tag:blogger.com,1999:blog-8935638913121405622.post5502151839191519177..comments2024-03-28T18:02:08.461-03:00Comments on BLOG DO ROBERTO ALMEIDA: A VIOLÊNCIA E O PACTO PELA VIDARoberto Almeidahttp://www.blogger.com/profile/15502399071123509585noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-8935638913121405622.post-88766731012954452022013-10-20T15:47:16.309-03:002013-10-20T15:47:16.309-03:00No dia 4.6.1998, um promotor de Justiça sediado na...No dia 4.6.1998, um promotor de Justiça sediado na capital de São Paulo, matou sua esposa grávida de sete meses. O promotor é Igor Ferreira da Silva, que tinha 34 anos, à época do crime. A esposa vítima era Patrícia Aggio Longo. - Igor Ferreira passou a informação à polícia de que havia sido assaltado, junto com a esposa. E que os bandidos levaram sua caminhonete com sua mulher. E o haviam poupado. Ocorre que nada foi levado do carro do promotor. E ficaram muitas pistas que Igor não teve como esconder, apesar de ter sido delegado de polícia antes de entrar para o Ministério Público. - Assim, não foi difícil indiciar o promotor como matador da esposa grávida. - Ele foi julgado pelos 25 juízes mais antigos do Tribunal de Justiça de São Paulo, no dia 18.4.2001.- Não foi a júri, pela sua condição de promotor de Justiça (foro privilegiado). - A acusação ficou a cargo da promotora Valderez Deusdedit Abud, ex-colega de Igor Ferreira. - Ao final, Igor Ferreira foi condenado, por unanimidade, a 16 anos e quatro meses de reclusão, em regime fechado. Homicídio qualificado (crime hediondo), por ter matado a esposa e a filha nascitura, sem chance de defesa. - Não sei quem fez a defesa do promotor. Mas, o defensor havia dito, dias antes do julgamento: "Hoje em dia mata-se por qualquer motivo ou sem nenhum motivo." - Com essa frase, o defensor queria jogar a responsabilidade pela morte de Patrícia para um presidiário. Os irmãos do promotor haviam procurado o presidiário, em Guarulhos, para assumir a autoria do crime, sob recompensa pecuniária. O presidiário aceitou ganhar os R$5.000,00 para confessar ser autor do homicídio de Patrícia. Mas a mulher do preso desarmou o plano macabro, depondo em Juízo. – E restou provado que o autor fora Igor Ferreira da Silva. - Durante o julgamento, a defesa, sem ver saída, arguiu a "falta de motivos para o crime". - Foi quando o desembargador relator escreveu: "O motivo não é circunstância elementar do tipo penal. E a própria defesa, aliás, foi além e chegou a admitir, em certa passagem, que 'hoje em dia mata-se por qualquer motivo ou por nenhum motivo'. O fundamental é que a prova dos autos - ainda que não detectado o motivo - não deixa dúvida sobre a autoria do crime." (Palavras do relator). - O promotor Igor Ferreira da Silva foi condenado, perdeu o cargo e fugiu por algum tempo, pra não ser preso. - Depois, foi preso, sem dinheiro, maltrapilho e pesando cerca de 50 Kg. – 2. Agora, vamos ao essencial: - NÃO entendo que Águas Belas seja tão pacata assim. - E, chamando para mim as palavras do defensor de Patrícia Aggio, digo que a nossa cultura é do crime e para o crime. E isso deriva da impunidade consagrada pela nossa legislação penal, que tudo permite. Inclusive, a legislação permite que criminosos adultos cometam crimes hediondos e passem a responsabilidade para menores de 18 anos. Os “menores” assumem qualquer delito, porque têm a certeza da “liberdade legal”. – Desse modo, não há pacto pela vida que funcione!/.José Fernandes Costanoreply@blogger.com