CONCLUSÃO

Não concordo com os críticos quando disseram que transformaram o Lula num santo, um super herói. É um cidadão bastante comum, sofrido, angustiado e que só depois descobre um caminho. Aí se torna corajoso, líder, toma atitudes que o levaram a ficar conhecido no Brasil inteiro. O Luiz Inácio de hoje, real, é muito maior que aquele rapaz pobre e trabalhador da indústria metalúrgica. É recebido por rainhas, presidentes, príncipes, é eleito por jornais de diferentes países como “o cara”. O anti-lulismo, o preconceito, leva certa crítica a ver no filme a mitificação de um personagem que hoje está muito além do “herói” da ficção. É preciso, insisto, desvincular a obra de arte do momento político atual, do presidente da República de “carne e osso”. Numa análise sincera, sem paixões, vendo o todo, “O Filho do Brasil” é apenas um bom filme, como o já citado “O Quatrilho”, “Central do Brasil”, “O Que é Isso Companheiro”, “Deus é Brasileiro”, “Abril Despedaçado”, “Cidade de Deus”, “Tropa de Elite” e muitos outros. Infelizmente, alguns querem viver só de “Avatar” e de “Batman” e “Superman, o Retorno”. Preferem cultivar os heróis americanos dos quadrinhos ou não.