Uma questão das mais delicadas essa envolvendo a deputada federal Ana Arraes (PSB), mãe do governador Eduardo Campos. Há alguns anos surgiu a insinuação de que ele seria filho do cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda e como as pessoas adoram fofocas e maledicências o boato só fez crescer ao longo do tempo. Neste final de semana, com o poder da internet, transformaram conversa de rua em notícia, como se uma especulação alimentada por adversários políticos e desocupados fosse a mais pura verdade. Indignada, a família Campos reagiu e agora os responsáveis pelo fato certamente vão pagar caro. Esse episódio, envolvendo o socialista, lembra a infâmia levantada contra o senador Marcos Freire em 1982. Candidato forte ao Governo de Pernambuco, pelo PMDB, o combativo senador foi derrotado por Roberto Magalhães graças a alguns artifícios: Um foi a sublegenda, criada para deixar quase sem chances a oposição, outro foi o boato espalhado até por panfletos, principalmente no interior, de que a esposa de Marcos, dona Carolina, teria sido flagrada num motel com o então deputado federal Fernando Lyra. O candidato oposicionista chegou a gravar um depoimento exibido na TV, reunido com a mulher e filhos, defendendo a sua honra, mas o estrago já estava feito.
Esse expediente, quando usado na politica, é uma coisa que enoja. Parte de mentes doentias que não param para pensar no prejuízo e sofrimento causado a pais, mães, filhos, filhas, avós, sobrinhos... Neste caso mesmo, de Ana Arraes e Eduardo Campos, não se respeita nem mesmo a memória do escritor Maximiano Campos, pai do governador.
O fato de Eduardo ter os olhos verdes, uma leve semelhança com Chico Buarque, é prova de que o político é filho do artista? Lógico que não. Nenhuma das pessoas que levou a sério esse boato, até hoje, deve ter tido a preocupação ao menos de ver uma fotografia de Maximiano, esse sim o pai do governador de Pernambuco. Imagine se a gente fosse desconfiar que todo mundo de olhos verdes ou azuis é filho ou filha do autor de A Banda...
A nota da deputada federal Ana Arraes, repudiando a calúnia, a infâmia, está correta. A filha do governador esclarece, inclusive, que só conheceu Chico Buarque na casa do pai, Miguel Arraes, quando Eduardo já tinha 21 anos de idade. A parlamentar tem todo o direito de se defender, de desmentir essa história, mas infelizmente sabemos que em casos como este, por conta da malícia existente entre as pessoas, "quanto mais mexe mais fede". Assim, por mais que a parlamentar e seu filho venham a público com a verdade, existirão sempre aqueles capazes de levantar suspeitas, desconfiar, envenenar e prosseguir com insinuações.
Mesmo que se faça um teste de DNA provando ser Eduardo Campos filho de Maximiano, homens e mulheres insistirão na tese surgida das ruas sem comprovação científica. Na vida pública, infelizmente, sempre se está sujeito a coisas desse tipo. Foi vítima Marcos Freire, foi vítima Lula na campanha de 1989, são vítimas agora o governador de Pernambuco e a deputada federal Ana Arraes.
A vida íntima de Eduardo, do seu pai, de Ana Arraes, de Chico Buarque, de quem quer que seja não devia interessar a ninguém. Isso seria o correto. A capacidade do socialista de gerir Pernambuco, a competência da filha de Arraes no Congresso Nacional, esse devia ser o foco. Essa discussão sobre quem é filho de quem é atrasada, conservadora, reacionária, desrespeitosa e de maneira nenhuma engrandece um Estado de tantas tradições.
É uma pena que a Política, uma Ciência, um instrumento de transformação pelo Bem Comum, seja utilizada dessa forma. Simplesmente para desrespeitar as famílias. (Na foto o escritor Maximiano Campos e os filhos Antônio e Eduardo Campos).
Lucinha Peixoto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "O CASO ANA ARRAES":
ResponderExcluirOntem a A Gazeta Digital já havia cumprido sua função jornalística, como o Zé Carlos diz, em segunda mão, de noticiar o fato ou boato. Eu, no mural da AGD, que eu considero o Twitter dos ricos, pois permite mais toques do que o original, reproduzi a notícia e senti muito pela situação da Ana Arraes. Eu mesma achei a mãe do Conde muito corajosa ao lançar uma nota negando o fato, quando talvez pudesse ter ficado calada.
