Nas condições de educador, eleitor e cidadão me proponho a uma
reflexão sobre nosso cotidiano que entrará para os livros de história, e na
seara política temos um campo fértil para a socialização dos fatos mais
recentes em nossa Caruaru. Esta semana, toda a imprensa do estado divulgou o
desfecho das especulações e apostas políticas que fervilhavam no imaginário
popular quando o tema era sucessão estadual: o vice-governador caruaruense João
Lyra Neto não será candidato a nenhum cargo, tampouco à sucessão do senhor
Eduardo Campos.
Caruaru
ganhará seu primeiro governador para um mandato de nove meses, mas Pernambuco
perderá a oportunidade de ter como candidato um homem que reúne valores
imprescindíveis para a condução de um estado em destaque na economia nordestina.
Senhor João Lyra nasceu em família político-empresarial, tem como credenciais o
pai - por dois mandatos prefeito de Caruaru e empresário de sucesso - teve como
irmão o honrado e saudoso Fernando Lyra, deputado com vários mandatos, eloquente, articulador ético, ministro da Justiça e ser humano desprovido de
quaisquer vaidades. Como militante do saudoso MDB, espelhado nos valores acima
citados, João Lyra governou Caruaru por dois mandatos, tornou-se ainda deputado
estadual e destacou suas administrações pelo equilíbrio, somado à capacidade de
promover avanços e com significativos acertos na política social, como exemplos
da construção do Mutirão, hoje bairro Padre Inácio e o loteamento Fernando
Lyra, projetos habitacionais de enormes significados sociais e - infelizmente -
não reproduzidos por governos posteriores, além da intervenção na saúde,
implantando Policlínicas na cidade. O sistema de águas do Prata, a criação do
pólo cultural na estação ferroviária, concurso para professores, o compromisso
salarial com servidores foram marcas de uma administração que nos projetou para
o futuro. Como vice-governador, a ética, a discrição e a capacidade
articuladora, somadas as experiências adquiridas em Caruaru o habilitam ao
horizonte da política estadual.
As
razões que alicerçaram a decisão do governador Eduardo Campos não me proponho a
debater, prefiro deixar ao juízo de valor de cada leitor, e posteriormente
conheceremos o marketing com as propostas e razões de cada candidato. Para mim,
ficou a sensação da interrupção de um processo político natural, bloqueado
pelos indecifráveis intentos do cotidiano político-partidário. Não sou
partidário do senhor João Lyra, não tenho vínculos com o governo do estado nem
sou funcionário das suas empresas, apenas tenho uma visão de quem trabalhou em
seus dois governos, e como educador tento estimular a reflexão social. Usando
da imparcialidade a que tenho direito, proponho a construção de pensamentos
autônomos em cada cidadão, pois não nos cabe mais o papel de ficarmos "deitados
eternamente em berços esplêndidos" como diz o nosso hino nacional de
moldes absolutistas. Por fim, construir autonomia de pensamentos e estimular a
criticidade humana é um dos mais importantes e nobres sentidos da educação. A
História nos mostrará a importância desse momento quando Caruaru ganhou, mas
Pernambuco perdeu essa chance ímpar em sua política.
*Artigo do professor José
Urbano, publicado no Jornal Vanguarda de Caruaru.

Um artigo escrito com muita propriedade e mostrando o tamanho e a importância do peso político de Caruaru, cidade símbolo do Agreste Setentrional cujo desenvolvimento vem crescendo a olhos vistos.
ResponderExcluirA disfeita do nosso atual Governador, que aliás, seu reinado está perto do fim, todos conhecem com sobras. Foi com Humberto, com Armando, com João Lyra, e deve ter sido com tantos outros. A soberba precede a ruina, o poder e o dinheiro destroem os homens. Nada que, as horas, os dias, os mêses, ou os anos, não possam lhes trazer as respostas, que infelizmente nos pegam de surpresa e da maneira que outrora fizemos, traiçoeiramente.É jovem, mas não se atrela a causa nenhuma, às experiências por exemplo, aos conselhos, de nada valem a história. A humildade, essa esquecida de longos tempos. Talvez, sem Humberto, Armando, ou o próprio João Lyra, Pernambuco tenha brevemente as respostas, e quem sabe com um dos três, no comando, é o que os pernambucanos todos esperam.
