O corpo
do escritor e integrante da Academia Pernambucana de Letras (APL) Gilvan Lemos,
encontrado morto na noite de ontem, chegou por volta das 11h30 a São Bento do
Una, no Agreste pernambucano, após deixar o Recife no início da manhã deste
domingo.
O velório ocorre na Câmara de Vereadores de São Bento e o
sepultamento, de acordo com a sobrinha-neta do escritor, Lívia Valença, deverá
ocorrer no Cemitério do Bom Jesus, por voltas das 16h, junto ao jazigo dos
pais.
A União Brasileira de Escritores (UBE/PE) emitiu nota de pesar: "A UBE lamenta, profundamente, a partida de Gilvan Lemos, comendador da Ordem do Mérito Literário Jorge de Albuquerque Coelho, que alcançou a Grande Inflexão da Vida, abrindo vazio irreparável nos meios culturais brasileiros".
A União Brasileira de Escritores (UBE/PE) emitiu nota de pesar: "A UBE lamenta, profundamente, a partida de Gilvan Lemos, comendador da Ordem do Mérito Literário Jorge de Albuquerque Coelho, que alcançou a Grande Inflexão da Vida, abrindo vazio irreparável nos meios culturais brasileiros".
Gilvan Lemos, que ocupava a
cadeira 26 da Academia Pernambucana de Letras, foi encontrado morto neste
primeiro dia de agosto, aos 87 anos, em decorrência de infarto fulminante.
Gilvan fazia questão de morar sozinho e receber poucas visitas no apartamento
da Boa Vista, onde o corpo foi encontrado na noite passada. As empregadas
contratadas pela família eram logo dispensadas.
O primeiro conto foi publicado na revista Alterosa. Dali em diante, 25 livros seriam publicados, incluindo os conhecidos O anjo do quarto dia, A noite dos abraçados e Os pardais estão voltando. O primeiro romance, Noturno Sem Música, foi escrito em 1951 e publicado em 1956. (Diário de Pernambuco).
O primeiro conto foi publicado na revista Alterosa. Dali em diante, 25 livros seriam publicados, incluindo os conhecidos O anjo do quarto dia, A noite dos abraçados e Os pardais estão voltando. O primeiro romance, Noturno Sem Música, foi escrito em 1951 e publicado em 1956. (Diário de Pernambuco).
Do responsável pelo Blog: Sempre tive grande simpatia pela obra de Gilvan Lemos, autor de livros de contos, novelas e romances, como Noite dos Abraçados e Os Pardais Estão Voltando.
O escritor não frequentava panelinhas, não buscava os holofotes da mídia, mas mesmo assim conseguiu se fazer respeitado como romancista, um dos melhores de Pernambuco, com uma obra vigorosa que tem semelhanças com a produção dos gaúchos Érico Veríssimo e Josué Guimarães. Gilvan também utilizou o realismo fantástico em sua literatura, retratando em suas histórias tanto a vida nas grandes cidades quanto nos municípios do interior.
São Bento do Una nunca saiu da sua vida, embora tenha se isolado num apartamento no Recife.
Gilvan fará falta, mas está imortalizado em seus livros. Podemos considerá-lo tão bom como autor quanto os melhores nascidos em Pernambuco, como os poetas Ascenso Ferreira e Manoel Bandeira e os romancistas Osman Lins e Hermilo Borba Filho.
Aliás, é bom reparar que os melhores escritores de Pernambuco nasceram no interior: Luís Jardim era de Garanhuns, José Condé de Caruaru, Osman nasceu em Vitória de Santo Antão, Hermilo em Palmares e Gilvan Lemos em São Bento.
Somente com os pernambucanos já dá para formar uma respeitável Academia de Letras no céu.
Apesar de não frequentar a terra Natal nem para receber homenagens conhecemos o seu potencial, vai embora estudante da TERRA, que outros já estão substituindo . Beijos dos Saobentenses de Alma e sensibilidade.........
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