Dom Reginaldo
Andrietta, Bispo Diocesano de Jales, interior de São Paulo, escreveu um artigo
criticando as reformas que vêm sendo feitas pelo Governo Temer, especialmente a
Reforma da Previdência, que a seu irá
prejudicar milhões de trabalhadores brasileiros, que terão muita dificuldade
para se aposentar se a proposta for aprovada no Congresso Nacional.
A opinião de
Dom Reginaldo é endossada pela maioria dos bispos brasileiros, tanto que o
artigo será divulgado no site da CNBB. Alguns blogs já estão antecipando o
texto do líder religioso, que publicamos abaixo:
A Constituição de 1988, ainda em
vigor, assegurou um sistema avançado de proteção social, conquistado a duras
penas pela classe trabalhadora no bojo das lutas pela redemocratização do
Brasil. A classe dominante jamais aceitou esse e outros avanços que, em última
instância, apenas asseguram as bases para a construção de uma sociedade
verdadeiramente democrática e justa.
Os argumentos utilizados para essa reforma previdenciária são enganadores. O
déficit alegado é falso. Essa constatação foi feita pela própria Comissão
Parlamentar de Inquérito, constatando que a Previdência Social é, na realidade
superavitária. Causa espanto um dos argumentos utilizados pelo Presidente da
República para essa reforma, que o brasileiro daqui a pouco viverá 140 anos.
Nossa Lei Magna está sendo,
assim, mutilada. Em consequência, os pobres, já crucificados, estão sendo ainda
mais sacrificados com o desmonte descarado do sistema de proteção social.
Instaura-se a barbárie. Perde-se a civilidade. O governo de plantão quer que o
Estado adote a política de Pilatos. Este “lavou as mãos” na condenação de
Jesus. Trata-se da política do “Estado Mínimo” que se exime de sua
responsabilidade de proteger sobretudo os mais desvalidos. O
congelamento por 20 anos dos gastos com programas sociais e a recente reforma
trabalhista ferem gravemente nossa “Constituição Cidadã”.
O grau de respeito à dignidade humana de uma nação deve ser também medido por seu sistema de proteção social. A Doutrina Social da Igreja é clara na definição do papel do Estado de salvaguardar os direitos sobretudo dos mais pobres, garantindo, por exemplo, acesso a um sistema de proteção social que não esteja submetido à lógica mercantil. Afinal, proteção social deve ser comprada?
Um sinal muito particular de respeito humano é a proteção às pessoas idosas, a ser garantida, especialmente, por uma aposentadoria justa. Clamam aos céus o desprezo sofrido por elas. O Salmo 79,1 traduz, sabiamente, o clamor do idoso: “Não me rejeites na minha velhice; não me desampares quando forem acabando as minhas forças”. O livro de Levítico 19,32 exorta: “Levante-se diante de uma pessoa de cabelos brancos e honre o ancião…!”
Que tal, então, levantarmo-nos em respeito às pessoas idosas de hoje e de amanhã? Que seja um “levante popular”, evidentemente pacífico. Que tal, por exemplo, distribuirmos ostensivamente, “santinhos” com nomes, fotos e partidos políticos dos legisladores que votarem a favor dessa reforma da previdência, denunciando-os em seus “currais eleitorais”? David venceu Golias com uma simples funda. A força dos fracos está nas ações simples e contundentes.
Jales, novembro de 2017.
O grau de respeito à dignidade humana de uma nação deve ser também medido por seu sistema de proteção social. A Doutrina Social da Igreja é clara na definição do papel do Estado de salvaguardar os direitos sobretudo dos mais pobres, garantindo, por exemplo, acesso a um sistema de proteção social que não esteja submetido à lógica mercantil. Afinal, proteção social deve ser comprada?
Um sinal muito particular de respeito humano é a proteção às pessoas idosas, a ser garantida, especialmente, por uma aposentadoria justa. Clamam aos céus o desprezo sofrido por elas. O Salmo 79,1 traduz, sabiamente, o clamor do idoso: “Não me rejeites na minha velhice; não me desampares quando forem acabando as minhas forças”. O livro de Levítico 19,32 exorta: “Levante-se diante de uma pessoa de cabelos brancos e honre o ancião…!”
Que tal, então, levantarmo-nos em respeito às pessoas idosas de hoje e de amanhã? Que seja um “levante popular”, evidentemente pacífico. Que tal, por exemplo, distribuirmos ostensivamente, “santinhos” com nomes, fotos e partidos políticos dos legisladores que votarem a favor dessa reforma da previdência, denunciando-os em seus “currais eleitorais”? David venceu Golias com uma simples funda. A força dos fracos está nas ações simples e contundentes.
Jales, novembro de 2017.
A igreja deve ter sido a favor do cornão Paulo Bernardo e da gaiúda Gleisi Hofffmann, quando, juntos, com aval do PT, desviaram cerca de 100 milhões de reais dos funcionários aposentados – ISSO MESMO, APOSENTADOS!!! - com o esquema de empréstimo consignados que já vinha descontado uma taxa de cada aposentado para ter acesso ao empréstimo descontado em folha...
ResponderExcluirP.S. : - Vai aqui, a título de comparação porque essa corja é contra a reforma da previdência. SENÃO VEJAMOS: se um funcionário de Ferreira Costa e outro da Caixa Económica Federal ganham, cada um, 10 mil reais, ATENTAI BEM: o da Caixa se aposenta pelos mesmos 10 mil reais(por ser funcionário público); já o de Ferreira Costa só se aposenta com 5.400,00 que é o TETO do INSS... Entenderam ou quer que se faça o desenho?!?!?!