ResponderExcluirEdmar R. Dias.
ExcluirFaltava uma semana para as eleições de 2010 e eu perguntei aos meus familiares em Garanhuns,vocês vão votar em quem para Deputado? Elas me responderam.Não sei ainda.Eu lhes disse vote em Izaías Régis que é o homem que luta por Garanhuns.
Numa das entrevistas dadas pelo ex-governador de Pernambuco Dr. Miguel Arraes, o repórter pergunto a ele.Dr. Arraes de Alencar, o que o senhor acha sobre muito dinheiro numa campanha política? Ele respondeu.
O dinheiro é bom e ajuda.Mas muito dinheiro nas mãos do político é um desastre.Que o digam os ex-tesoureiros Paulo Cézar Farias do Collor e Delúbio Soares do Lula.
Edmar R. Dias, o seu raciocínio tem lógica e se conselho fosse bom não se dava se vendia.O mal de muitos políticos é que o poder e o dinheiro sobe para a cabeça se achando o Deus todo poderoso.Cometem os seus erros grosseiros dando valor a quem nunca teve e joga no colo de um inexperiente grande responsabilidade com uma máquina pública cheia de puxa sacos preguiçosos e irresponsáveis.
Mas muita gente na zona rural e urbana ainda não percebeu de que o governador será candidato a Presidente contra o Lula e a Dilma os dois bonequinhos que o governador e seus seguidores no interior faziam questão de pô-los no quarto e nas paredes.
PAULO CAMELO, COMENTA:
ResponderExcluirATIVANDO A MEMÓRIA:
1 - Quero lhes dizer que o vice-governador João Lyra Neto, foi um dos políticos que trabalhou contra a implantação da FAMEG;
2 - Há alguns anos, esteve em Garanhuns uma comitiva do governador Eduardo Campos, cujos integrantes visitaram as dependências da FAMEG. Posteriormente, o vice-governador João Lyra Neto, afastou-se da citada comitiva, voltando para a FAMEG. Sem saber do seu intuito, o diretor Márcio Quirino, repassou todas informações sobre a instalação da FAMEG. Poucos dias depois, o empresário e Diretor da instituição de ensino superior, denominada de Maurício de Nassau, Janguiê, entrou com um processo na justiça de impedimento do funcionamento da FAMEG, o qual rende até hoje. Naquela época o Janguiê, queria instalar uma Faculdade de Medicina, em Caruaru, com o apoio do vice-governador João Lyra Neto;
3 - Hoje não há mais interesse do vice-governador, em razão da implantação da Faculdade de Medicina da UFPE, em Caruaru. Exigência feita pelo vice-governador face a implantação da UFRPE em Garanhuns;
4 - Por outro lado, o Janguiê, aprovou a instalação de uma Faculdade de Medicina na Maurício de Nassau. Hoje, não há mais interesse nem de João Lyra Neto, nem tão pouco de Janguiê, pelo impedimento da FAMEG funcionar em nossa cidade. E agora onde, reside o empecilho?
5 - Hoje a FAMEG não funciona porquê o segundo escalão do Ministério da Educação não permite. Mas, independente de segundo, primeiro, ou terceiro escalão, a FAMEG não funciona no governo do PT;
6 - O vice-governador João Lyra Neto, pediu desfiliação do PDT para ingressar no PSB. Assim, caiu na armadilha do governador Eduardo Campos, que o impediu de se candidatar a governador;
7 - Donde concluímos que o vice-governador João Lyra Neto, não interessa para a população de Garanhuns. Deixamos ele pra lá.
AGORA DURMA COM ESSA BRONCA.
TENHO DITO.