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A BATALHA DO PACAEMBU

Marília Jackelyne Nunes, que aos 15 anos publicou um belo livro de poesia, já há algum tempo nos brinda na internet com belos textos e poemas que quase sempre me remetem a Fernando Pessoa. Neste início de semana, a capoeirense de Jupi, ex-aluna do glorioso Diocesano de Garanhuns, surpreendeu os leitores do seu blog com uma pequena crônica sobre futebol. Pode ser que só agrade aos torcedores do Náutico, mesmo assim arrisco transcrever o texto, intitulado "A Batalha do Pacaembu". Como aqui tenho criticado os que valorizam o que é de fora, valorizo Marília pelo sentimento de pernambucanidade, pelo "orgulho de ser nordestina". Assim, espero que os amigos do Sport - Rafael, Júnior, Zé Raimundo, Anderson... Tem um monte - e do Santa Cruz - César de Souza, Pio, Ronaldo César - também possam apreciar o jogo inteligente de palavras dessa menina.

A BATALHA DO PACAEMBU.

E todo mundo que vem aqui e ganha do Náutico sai logo alardeando que venceu uma “Batalha dos Aflitos”.Esse ano não foi de alegrias, é certo. Com o Gloriso à beira do rebaixamento, o Corinthians vinha devolver a “gentileza” de antes, certo de mandar o Timbu à série B.O começo do jogo foi tenso, mas quase no fim do primeiro tempo, Bruno Mineiro abriu o placar. Alívio? Esperança? Certamente. Ele ainda perdeu um gol quase feito antes de sair de campo para o intervalo.Mas na volta, parecia que a lógica ia ">Ronaldo fez um gol, logo aos cinco minutos.Bruno Mineiro, menino fazedor de gols, foi expulso. Logo em seguida, Elias fez o segundo. Virada do Corinthians. Tudo acabado. Eu desliguei o PC e continuei meus estudos, já me sentindo na velha Segundona: Pacaembu, um a menos, Ronaldo fazendo gol…

De repente, os fogos lá fora anunciaram que talvez não estivesse tudo acabado.


Aos 39, quem diria, o habitual ceifador do Corinthians, Carlinhos Bala, fez um. Empate. Não era um resultado que servisse, mas, enfim, eram só mais uns seis ou sete minutos de esperança. Resolvi acompanhar.

E aos 45, um pênalti a favor do Náutico. Não era possível.

Era.

Aílton converteu, o jogo acabou aos 48, com placar de 3x2 para o visitante que ganha agora, já na reta final, seu segundo jogo fora de casa. Não respira aliviado, mas continua com chances de permanecer na “elite” do futebol.

Isso sim, é uma batalha.

Mas quem na grande imprensa falaria em uma "Batalha do Pacaembu"?

Um comentário:

  1. Roberto,
    Marília tem o dom da escrita. Um olhar atento que se transforma em palavras. Suas poesias conseguem unir criticidade e sensibilidade. É interessante você encontrar Fernando Pessoa no texto dela. Uma poesia do cotidiano, do que está em nosso entorno. Ainda não consegui superar o trauma de reler minhas próprias poesias depois que descobri as dela, no livro "A Lira dos Quinze Anos". Deixei as poesias, mas sei que ainda podia ser pior. Vou relembrar aos nossos leitores o endereço do blog da baixinha.
    www.aindapodiaserpior.blogspot.com

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