O Governo do Estado assegura que está gastando entre R$ 9 e 10 milhões no Festival de Inverno de Garanhuns. É muito dinheiro. Não sou bom em matemática ou economia e por isso fico sem saber onde entra tanta grana. Se você colocasse quatro atrações por noite na Guadalajara, cada uma cobrando o cachê a R$ 100 mil ainda ficaríamos em menos da metade dessa bolada toda alardeada. E mesmo com as boas atrações anunciadas no principal palco do FIG, não creio que nenhum artista esteja cobrando valores tão altos para uma apresentação. As estrelas do Pau Pombo, Parque Euclides Dourado, Catedral, Centro Cultural e Avenida Santo Antônio, juntando todas elas, possivelmente não somam a quantia cobrada pelo Skank para vir a Garanhuns. E as despesas com hoteis? Normalmente nos contratos com os artistas já se faz uma cláusula para que ele receba a bolada (R$ 40 ou 50 ou 100 mil) e seja responsável pela estadia. Não dá para crer que a hospedagem dos muitos funcionários da Fundarpe, caroneiros do Governo, pessoas contratadas para oficinas pedagógicas e muitos outros envolvidos no mega evento somarão milhões, mesmo sabendo que as luxuosas hospedarias locais costumam aproveitar a ocasião. O pior é que com tanta grana em jogo, sem a gente saber em que é investido cada centavo, ainda faltaram recursos para bancar um sábado e domingo de shows no Parque Ruber van der Linden, mesmo com artistas de cachê baixo. E pior: a pobre da Prefeitura de Garanhuns só tem R$ 56 mil para pagar aos artistas da terra e por isso teve de baixar os valores pagos este ano, em relação a 2009. Se a Fundarpe disponibilizasse dos seus 8, 9 ou 10 milhões pelo menos R$ 1 milhão para o município administrar a secretária Gabriela Valença estaria nadando em dinheiro, toda contente. Pagaria bem os artistas locais, esses também estariam felizes e circularia um bom dinheiro dentro da cidade. Do jeito que está continua como um circo: É o Festival de Inverno em Garanhuns (e não de Garanhuns), que após terminar deixa muito menos do que deveria. O dinheiro investido, tudo indica, serve mais para a contratação dos medalhões e outras coisas que a gente não sabe. Na cidade, certamente, nunca ficará essa quantia toda, pois se fosse assim os lojistas, os donos de hoteis, bares e restaurantes e a prefeitura ficariam vitaminados financeiramente por quase seis meses a cada edição do FIG. Mas, como confessei no início dessa nota, sou péssimo em matemática e quantias muito grande em dinheiro me deixam meio zonzo.
E não é só no pau pombo não, fora a Guadalajara não ha nem um nome de expressão em outro palco como nos anos anteriores!!!
ResponderExcluirCaro Roberto, estamos a pouco de uma eleição em nível nacional e apesar do favoritísmo dos candidatos não se faz política sem dinheiro e o FIG é uma boa oportunidade para se arrecadar alguns milhãozinhos prá campanha.
ResponderExcluirEstou de acordo com Simão.
ResponderExcluirAbraços
Simão, colocasse o dedo na ferida. O "Ai" vem de Recife. Ufa!
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