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Pesquisas Eleitorais

O OLHAR PERVERSO DO CAPITÃO BOLSONARO



Por Michel Zaidan Filho*

O DIABO VENCEU - Chega a ser paradoxal, mas o fato é que a criação do demônio é obra de uma mente doentia, que vive pensando no pecado o tempo todo.  Só uma mentalidade escatológica pode produzir as figuras do mal. O que seria das religiões fundamentalistas e puritanas se não existisse o demônio? O pecado é a acumulação primitiva das religiões. Se nunca tivesse existido o pecado, não haveria sentido na existência das religiões. É preciso inculcar um sentimento de culpa muito grande na cabeça das pessoas para tornar necessária a sobrevivência das igrejas.

Estou me referindo ao pecado original como a acumulação primitiva da Teologia porque lembrei os estudos de Freud sobre a sobrevivência das religiões na época moderna. Dizia o grande pensador austríaco que os credos religiosos sobreviveriam na nossa época como uma espécie de neurose ou fuga da realidade. Como um a espécie de escapismo ou regressão infantil que faz as pessoas se refugiarem num mundo fictício, para não enfrentarem as dificuldades do dia-a-dia.

Marx, que era ateu e materialista, acusava a religião de ser a principal fonte de alienação das pessoas. O suspiro da criatura oprimida. Feuerbach, que escreveu o belo livro sobre “a essência do Cristianismo”, publicado com o prefácio de Rubem Alves, foi mais profundo: disse que a religião é fruto da inconformidade de cada um com o mundo existente e a busca de um mundo melhor. Somos religiosos porque não nos conformamos com este mundo. Aspiramos por um mundo melhor.

A vertente judaica e reformada do Cristianismo perdeu de vista a dimensão utópica, desiderativa do discurso religioso e substituiu-o por uma visão medonha do mundo terreno (“o vale de lágrimas”), segundo a versão barroca e alegórica da contrarreforma. O mundo é o matadouro das esperanças, é a antessala do inferno. E os bons já estão escolhidos, segundo a doutrina da predestinação de Santo Agostinho. Cristianismo guerreiro, do castigo, da punição eterna das almas danadas.

Todo esse “ introito” tem a ver com o pervertido “voyeurismo” carnavalesco protagonizado pelo capitão Bolsonaro. Já não bastasse a representação grotesca do carnaval como festa do inferno, bacanal do diabo ou sabá das bruxas, agora surge um personagem, também grotesco, que resolveu se transformar na palmatória dos costumes e folguedos momescos. O que aspira esse personagem com o olhar condenatório em relação às alegorias e fantasias carnavalescas? – O que pretende a cruzada moralizadora dos costumes da folia?

Essa é a pergunta que precisa ser feita em relação a esse fiscal dos costumes. Há algo de perverso e duvidoso nessa forma de olhar a cultura popular dos nossos dias. O que pretende o guardião da moral e dos bons costumes? 

*Michel Zaidan Filho, natural de Garanhuns, é professor universitário e cientista político. Tem mais de uma dezenas de livros publicados.
**Foto: Jovem Pan

Um comentário:

  1. Por fim podemos traduzir, após este palavrório idiota recheado de citações a psicopatas ícones da sem-vergonhice mundial, que o senhor Michel é apreciador de dedadas no rabo e mijadas na cara! E quem criticar essa práticas sacrossantas, para ele, é que é o pervertido!

    P.S: Dilma fechou os manicômios em 2015.

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