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ROBERTO TEVE MÚSICA CENSURADA PELA DITADURA E FEZ SHOW PARA ATENDER DOM HÉLDER


O cantor e compositor Roberto Carlos, que completou 80 anos no último dia 19, tem sido acusado, ao longo do tempo, de alienado e de ter sido conivente com o regime militar implantado no Brasil na década de 60,  e que se prolongou até 1984.

Ele é criticado por ter recebido comendas dos militares brasileiros e também por uma apresentação feita no Chile, quando durante o show fez citação ao nome do ditador Augusto Pinochet.

Na história recente, durante um show, fez menção elogiosa ao então juiz Sérgio Moro, tido na época como o paladino na luta contra a corrupção.

Roberto foi fotografado ao lado do magistrado e de sua mulher, Rosângela Moro.

Professor garanhuense Cláudio Gonçalves, que está concluindo uma biografia sobre o rei, revelou um outro lado do cantor, em contato conosco e em diálogos num grupo de WhatsApp da cidade.

A dupla Roberto e Erasmo, conhecida por centenas de composições românticas, fugiu um pouco ao script, em algumas ocasiões.

Uma de suas canções, “Vida Blue”, composta nos anos 60 num período duro da ditadura, tem cunho político e social, tendo sido censurada pelo regime militar. Foi liberada quando começou a abertura, tendo sido gravada por Erasmo Carlos.

Outra canção com uma pitada social é “Mundo Deserto”, gravada por Elis Regina no início da década de 70.

DOM HÉLDER – Cláudio Gonçalves também revelou que em 1966 houve uma cheia no Recife que deixou muitos desabrigados. Roberto Carlos então, atendendo um pedido do então arcebispo da capital, Dom Hélder Câmara, realizou um show sem cobrar cachê, para ajudar as vítimas da enchente.

A foto que ilustra esta matéria, do acervo de Cláudio, mostra o artista com o religioso, que era considerado o “bispo vermelho”, tendo sido acusado de comunista pelos militares.

"Num mundo deserto de almas negras/eu me visto de branco/me curo da vida, sofrida, sentida/que deram pra mim", diz a letra da música gravada por Elis.

"Vida Blue" é ainda mais incisiva politicamente:

Se casou com sua faca/fez a trouxa e veio para o sul/certo de que tinha peito/e que a vida era toda azul/putz, que vida blue/arrependimento/não foi salvação/foi executado/pelo esquadrão.

O esquadrão da morte citado na canção de Roberto e Erasmo era uma organização de extrema direita que atuou nos anos 60 e 70,  executando homens tidos como bandidos. As vítimas, muitas vezes, eram inocentes, assassinados por serem pobres, pretos ou tidos como subversivos.

Roberto e Erasmo também tiveram músicas censuradas por questões morais, que só foram liberadas após mudanças nas letras.

"Proposta" (1973) foi uma das canções que passou por alterações impostas pelos censores. Outra foi "Café da Manhã" (1978),  originalmente "Motel", título que não foi aceito pelo regime militar. 

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