Por Junior Almeida
Caetés
realmente vem se diferenciando das demais cidades da região, e isso em todos os
setores. No quesito festa não é diferente. A equipe do prefeito Armando Duarte,
pensando no melhor para o povo do município e turistas, se preocupou esse ano
em agradar todos os públicos com as atrações dos mais variados estilos dentro
do forró e da arte popular. O ponta
pé inicial dos festejos juninos foi na Vila Araçá, com duas bandas de forró
estilizado, Vumbora e Forró na Mídia. Na sexta-feira passada
(15) Caetés viveu uma noite memorável, que não ficou nada a dever ao Festival
de Inverno de Garanhuns–FIG-,ou ao São João de Caruaru, por exemplo, pois dois
gigantes da música popular brasileira, Jorge de Altinho e Elba Ramalho, além dos
artistas da terra, Emanuel e Mathias, se apresentaram para as milhares de
pessoas que lotaram a praça de eventos da Terra da Energia Eólica de
Pernambuco.
Na
próxima quinta-feira (21) Caetés deixa um pouco de lado o forró, mas não à
cultura popular nordestina. A noite é de cantoria, da arte do improviso. Uma
definição bem humorada e interessante dos cantadores é que poeta é aquele que tira de onde não tem e bota onde não cabe. Pois
bem, quem quiser ver e ouvir tiradas inteligentes como essa não pode perder. A
cantoria começa a partir das 20 horas
e as atrações da festa são vários poetas convidados, além de Jairo Silva e Jeferson Silva do Piauí,
Rogério Menezes e Raimundo Caetano, de Caruaru. Quem vai apresentar o encontro
é Raudênio Lima, poeta declamador.
Serão homenageados os filhos de Caetés, Severino Ferreira, o poeta cantador, e
Edmilson Pereira, o Miltão, organizador de cantorias.
Entrando
no clima da poesia popular, abaixo um texto do professor Urbano Silva, que
também é pesquisador da cultura nordestina, em especial Luiz Gonzaga, e locutor
da Rádio Cultura de Caruaru, trabalhando diretamente com o “homem da Feira de
Caruaru”, Onildo Almeida. Diz a "Poesia Nordestina:
Sou mais nordestino
Do
que brasileiro
O
povo pioneiro
Que
o Brasil fundou
Nascido
na Bahia
Em
Porto Seguro
Mirando
o futuro
O
Brasil avançou
Nordeste
de arte,
de
samba e xaxado
da
pega do gado
do
vaqueiro valente
da
viola e o repente
do
som do reisado
da
ciranda e o congado
no
terreiro da gente
Nordeste
Atlântico
do
mar mais bonito
de
rezar, o Bendito
Padim
Ciço ensinou
pandeiro
e embolada
nessa
terra encanta
A
morena percanta
meu
coração animou
Sou
mais nordestino
Assim
quero ser
Viva
gente altiva
De
um grande sertão
De
céu anil
Azul
estrelado
Um
dia trovejado
Que
banha a criação
Nordeste
é cultura
tem filosofia
um
sonho por dia
a
nos desafiar
dessa
gente que sou
fazendo
poesia
essa
terra da alegria
quero
sempre te louvar.
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