O centro e a direita foram os grandes vencedores
das eleições municipais de 2020. Já tinham ficado mais fortes no primeiro turno
e ratificaram sua ascensão neste domingo, dia 29.
Os partidos que ganharam mais prefeituras foram o
MDB, DEM e PSDB e PSD.
O PSDB manteve São Paulo, maior colégio eleitoral
do país, mas saiu menor, este ano, do que em 2016.
O PT teve um resultado parecido com o de quatro
anos atrás. Elegeu menos prefeitos, mas vai governar mais pessoas, porque
venceu em cidades como Diadema e Mauá (SP), Contagem e Juiz de Fora (MG).
O PSOL, que chegou a assustar as elites
paulistas, com Guilherme Boulos, ficou com a prefeitura de Belém, conquistada
por Edmilson Rodrigues.
Já o PSB, apesar de ter feito menos prefeituras do
que quatro anos atrás, manteve o Recife e conquistou Garanhuns, ficando forte
em Pernambuco.
Se o Centrão saiu forte e o partido de Lula ficou
praticamente na mesma, em compensação o bolsonarismo sofreu uma retumbante
derrota. Todos os candidatos ligados ao presidente perderam em cidades
importantes, tanto no primeiro, quanto no segundo turno.
No Recife, Belo Horizonte e São Paulo os candidatos
que tinham a simpatia de Bolsonaro não foram nem para o segundo turno.
Neste domingo a derrota da extrema direita foi
sacramentada com a goleada que Marcelo Crivella levou de Eduardo Paes, no Rio
de Janeiro.
Para não dizer que o bolsonarismo perdeu em todas
as cidades importantes, venceu em Vitória, capital do Espírito Santo.
As derrotas de Boulos, Manuela D´Ávila, Marília
Arraes e outros nomes da esquerda desanimam os progressistas. Mas é preciso
raciocinar que a recuperação pelo revés do golpe de 2016 é lenta, mudanças não
se fazem do dia para a noite.
O Brasil foi jogado nas trevas, principalmente com
o resultado da eleição de 2018, e para voltar ao grupo das nações civilizadas
leva um tempo.
Rejeição ao bolsonarismo, demonstrada nas urnas da
maioria dos grandes centros, já é um alento. Quem sabe em 2022 já poderemos ter
avanços maiores.
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