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PRIVILÉGIO A JORNALISTA CRITICADO EM SP

Essa paulada que segue foi escrita pelo jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo: (Na foto a presidenta do Sindicato de Jornalistas Profissionais de Pernambuco, Cláudia Elói, ao lado do seu vice, Francisco Carlos).


O governador Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco, enviou à Assembléia Legislativa do Estado um projeto inusitado.
Assinado na noite desta quinta (27), dá aos jornalistas pernambucanos o “direito” de pagar apenas meia-entrada nos eventos culturais.
Vale para teatros, cinemas e todo tipo de casas de espetáculo. Emtexto levado à web, o governo esclarece: a ideia partiu do sindicato dos jornalistas.
Repetindo: o Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco pediu ao governo do Estado que enviasse à Assembléia projeto que institui privilégio aos jornalistas.
Ouça-se, por oportuno, a “jornalista” Cláudia Eloi, presidente do sindicato pernambucano:
“Não é uma questão de privilégio. A gente entende que o jornalista tem de ter acesso à informação”. Achou esquisito? Calma. Há mais.
O projeto encampado por Eduardo Campos anota: para usufruir do desconto de 50%, o jornalista terá de ser sindicalizado. Estranho? Calma. Há pior.
Só farão jus ao mimo os profissionais que estiverem em dia com a caixa registradora do sindicato.
Está-se diante de um espetáculo que vale a entrada com preço cheio. Repare: o sindicato pernambucano conta em 2.000 os seus filiados.
A grossa maioria –cerca de 1.500— dá de ombros para a entidade. Apenas 500 pagam as contribuições regularmente. Beleza.
A companheira Cláudia Eloi não consegue levar ao palco um desempenho capaz de animar o seu próprio público a pagar a mensalidade.
Para reverter o quadro de penúria que a rodeia, a mandachuva do sindicato quer tornar-se sócia de bilheterias alheias.
A jabuticaba pernambucana entra em cartaz numa hora em que arde no noticiário o caso das aposentadorias especiais de ex-governadores. Feliz coincidência.
Fica demonstrado que, uma vez que o privilégio é institucionalizado, a desfaçatez vira religião.
O governador Eduardo Campos faria melhor se enviasse à Assembléia uma proposta de reforma da Constituição estadual.
Faltando-lhe inspiração, pode recorrer ao historiador Capistrano de Abreu (1853-1927), um cearense ilustre que concluiu sua formação universitária no Recife.
Capistrano idealizou para o Brasil um projeto de Constituição simplificada que casa bem com a situação. A peça tinha dois escassos artigos:
- Artigo 1º: Todo brasileiro deve ter vergonha na cara.
- Artigo 2º: Revogam-se as disposições em contrário.
Nada mais vergonhoso do que o privilégio. Em condições normais, jornalistas fazem manchetes para aboli-los.
Não em Pernambuco. Ali, os jornalistas parecem dispostos a fazer uma revolução silenciosa por uma boquinha.
Vale a pena ouvir de novo a companheira Cláudia Eloi: “Não é uma questão de privilégio. A gente entende que o jornalista tem de ter acesso à informação”.

4 comentários:

  1. Não há nada mais pernicioso para o jornalismo do que a ignorância jornalística. Eu não sou jornalista “formado”, apenas escrevo e informo dentro das minhas limitações. Portanto, não sou sindicalizado e não tenho direito ao benefício do aludido projeto, sugerido pelos jornalistas sindicalizados e encampado pelo Governador. Ambos buscando privilégio as custas de nós, os bobocas que nos atrevemos de quando em vez entrar num cinema, e muitas vezes nos deparar com o meu conterrâneo, o Filho do Brasil. Como já tenho mais de 60 anos já pago meia entrada, se fosse jornalista agora entraria de graça e, se além disso eu fosse ainda estudante, o dono do cinema teria que me pagar meia entrada para eu assistir a um filme. Tudo isto para ter direito à informação e a cultura. Já soube que vem aí, por parte da ministra da cultura, a irmã do Chico, a “bolsa cultura”. 50 paus para os trabalhadores irem ao cinema e comprar CD, mas isto eu deixo para depois.
    O caso agora é com os jornalistas e com o governo de Pernambuco. É o que eu chamo ignorância jornalística. Basta perguntar, quem vai pagar o resto da meia entrada? O jornalista ignorante acha que a conta vai para o dono do cinema. O menos ignorante pensa que vai para o Estado. O menos ainda que quem paga é consumidor. E o mais sabido vai ao ponto e ver que quem paga é o restante dos usuários dos cinemas, assim como na meia passagem, e outros subsídios.
    Esta moça do sindicato deveria ser enquadrada imediatamente no art. 1º da constituição de Capistrano de Abreu, e a pena deveria ser de trabalho forçado em um jornal, informando corretamente as pessoas pelo resto da vida. Eu até entendo a meia entrada para estudante, que poderá retornar alguma coisa para a sociedade, mas jornalista, que vai receber pela informação que repassar? É muita desfaçatez. O pior é o Eduardo entrar nesta.

    Zezinho de Caetés (Blog da CIT)

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  2. Só sabe quem é esse sindicato de vagabundos quem conviveu com esse corja, que foi o meu caso. Com algumas exceções, são uns crápulas. Ainda bem que eu nunca preciser exercer o ofício profissionalmente, ainda bem!

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  3. Belo texto e exposição.É de lamentar a atitude do governador. Se não fosse a discórdia entre os próprios jornalistas(uns éticos outros nem tanto)o projeto já estaria em pauta e seria aprovado rapidamente.
    basta de mamata e de privilégios a A ou B.
    O estado tem que frear seus tentáculos e deixar a iniciativa privada em paz.
    Lembre-mos que no governo LULA(sou seu eleitor)toda sorte de privilégios foram outorgadas a quem geralmente tem total condição de pagar por estes tipos de serviços.
    O estado(ai falo estadual e federal)deveria se ocupar de outros problemas e tentar ao máximo valorizar e gerir nossos impostos.
    Einstein,recife/PE

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  4. Sera que o sabe-tudo o sabichao desse EINSTEIN entende de uranio?????????????????????????????
    da lei da relatividade????????????????????????
    pouque de babaçao ele é um profissional. Por enquanto esqueceu um pouco o ze da luz e a gora partiu para babar e fazer media com o jornalista roberto almeida. É ser muito pilantra...................................

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