Eu sei quanto sofremos quando somos vítimas de uma mentira. Recentemente, o Felipe, meu menino, filho da prefeita de Bom Conselho, resolveu atacar o Blog da CIT, decretando minha inexistência. Até hoje, estou lutando para provar que existo. E como é difícil. E isto vai acontecer com a Ana Arraes. Mesmo, se ela apresentar o DNA para provar que a Dilma não nomeou a Ana Holanda porque é tia do Conde, e sim pelos seus próprios méritos, ainda terá gente que desconfiará do laboratório.
De mim, o Felipe, meu menino, exige apenas uma foto. Mas, eu sei que não adiantaria, nestas questões políticas, ele sempre dirá que a foto é borrada. Então eu parei de querer provar que eu sou eu. E, como moro perto da Tamarineira, fico com um medo danado.
Deixa isto prá lá e voltemos para o caso mais geral da relação entre as atitudes privadas e públicas. Isto é cultural. Depende muito de como o país tratou historicamente seus homens públicos e como eles agem. Penso que a democracia leva cada vez mais a que não haja distinção entre as vidas de um homem público. Vejam que o Bill Clinton não chegou nem a praticar sexo com a aquela estagiária, para ser defenestrado, bastou.... Aqui no Brasil, temos um senador, com todo prestígio político, envolvido com amante à luz do dia, e é repedidamente, eleito. Temos o caso do Palocci agora. Alguém, com um resto de sanidade mental, vai acreditar que uma simples consultoria daria tanto dinheiro?
Eu penso que, como no meu caso e o de Ana Arraes é cruel, por sermos mulheres e mães. Se fôssemos homens, seríamos até elogiados por sermos os “pegadores” e machões, para ser justa e certa, até o Fernando Henrique, pousa de pavão. Até nisso o preconceito existe. E o pior para nós é que tudo não passa de mentira e se partirmos para o sacrifício, eu dizendo, pois tá bom, eu não existo e daí? E a Ana Arraes dizendo, pois bem o Conde é filho do Chico e daí? Estaríamos apenas mentindo, pelo menos no meu caso, e que a Ana julgue o dela.
De qualquer forma ela vai conviver com o fato ou boato pelo resto dos seus dias de vida pública, e isto não é bom nem mal. Apenas temos mais democracia.
Lucinha Peixoto (Blog da CIT)
Arraes com a família foi exilado na Argélia em 1964 no golpe militar e Chico Buarque e demais artistas de festivais todos de esquerda, não se sabia. Ana retornou ao Brasil com a família e Arraes fez o casamento com maximiano Acioly campos, minha tia irmã de minha mãe conheceu o citado jovem no bairro da torre.
ExcluirCaro Roberto,
ResponderExcluirNão sei porque meu comentário saiu como anônimo pois nunca faço isto. Talvez seja um desse mistérios que rondam o Blogger, e que sabemos são muitos.
De qualquer forma, o texto é o meu, e agradeço a publicação.
Lucinha Peixoto (Blot da CIT)
e eu la to preocupado com quen seja o pai de eduardo tenho coisas mas importante pra mim preocupar... hahahahahahahahha
ResponderExcluir"como se uma especulação alimentada por adversários políticos e desocupados fosse a mais pura verdade."
ResponderExcluirE SE FOR? MAS PARECE QUE NÃO É. VOCÊ FALA COM TANTA CERTEZA!
"Indignada, a família Campos reagiu e agora os
os responsáveis pelo fato certamente vão pagar caro."
E SE OS RESPONSÁVEIS FOREM ELES MESMOS?
"Esse expediente, quando usado na politica, é uma coisa que enoja."
E O QUE NÃO ENOJA NA POLITICA? VOCÊ ACHA QUE A OPINIÃO PÚBLICA DOS PERNAMBUCANA É PREOCUPA-SE COM A PATERNIDADE DE EDUARDO CAMPOS.
"O fato de Eduardo ter os olhos verdes, uma leve semelhança com Chico Buarque, é prova de que o político é filho do artista? Lógico que não."
PORQUE? É LÓGICO QUE NÃO. ESTOU SUPERIMPRESSIONADO. VOCÊ SABE DE ALGUMA COISA?
"É uma pena que a Política, uma Ciência, um instrumento de transformação pelo Bem Comum, seja utilizada dessa forma. Simplesmente para desrespeitar as famílias."
Enquanto fazia esse comentário, fiz uma pequena pesquisa de imagens na internet, com as fotos de: Eduardo, Maximiliano, Ana Arraes,Antonio Campos, Miguel Arraes e chico Buarque. Se o boato for a aparência. Caio por terra, se querer defender ninguém, a aparência do governador está mais próxima de seu avô, principalmente os olhos. Os olhos de Chico são azuis claro e os de Eduardo verdes claros. Só o DNA responderia. Agora que estoria seria uma boa discussão em uma aula de Biologia, isto seria.
