A Câmara
Federal, por absoluta falta do que fazer, apresentou e aprovou proposta da Lei
da Palmada, encaminhou ao Senado que, por absoluta falta do que fazer,
encaminhou à presidente Dilma para sanção que, por nada saber fazer, abrirá
sorriso de lavadeira sem sabão e anunciará triunfalmente à nação que nossas
criancinhas estarão livres de palmadas corretivas de caráter pelo pai, pela mãe.
Seria risível se não fosse patética a proposta, a discussão, a aprovação e a
sanção de lei inexequível de aplicação por inócua comprovação do delito, a não
ser que a presidente crie o Bolsa Fiscal do Lar, para pessoas diuturnamente em
acompanhamento às crianças.
De meu
pai não lembro ter levado uma só surra, pois sequer nunca levantou a voz para
comigo, deu-me liberdade de ir e vir desde os primeiros passos, preocupava-se
com a educação, conseguindo sempre vagas na escola pública. Já minha mãe, por
conviver comigo por mais tempo, lembro-me de algumas palmadas, mais leves que
aquelas que vovó Mocinha ameaçava corrigir, baixar a venta do insolente. Das
palmadas que levei, não guardo rancor, ou traumas, e em nada mudaram as
traquinices que praticava tomando banho no rio Ipojuca, escalando o Monte do
Bom Jesus "em guerra" com os companheiros na imitação de bandido e
mocinho, de índio, de Tarzan. Apanhei mesmo foi jogando futebol na rua Bahia,
Rua Preta, Salgado e na gorda do Curtume Souza Irmãos. Saía apanhado, jurando
matar e esfolar, mas, na semana seguinte, estávamos todos correndo atrás de
bola, sem rancor, sem ódio, sem vinganças.
Ao
tomar conhecimento da possível sanção da lei, lembrei-me da única palmada na
minha vida que doeu e, hoje, sinto saudade da primeira professora Anália Florêncio.
A escolinha primária localizava-se na rua Vigário Freire, numa casa simples,
vizinha da loja de Zane Sá.
Por
mais que dona Anália repetisse que 7 x 8 é 56, não conseguia decorar. Ela
lapeava com régua fina aqueles que erravam, mas não doía, era açoite moral. Porém,
no birô, repousava palmatória nunca usada, ameaçadora. Um dia ela chegou de mau
humor e todo mundo acertou a tabuada, menos eu, no maldito 7 x 8, não tinha
jeito de acertar. A mestra perdeu a paciência, foi até o birô, pegou a palmatória.
Toda a classe silenciou e olhou-me como um condenado. Pediu-me a mão, mandou
que a abrisse e desceu o pedaço de madeira - o estalido ecoou por toda sala.
Silenciosamente a lágrima escorreu. Mas, no recreio, senti-me celebridade por
ter sido o primeiro aluno a provar da maldita palmatória e, nem por isso,
deixei de carregar a professora no meu coração.
Vê se
pode?
(Do caruaruense Carlos Pinheiro, na última edição do Jornal Vanguarda).

O PT está aplicando a velha tática FACISTA e COMUNISTA de transformar qualquer coisa em crime, estabelecendo por via jurídica um amontoado de justificativas para destruir a vida de qualquer um que os Sábios e justos governantes acharem conveniente.
ResponderExcluirEssa lei FACISTA é somente mais um exemplo e uma pitadinha do que vem pela frente com esses governo de viés esquerdista.
Se não puderam lhe acusar de qualquer uma outra coisa, lhe acusarão de espancar seus filhos, por você algum dia ter-lhes dado uma palmada.
Não tem exemplo maior do que esse do que chama-se PONEROLOGIA: o estudo do mal quando chega ao poder.
Nós estamos colocando verdadeiros PSICOPATAS no poder e DILMA é só mais uma, depois quando estivermos em meio a uma ditadura comunista indestrutível, não vai adiantar muito ficar murmurando pelos cantos.