Fiquei impressionado com um poema de uma menor de idade, aluna de uma escola pública da periferia de São Paulo. Nós que estamos acostumados a subestimar os jovens, os nossos filhos ou netos, precisamos prestar mais atenção no que fazem/dizem esses meninos e meninas. Ou relembrar dos versos de Belchior, o compositor cearense que fez a cabeça de muitos nos anos 70. Na música "Como Nossos Pais" ele diz: Minha dor é perceber/Que apesar de termos/Feito tudo, tudo, tudo/Tudo o que fizemos/Ainda somos/Os mesmos e vivemos/Ainda somos/Os mesmos e vivemos/Ainda somos/Os mesmos e vivemos/Como nossos pais..."
Abaixo o poema Meu Pai, da adolescente paulista. Um recado, quase um grito, protestando contra uma triste figura paterna. Confira:
"Para mim meu pai é como algo
Sem importância, ele é simplesmente
Uma folha seca que eu aturo
Duas vezes ao ano.
Eu me sinto alguém vazia
Quando estou com ele, algo sem vida.
Então, para mim, ele não é um parente,
Ele é somente uma pessoa."
(Descobri essa preciosidade num texto impecável - como sempre - do jornalista Ricardo Kotscho, que o recolheu ao fazer uma palestra numa escola de São Paulo. A íntegra do que ele escreveu está na minha relação de Blogs Necessários, bem aí do lado direito).
Roberto,
ResponderExcluirO meu comentário não foi aceito?
Passei mais de hora a pensar.
\paulinho Graviola
Seu lindo comentário-poema foi publicado no mesmo dia. Só que você o escreveu na nota a respeito da luta pró-legalização da maconha. Confira.
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