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FILMES INESQUECÍVEIS IV


UM SONHO DE LIBERDADE

Quando "Um Sonho de Liberdade" foi lançado, em 1994, o Cine Veneza ainda estava vivo, no Centro do Recife. Era o melhor cinema da cidade, apesar do lúdico e belo São Luiz, já então com problemas de idade. A voracidade dos shoppings não tinha conseguido destruir, até o início da década de 90, todas as casas de exibição cinematográfica da área central da metrópole. Moderno, Trianon, Art Palácio... Todos foram morrendo aos poucos.

Ir a um desses cinemas era um senhor programa. E os cinéfilos não buscavam pipoca, refrigerante e grupinhos para gritar de sustos diante de uma história mal contada de terror. O que se queria era um grande espetáculo, uma boa história, imagens estupendas, som, tudo que só a sétima arte pode proporcionar.

O filme chegou sem muito alarde, como se faz com as aventuras do Batman, Homem Aranha, Superman ou Homem de Ferro. O diretor, Frank Darabont, até hoje deve ser um mero desconhecido para muita gente. Mas aquela história bem contada, "real", vivida por atores que se tornariam ícones do cinema mundial agradou a críticos, público em geral e se espalhou pelo mundo. Até hoje, 16 anos depois, é apreciada nos repetecos da televisão ou numa boa cópia de DVD.

A sinopse é simples: em 1946, Andy Dufresne (Tim Robbins), um jovem e bem sucedido banqueiro, tem a sua vida radicalmente modificada quando mandado para uma penitenciária para cumprir prisão perpétua por ter assassinado sua mulher e o amante dela. No presídio, faz amizade com Ellis Boyd Redding (Morgan Freeman), um prisioneiro que cumpre pena há 20 anos e controla o mercado negro do presídio.

A direção segura de Frank, a ótima interpretação de Robbins, a performance extraordinária do ator negro Morgan Freeman, a história que vai sendo contada dentro da prisão, o sentimento de injustiça, a impunidade, a violência, o diretor corruto, o humanismo do diretor ao focar determinado delinquente, a impossibilidade de fuga, o tempo passando e a sensação de que algo vai acontecer.

Andy, o personagem, passa 20 anos na prisão. Inocente, planejando a cada instante, todos os dias, a sua fuga, sem que muitos soubessem. No final, uma grande surpresa para o diretor salafrário compartilhada pelo público atento ao desenrolar da trama. Um poster de uma atriz na parede da cela, o preso que sumira misteriosamente, a descoberta do túnel cavado durante duas décadas encoberto pela foto da artista, o desespero do comandante do presídio, a satisfação do expectador, vivendo um momento de catarse diante do triunfo do bem.

"Um Sonho de Liberdade" é um clássico do cinema moderno, é um filme instigante, que emociona e possibilita que as pessoas saiam do cinema ou da sessão especial em casa comentando, entusiasmadas, felizes por aquele momento de diversão sadia aliada ao talento e à arte.

Lísia Sena, uma socióloga, escreveu uma resenha sobre o longa, em que defende o ponto de vista que a produção esclarece diversas teorias de Durkhein, um dos papas desse campo das ciências humanas. Ela deve ter razão. "Um Sonho..." certamente simboliza, através dos vários personagens, muitas coisas do mundo real. O capitalismo, a corrução, a questão do homossexualismo, a amizade, a justiça e a injustiça, a força da persistência, a prova de que não existem infalíveis... Tudo isso e muito mais está na tela. Mas não é preciso ler tratados de sociologia nem críticas intelectualizadas. Qualquer pessoa com um pouco de sensibilidade é capaz de se encantar com esse grande filme de Frank Darabont. E talvez por toda vida carregará na memória a imagem do prisioneiro interpretado por Robbins e seu amigo negro encarnado pelo convincente Freemann. Acho que os leitores do blog concordam que "Um Sonho de Liberdade" é um filme inesquecível.




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