M. Shyamlan, diretor de O Sexto Sentido, nasceu na Índia, mas fez sua carreira nos Estados Unidos, morando inicialmente na Filadélfia. Quando lançou o seu mais famoso longa, era desconhecido do público e da crítica, realidade que mudou radicalmente com o sucesso da história estrelada por Bruce Willis. Antes de se tornar um cineasta respeitado em Hoolywood, tinha dirigido Olhos Abertos e depois do seu primeiro êxito comercial colocou no mercado Sinais (com Mel Gibson) e o excelente A Vila, esses dois últimos muitos bem aceitos pelos cinéfilos, principalmente no Ocidente.
Nem mesmo a Disney, produtora de O Sexto Sentido, acreditou inicialmente na viabilidade comercial do filme, tanto que demorou a dar luz verde para o projeto. Bruce Willis, principal ator do longa, estava em baixa na vida pessoal (problemas no casamento com a atriz Demi Moore) e na carreira profissional. Ninguém imaginava que essa história de mistério, sem grandes efeitos especiais e sob responsabilidade de um diretor ainda desconhecido, ainda mais de origem oriental, iria se tornar o grande sucesso comercial de 1999, desbancando favoritos e tendo a segunda melhor bilheteria daquele final de década (o primeiro lugar ficou com um dos filmes da série Guerra nas Estrelas).
Acontece que O Sexto Sentido é um filme muito bom, que agradou em cheio adolescentes, adultos, homens e mulheres de todas as idades. Não chega a ser horror, tem momentos de muito suspense, tem seu lado de drama, mas é antes de tudo uma boa história, envolta em mistério, com uma direção segura e atores em sintonia quase que perfeita.
Se Bruce Willis não vinha bem deu a volta por cima interpretando o psicólogo infantil Malcolm Crowe e a partir daí se tornou um grande astro do cinemão americano e mundial. Haley Joel Osment, na época um garoto, faz o papel de um rapazinho isolado e perturbado, capaz de ver e falar com os mortos. Toni Collette, que interpreta a mãe, Lyns Sear, também dá plena conta do recado, assim como os demais atores que participam da trama.
Tudo começa quando o Dr. Malcolm, comemorando o êxito na sua profissão, volta de uma festa e ao chegar em casa recebe a visita inesperada de um ex-paciente. Este atira no psicólogo e em seguida se mata.
A partir daí o filme toma um novo rumo. Um ano se passa e Malcolm Crowe aceita tratar Cole Sear, um garoto que mora com a mãe desde a morte do pai. O menino confessa ao psicólogo sua capacidade de ver pessoas que já morreram e então começa o mistério, um jogo capaz de envolver quem acompanha a obra cinematográfica, sem se ter (quando se vê pela primeira vez) idéia em como aquilo vai acabar.
Haley Joel Osmente realmente estava muito inspirado e é em grande parte responsável pela qualidade e sucesso desssa obra cinematográfica. Sua força de expressão, seus olhos, seu modo de falar envolvem totalmente o expectador de modo que mesmo após muitos anos de alguém ter visto esse filme ainda será capaz de lembrar da performance do garoto.
Cole Sear, o personagem, nos seus diálogos com o psicólogo, quando tem suas visões, desperta muito o interesse e em algumas cenas, principalmente quando vai se aproximando o final, chega a mexer com os nervos de quem acompanha o desenrolar do drama.
Muitos que estão lendo esse comentário já tiveram oportunidade de conferir essa produção, indicada a seis Oscar, inclusive o de Melhor Filme do Ano. Quem viu, sabe que o final é completamente surpreendente e engrandece mais ainda a história. Para aqueles que não tiveram ainda a oportunidade de assistir, deixamos de revelar como termina, porque certamente estragaria a surpresa.
O que podemos salientar é que O Sexto Sentido é realmente um grande filme da história recente do cinema americano. Um suspense com excelente roteiro, bons atores e um diretor que acertou na mão. Provando, posteriormente, ter mesmo talento, pois realizou outros projetos elogiados pela crítica e queridos pelo público.
Com todos os méritos o filme estrelado por Bruce Wiilis entra na galeria dos inesquecíveis.
(Fontes de Consulta: Site Confraria do Cinema, dados biográficos do cineasta M. Shyamlan e enciclopédia do Google).
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