex aluno durante os 13 anos que estudei no CDG, presenciei a saída do Mons. ADELMAR, a gestão de Pe Ivo e a direção de Albérico, e sempre foi bem assimilada pelos alunos da época, mudanças sempre vão existir, agora não entendo porque os radialistas da cidade ficam fazendo um drama tão grande, quando se trata de um ato comum numa instituição privada.

      Por lei todo professor se aposenta com 25 anos de trabalho em sala de aula, seria um bom EXEMPLO se o mesmo tivesse entregue o cargo para DIOCESE, nessa época, e não querer ficar incentivando a população contra O CLERO por uma atitude legítima correta tomada pelo bispo.


      Evaldo Mattos

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  3. Acredito que a mudança se deve principalmente a forma como o CDG foi administrado nos últimos anos. Perdeu-se a firmeza, o que pode ser visto no quadro de funcionários da escola (professores com capacidade questionáveis), e principalmente nos últimos alunos que estão sendo formados de alguns anos para cá. Inegável a habilidade do professor Alberico em administrar a escola, mas talvez a tentativa seja no intuito de restaurar a sobriedade do colégio, perdida nos últimos anos, recolocando-o nos trilhos.

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  4. José Fernandes Costa5 de agosto de 2016 às 00:01

    Essa igreja não aprendem NUNCA... Está sempre querendo permanecer nos erros da Idade Média. - Deve ser saudade da "Santa Inquisição” de Torquemada e seus cúmplices “católicos”... E ainda ficam querendo saber por que a Igreja Católica perde seguidores... Mas... para mim, todas as igrejas cabem no mesmo cesto... - Ou embaixo do mesmo balaio. /.

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  5. A igreja tá certa estava na hora de Alberico sai e voltar um padre a direção do Colégio.

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  6. Não vejo nada de errado o Bispo substituir o Diretor do Diocesano. O erro foi a forma utilizada na substituição, principalmente pelo primeiro mandatário da Igreja em Garanhuns, acima dele só o Papa. Se o ex-Diretor não fosse bom, não teria passado 33 anos no cargo, passando pela administração de vários Bispos. Será que os outros Bispos estavam errado, só este está certo? Que falta está fazendo Dom Fernando!

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  7. Lamentavelmente as pessoas insistem em não querer enxergar o óbvio, qual a universidade, colégio particular ou mesmo empresas deixam o diretor por 29 anos?

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  8. Parabéns D. Paulo, sua posição ratifica sua clareza pastoral e administrativa!
    Tenho alguns amigos padres que vinham a muito tempo empenhados nesse proposito.

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  9. Mudar a direção de um colégio é natural. Agora afastar um homem tão digno sem ao menos comunicar com antecedência a todos que fazem parte dessa instituição??? Coisa feia, viu!???

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