Pela minha pequena pesquisa estou certo. Se for pela 'aparência', Eduardo não é filho de Chico.
Uma coisa interessante no texto de Roberto Almeida. É como se ele, estivesse defendendo a si próprio. Será que ele já passou por uma situação parecida?
Já que o jornalista ficou tão indiginado com os fatos, seria interessante refazer uma analise critica dos comentarios deixados nos seu blog, pois talvez vc não saiba mais alguns atingem de forma preconceituosa certas pessoas e que por não ter tanta visibilidade como o governador e sua mãe a situação é encarada como simples ato democratico de se expressar.
ResponderExcluirEsclarecedora essa postagem,uma mentira repetida exaustivamente muitas vezes torna-se"verdade".
ResponderExcluirEu mesmo sempre comentei que ele era filho e Chico.
Agora estou consciente que não é.
Lucas Leiva/caetés
não é preciso passar por uma situação parecida com esta para condenar a baixaria na política, roberto está certo em defender a família do governador porque está defendendo todas as famílias de pernambuco.
ResponderExcluirPela foto o governador parece e muito com o pai, esse negócio de Chico Buarque é uma puta sacanagem.
ResponderExcluirConsiderando as atitudes de Jarbas Vasconcelos e o filho deste, foi a turma de Jarbas, o rancoroso que mandou botar essa ignomínia na internet. Por ser rancoroso e inimigo de Eduardo Campos, Jarbas Vasconcelos faz isso sem nenhum peso na consciência. - Alguém deve lembrar-se do que Jarbas fez com o grande advogado e homem honrado, DR. SÉRGIO MURILO SANTA CRUZ! E notem que Sérgio Murilo era do mesmo MDB de Jarbas!! - NÃO precisa ser adivinho para chegar a essa conclusão sobre o presente fato/boato. Basta conhecer um pouco da história de Jarbas Vasconcelos. - No episódio do NÃO menos nobre MARCOS FREIRE e DONA CAROLINA, ALI ESTAVA a ARENA / PDS querendo eleger Roberto Magalhães, governador. E, com aquela baixeza, elegeram mesmo. Porque, de fato, esse nosso povo NÃO presta. - Lembrem-se, também, do que a turma de Jarbas e Antônio Lavareda, fez com uma catadora de lixo de Brasília Teimosa, dª Maria do Socorro? Tudo na tentativa de eleger Cadoca à prefeitura de Recife, em 2004. Mas quebraram a cara e foi eleito João Paulo. - Naquela época Jarbas já estava unido, de há muito, a Roberto Magalhães, que havia sido derrotado por João Paulo, em 2000! - É ISSO./. - José Fernandes Costa - jfc1937@yahoo.com.br
ResponderExcluirfico muito feliz pelo comentários até aqui feito. Mostra que as pessoa não estão dando credito a boatos e baixaria. o que me lembrou uma frase de Einstein.
ResponderExcluir" A verdade cientifica é sempre um paradoxo se julgada pela experiência cotidiana, que se agarra à aparência efêmera das coisas."
Obs:esse Einstein citado nao é aquele xeleleu de Zé da treva.
ResponderExcluirrapaz onegocio ta feio mesmo,tao querendo botar chifre ate na cabeça dum falecido.Isso so pode ser coisa de petista.
ResponderExcluirA vida particular de Ana Arraes,Eduardo,minha,sua,nossa,vossa, deles, delas,etc,etc, não diz respeito a ninguém.
ResponderExcluirCreio que ninguém sabe melhor quem é o pai de seus filho que a própria mãe.
Nem precisa de exame de DNA ele é a cara do pai, isto é, do Maximiano Campos. Se fosse pobre, ia no programa do Ratinho e resolvia tudo, mas pra gente fina, a palavra basta né!!?
ResponderExcluirFaz parte da humanidade, enfim lembro do caso de Sérgio Murilo santa Cruz que perdeu a eleição aqui em Recife, porque Carlos Lapa trouxe átona o assassinato de um desafeto em carpina, minha tia foi um Google de informações, pois conhecia a classe política vivia entre carpina e recife nas altas rodas onde nada passa .
ResponderExcluirMeu pai foi um escritor e quando partia para escrever uma nova história ele fazia todas as pesquisas possíveis para não dar erro foi um homem muito honesto nas convicções e foi muito injustiçado porque falar a verdade vai contra os interesses humanos.
ResponderExcluirEstava lendo por cima comentários e respostas, não existe escuridão onde se enxerga a lógica e que a história sempre é contada a realidade e o passado sempre átona.
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