PREFEITURA MUNICIPAL DE GARANHUNS

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CONTEXTO

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Pesquisas Eleitorais

ANTÓNIO DE PÁDUA DE SÃO JOÃO


Everaldo Freire

 

Chovia fino, garoava e orvalhava, quando deixei São João, na última terça-feira, dia 02 de março desse segundo ano da pandemia, seguindo a tendência da chegada de março com chuvas, para animar os agricultores e toda a gente que depende de chuvas para prosperar. Era antes das 5 da manhã e o dia ainda demoraria a sair da penumbra.

Ao visitar D. Gelita (irmã de seu Nilson e amiga de minha mãe) e seu Bida, na semana anterior, ela havia me avisado que Dr. Antônio estava entubado. Nós sabemos que, nos dias que estamos enfrentando, isso não era um bom sinal. Entretanto, Deus sempre sabe de tudo e é o detentor de nossos destinos.

E, por falar em destinos, quis o Criador que, lá pelos idos de 1989, exatamente no 1º mandato deste imponente homem, como Prefeito de São João-PE, a gente se conhecesse: eu, um menino de apenas 10 anos. Ele, o representante do povo. E por esta razão, gentilmente, pedi à secretária do atual Prefeito, Aline, tirasse essa foto para mim pois, na segunda-feira, quando ali estive, onde estive pela 1ª vez há 32 anos, não imaginava que a vontade de Deus seria trazer para si e para a companhia dos seus o nosso Antônio de Pádua.

Desculpem-me se serei monótono ou se deixarei fissuras nas linhas a seguir, pois quem agora narra é um menino de 10 anos e não mais um professor. Ingressei na Escola João de Assis Moreno em 1989, após concluir o "primário" na Escolas Reunidas João Fernandes da Silva, coincidentemente ascendente de Antônio de Pádua e cuja diretora era Rosa Maria Fernandes Zoby.

Houve uma escolha de o aluno que estivesse bem na leitura fosse ler uma carta para o Prefeito e quis Deus, naquele momento, que os destinos de Antônio e Everaldo se cruzassem pela 1ª vez. Estive no Palácio João de Assis Moreno, cumpri a missão dada e de lá saí impressionado com a delicadeza e gentileza de um adulto num cargo tão importante. Até então, eu não sabia que Antônio era professor. Eu já sabia que queria ser professor. Eu não sabia que Antonio era mestre, pois o chamavam de doutor... E por falar em doutor, ecoa em minha mente um refrão de uma de suas campanhas, o qual certamente será lembrado por muitos sãojoaenses - cujo título de cidadão recebi em 04 de abril de 2017, através da preposição da vereadora Mª Joseneuda de Assis da Silva.

Não adianta fazer tanta confusão

Antonio de Pádua é o Prefeito de São João

Ele é honesto, é trabalhador,

Ajuda o pobre, o agricultor...

Miguel Arraes

Foi ele quem falou:

Para Prefeito, vote no Doutor...

Ainda naquele ano de 1989, eu lembro que o município oferecia duas turmas de 5ª série à tarde e essas duas turmas agregavam crianças e jovens oriundos das zonas rural e urbana, pois de 1ª à 4ª série também se ofertava nos sítios. Também lembro que havia aula de violão, judô, teatro, dança... E o contato com tanta arte só podia desvelar a magnitude da pessoa que fora eleita para representar nosso povo e cuidar de nossa gente.

Ainda naquela época, ainda em transição entre a infância e a adolescência, lembro de ter procurado o Prefeito, pois o considerava amigo (e acredito que era isso que ele era das pessoas da cidade) e na minha cabeça havia um Projeto. A secretária da época, talvez vendo ali apenas um menino e não um cérebro pensante, tentou desconversar. Foi quando lá de dentro ecoou uma voa grave e firme, porém gentil: - É Everaldo, Nazaré? Deixe-o entrar.

O secretário de educação e cultura era o senhor Bianor Lemos de Abreu, esposo da querida Valmira Magalhães de Abreu. Bianor perguntou do que estava precisando para o Projeto, solicitou uma lista e providenciou. Eu nunca fui perguntado em quem meus pais votaram, pois estava claro que eu não tinha idade para votar e imagino que também estava claro que um governador/gestor ganha para fazer melhorias para todos e não apenas para quem votou nele.

Dentre todas as oportunidades que aquela gestão de Antonio de Pádua proporcionou, também fiz um curso de Teatro pela FETEAPE de 192 horas, cujo certificado guardo até hoje:

Ao encenarmos Pluft, o Fantasminha, Antonio estava na plateia, aplaudindo, sorridente e feliz. E muito felizes estávamos nós, crianças e jovens de São João, com aquela oportunidade de vivenciar arte na Associação Atlética e Cultural de São João (AACSJ).

O tempo foi passando, a criança se tornou adolescente e lá pelos idos de 1999, já prestes a concluir o curso de Letras na UPE, um trabalho acadêmico fora aceito para ser apresentado em Cuba. Um passaporte, dinheiro e outras coisas seriam necessárias. Tive a ideia de procurar Antônio de Pádua e "bingo". Ele ajudou no meu 1º passaporte e com uma quantia também.

Quando voltei da experiência do 1º mestrado na Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, nos idos de 2001 e 2002, dei algumas ideias a então secretária de educação Maria Joselma Assis da Silva, que assim como o senhor Bianor, não só ouvia como se empolgava. E assim se consolidava minha história de carinho e muito afeto pela família Assis da Silva.

Dentre outras coisas, fizemos uma homenagem a várias professoras, num evento que homenageava a mulher, e não só ela. É tanto que um dos homenageados foi o saudoso, brincalhão e querido Severino Teles Barreto, avô da atual 1ª dama, cuja homenagem foi recebida por sua filha Avanir Teles em 2004, no Colégio João de Assis Moreno.

Por falar em Cuba, ainda em seu governo, pioneiramente, havia cubanos na cidade medicando a população, para suprir a carência de profissionais médicos na atenção básica. E não é que o jovem que foi ajudado por Antonio de Pádua foi a Cuba, justamente dar treinamento para médicos dessa nacionalidade?

https://www.youtube.com/watch?v=LGX2jopbLeo

Gratidão, Antonio de Pádua! Descanse em paz! E até o reencontro. Não tenho dúvidas de que um dia nossos ancestrais se cruzaram e Deus nos oportunizou esse reencontro nessa passagem pela Terra.

*Everaldo Freire é professor desde os 16 anos - foi escolhido pela profissão ao receber o convite para ensinar inglês para crianças numa pré-escola, em 1995. Concluiu o Curso de Letras (Português/Inglês) em dezembro de 2000 com láurea. Considera-se um homem autêntico, independente, decidido, conectado, organizado sem exageros e paciente; enfim, sabe o que quer e como chegar lá!

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