Em 1939, antes de
todo horror da II Guerra Mundial, Charlie Chaplin realizou o filme “O Grande Ditador”.
É uma obra prima
com uma visão de futuro que só os gênios têm: como que traça um perfil perfeito
de Hitler, quando muitos ainda se iludiam com o ditador; prevê toda a barbárie
que viria com o nazismo, ironiza as tiranias e deixa uma mensagem de esperança,
com o discurso no grande final: “...Os ditadores morrem...”.
Hitler na
Alemanha, Mussolini na Itália, Franco na Espanha, Salazar em Portugal, Pinochet
no Chile, Videla na Argentina, Stalin na Rússia, Mao Tsé-Tung na China, Médici
no Brasil, cada um deles, em maior ou menor grau - usando a ideologia de direita
ou de esquerda - foram responsáveis pela morte de milhões e causaram muito mal a
seus países ou a toda humanidade.
Todos esses
genocidas, porém, foram ao seu tempo enaltecidos ou glorificados, alguns até
santificados em vida.
Está aí na foto
acima o grande erro da Revista Time, em 1938 (lembrando que a Revista Veja é a
“Time brasileira”).
Chegou a colocar Hitler na capa, elegendo-o o homem do ano.
Hoje quase todo
mundo sabe que ele era a loucura, a própria encarnação do mal, o demônio na
pele de uma pessoa aparentemente normal.
O mesmo erro se
repete hoje em termos mundiais e no Brasil: falsos heróis, justiceiros,
salvadores da pátria, caçadores de marajás, líderes políticos separando crianças
dos pais, a política do mal vencendo a luta pelo bem comum.
É preciso nunca
esquecer a mensagem de Charlie Chaplin, um humanista que foi perseguido como
comunista, nem a mensagem de Jesus, nem todo legado dos verdadeiros grandes
homens: Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Nelson Mandela, Barak Obama, Chico
Mendes...
Cuidado com a
seletividade, a hipocrisia, o discurso falso e moralista, a escolha do “homem
do ano”.
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