Quase um Século depois, realizou-se no salão nobre
da prefeitura de Garanhuns, na manhã do dia 14 de junho de 2016, NÃO uma
chacina, uma matança, uma carnificina ou até mesmo o embate de sacrificar
várias vidas, para a tomada do poder político do município, mas um ADVENTO
de harmonia, da concórdia e de tranquilidade, que poderíamos denominá-lo, em
pleno Século XXI de, HECATOMBE DA PAZ. Afinal, já diz o escrito Paulo
Coelho que, bom combate é aquele que você trava com o coração cheio de
paz, e foi o que aconteceu naquele ambiente com o belíssimo encontro dos
descendentes de várias gerações, todos empunhando os quadros fotográficos
/ imagens / gravuras dos protagonistas daquele embate político sangrento dos
idos de 1917, das famílias Jardim, Maia, Miranda, Brasileiro, como também dos
Sales Vila Nova. Todo esse pessoal se fizeram presentes naquele ambiente sendo
referendado pelo prefeito Izaías Régis e o Comandante do 9º BPM em um advento
dos tempos modernos, da tecnologia e da internet e porque não dizer, também, DA
PLENA PAZ FAMILIAR presenciada por todos que se faziam presentes.
Uma hecatombe pode ser considerado como algo natural
ou artificial, no caso específico do município de Garanhuns, no começo do
Século XX(Janeiro/1917), houve um fenômeno desta natureza, só que, foi causada
por seres humanos. Não podemos comparar ou fazer uma analogia da
HECATOMBE DE GARANHUNS, do porte do atentado às Torres Gêmeas, acontecido no
começo do Século XXI ou até mesmo um holocausto, mas para os nossos padrões de
cidade pacata e, para a época, não deixou de ser, digamos, um apocalipse político
ou poderíamos traçar um paralelo como um episódio, para os tempos
modernos, o que aconteceu no Carandiru, haja vista que aquela chacina foi
algo muito chocante para os policiais matantes e as pessoas que assistiam e
todos nós que presenciamos dezenas de corpos estirados no chão apresentado pelo
sistema televisivo e em cores...
Na entrega e exposição dos quadros dos ex-prefeitos
Manoel Jardim, Francisco Veloso, Argemiro Miranda e Júlio Brasileiro, teve como
palestrante o escritor Cláudio Gonçalves de Lima que teceu brilhantes palavras
daquele acontecimento centenário, até porque, o escritor orador é autor do
livro OS SITIADOS(Hecatombe de Garanhuns) e a apresentação das respectivas
biografias ficou com o vereador Audálio Ramos Filho que fez bela explanação
daqueles ex-prefeitos, que ora, estavam sendo narrados, quadros estes que
ficarão dependurados em definitivo ou à mostra no salão nobre da
prefeitura, doados pela Comissão Memorial do Centenário da Hecatombe de
Garanhuns, muito bem representada por vários componentes naquela ocasião. O
encontro foi felicitado e congratulado pelo senhor prefeito que, na ocasião,
agradeceu aquele reconhecimento prestado aos protagonista que foram colegas
prefeitos, ao mesmo tempo, que se pronunciou com ênfase à administração do
prefeito mais cultural de Garanhuns, Luiz Souto Dourado, que teve a visão e o
deslumbramento de transformar à antiga estação ferroviária em um centro
cultural e encerrou sua palavras fraseando o seguinte: "Povo sem história
é povo sem futuro".
A palavra hecatombe é considerada como uma
catástrofe, um massacre de muitas pessoas e Garanhuns fez parte desse casuísmo
de poderio cego. Naquela ocasião o poder político foi tomado na marra, na
base da bala, na lei do mais forte, mesmo que momentaneamente. Que fatos desta
natureza não venha mais se repetir por essas cercanias e que sirva de
exemplo para nossa geração e proles futuras. Aliás, é nossa obrigação, é nosso
dever dizer aos jovens o que é uma tomada de poder na marra ou até mesmo um
golpe de estado. Nós, que de certa parte, vivemos uma ditadura militar sabemos
muito bem o que é isso. Portanto, hoje, somos obrigados a passar sal em nossas
tão raladas feridas, que jamais pararam de sangrar. Fazer as perebas sangrarem
é obrigação de cada um dos que pouco ou muito sofreram naquele período e
ainda têm voz para falar. Alguns já se calaram para sempre. Outros, agora se
calam por vontade própria. Terceiros, por cansaço. Muitos, por desânimo...
Fazer o quê?!?!?!
Gostei Altamir: Pra época foi sim, um apocalipse político. De parabens. Ótima matéria sobre a hecatombe de Garanhuns.
ResponderExcluirA hecatombe cultural no Ocidente!!
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=pLAByzHlk_o