Costumamos desconfiar de best sellers. Alguns são mesmo muito ruins. Outros nem tanto e uns poucos são bons. Ganhei de presente “Comer, Rezar e Amar”, da americana Elisabeth Gilbert. Desconfiei do livro, principalmente porque li uma crítica esculhambando com o filme, baseado no romance, que tem Julia Roberts no papel principal. Essas coisas de um jeito ou de outro terminam causando alguma influência. Lidas as primeiras 50 páginas, porém, não tenho o menor pudor em confessar que a autora me surpreende positivamente. Escreve bem, é inteligente, faz boa literatura. Um sabichão, na internet, anuncia uma “resenha” sobre esse fenômeno de vendas. Arrasa a escritora, acusa cada linha de clichê e admite que não leu nem vai ler. Pensa que é gênio, mas é um idiota. Não dá para avaliar uma obra de mais de 400 páginas sem ao menos folhear. O fato de passar uma mensagem positiva, de buscar a espiritualidade, também não desmerece Elisabeth Gilbert. Não é preciso ser ateu, cético ou pessimista para ser bom escritor. “Comer, Rezar e Amar” pelo menos até agora está sendo uma “viagem” legal. E não se pode subestimar os mais de 10 milhões de homens e mulheres que já leram o romance, de teor autobiográfico, embora Paulo Coelho igualmente desperte tanto interesse. Só que a americana escreve melhor e me parece mais sincera. Por enquanto sou da mesma opinião de Hillary Clinton, a Secretária de Estado dos EUA, que confessou ter adorado livro. (A ilustração é do filme, contudo foi lançada uma edição no Brasil em que a capa é exatamente essa. Apenas sai o nome de Julia Roberts e entra o da autora e o título original é traduzido para o português).
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