MACEIÓ - Apesar da movimentação do
governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, para
concorrer à Presidência da República, o ministro da Integração Nacional,
Fernando Bezerra (PSB), afirmou que o partido só vai decidir no próximo ano
sobre a disputa presidencial.
De acordo com ele, há correntes no PSB
que defendem o apoio a reeleição de Dilma Rousseff, no próximo ano.
— Todos os dois (Dilma e Eduardo) são
excelentes quadros da política brasileira. Agora, todos nós estamos
aprofundando essa discussão dentro do PSB, no sentido de a gente trabalhar pela
manutenção da aliança. É legítimo que o presidente do PSB se movimente,
inclusive para fortalecer o partido. O PSB vem com duas grandes vitórias nas
eleições estaduais, nas eleições municipais e é natural que o partido queira
liderar um projeto político próprio. Mas, existem correntes dentro do PSB e me
integro nesta corrente, que defendem a manutenção da aliança com a presidente
Dilma — disse. — Estamos investindo no Nordeste e o trabalho da presidente
Dilma merece ser continuado — completou.
O ministro passou o final de semana em
Alagoas e almoçou com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) e o presidente
do Senado, Renan Calheiros (PMDB). A conversa entre os três foi reservada, mas
Fernando Bezerra é um dos principais desarticuladores da candidatura de Eduardo
Campos no Nordeste, principal celeiro eleitoral do socialista. Os dois outros
socialistas que têm a tarefa de desidratar Campos, são o governador do Ceará,
Cid Gomes, e o irmão dele, o ex-ministro Ciro Gomes.
Em Alagoas, o ministro anunciou obras
hídricas e de infraestrutura. Os gastos serão de R$ 1,2 bilhão. (Fonte: Brasil 247).
FHC e a oportunidade perdida de ficar calado
ResponderExcluirCARLOS CHAGAS
Com todo o respeito, mas o ex-presidente Fernando Henrique perdeu excelente oportunidade de ficar calado, quando compareceu a uma solenidade na Escola de Sociologia e Política de São Paulo, esta semana.
Porque declarou que as práticas políticas brasileiras são erradas e deformadas, acrescentando ter havido regressão para a República Velha, durante o governo Lula.
Na República Velha, governo não perdia eleição. Trocava-se o presidente de plantão através de acordos celebrados na cúpula das elites, geralmente paulistas e mineiras.
Ora, quem deformou mais as instituições do que o próprio FHC ao mudar as regras do jogo depois dele começado? Quem arrancou do Congresso a emenda da reeleição, inclusive apelando para métodos fisiológicos, beneficiando-se quando o lógico seria aprovar a mudança para o próximo período presidencial, não o dele?
Mas fez mais: a reforma constitucional por ele patrocinada permitiu-lhe disputar o segundo mandato no exercício do primeiro, sem desincompatibilização. Quer dizer, com a caneta e o Diário Oficial na mão.