Garanhuns
passou cerca de 14 anos sem representação na Assembleia Legislativa, até que em
2002 o empresário Izaías Régis se elegeu deputado estadual com grande votação,
se reelegendo em 2006 e 2010.
Em 2013,
Izaías renunciou ao mandato de deputado para assumir o cargo de prefeito de
Garanhuns e o município ficou novamente sem um representante no Legislativo
Estadual.
Na eleição
de 2014, o prefeito lançou a candidatura do vereador Zaqueu Lins como candidato
à Assembleia, o parlamentar obteve uma ótima votação na cidade (perto de 20 mil
votos), mas faltou apoio em outros municípios para garantir sua eleição.
No próximo
ano, teremos outra vez eleições estaduais e as perspectivas, por enquanto, não
são muito animadoras e Garanhuns poderá ficar mais quatro anos fora da Casa de
Joaquim Nabuco, o que não é bom para o município, com uma população em torno de
140 mil habitantes.
Lembrando
que a Terra de Simoa Gomes, quando era bem menor, teve diversos representantes
na Assembleia Legislativa, como Aluísio Pinto, Souto Filho, Luiz Souto Dourado,
Ivo Amaral, José Cardoso, Aurora Cristina, além de Cristina Tavares e José Tinoco, que
foram deputados federais.
Alguns
nomes da política local acenam com candidaturas em 2018, mas as articulações em
Garanhuns e nos municípios vizinhos são no momento um tanto tímidas,
impossibilitando, por enquanto, que alguém apareça forte, com chances reais de
assegurar um mandato.
Um dos
nomes em destaque, que poderia se
viabilizar se fosse apoiado pelo prefeito e por lideranças da região seria o do
médico Silvino Duarte (PSDB).
Este, que
foi vereador, vice-prefeito e prefeito de Garanhuns duas vezes já visitou
diversas pessoas e locais demonstrando sua intenção de se candidatar.
Até ocupantes
do 1º escalão do Governo Izaías Régis e vereadores da base aliada comentam essa
possibilidade. Tem mais: Nas suas conversas Silvino informa que será candidato
com aval do senador Armando Monteiro, nome mais forte da oposição para tentar
barrar a reeleição de Paulo Câmara.
Se todos
abraçassem a candidatura de Silvino – o prefeito, o senador e a maioria dos
vereadores – ele poderia decolar e se tornar um candidato forte, com chances
reais de resgatar a cadeira de Garanhuns na Assembleia.
Outro nome
local que pode concorrer é o ex-vereador Sivaldo Albino (PPS), que já tentou o
Legislativo Estadual na eleição passada, sem sucesso.
Aliado do
governador Paulo Câmara (PSB), Sivaldo terá uma missão difícil, porque a
oposição feita ao prefeito Izaías Régis (PTB) não tem lhe rendido prestígio
político e é provável que em 2018 o atual gestor ainda seja o grande eleitor de
Garanhuns.
Caso
Sivaldo consiga ampliar seu grupo, de modo a viabilizar sua eleição no próximo
ano, teria tudo para se tornar a grande liderança do município, com tudo para
impedir que Izaías faça o seu sucessor.
Se, ao
contrário, seu projeto fracassar e tiver uma votação pífia como candidato a
deputado, ficará fragilizado para a eleição municipal e o prefeito
provavelmente elegerá o vice Haroldo Vicente para o seu lugar.
Outro nome
da política de Garanhuns que não pode ser esquecido é o do vereador Zaqueu
Lins, o mais votado para deputado no município em 2014.
Zaqueu tem
um capital político, é certo, e se não fizer alguma coisa ele poderá virar pó.
Consciente
disso, Zaqueu tem admitido a hipótese de disputar um mandato de deputado
federal, fazendo dobradinha com um candidato estadual forte, um puxando o
outro, na cidade e região.
Caso o
vereador tente realmente a Câmara Federal, com uma boa estrutura de campanha,
poderá pelo menos repetir a votação que teve para estadual, habilitando-o em
2020 a concorrer à sucessão do prefeito Izaías Régis.
Seria ótimo que Zaqueu topasse essa parada, até porque alguns dos deputados federais mais bem votados em Garanhuns, na última eleição, decepcionaram completamente o eleitor: Jorge Corte Real e Fernando Monteiro além de não mostrarem serviço pelo município, apoiaram o golpe que derrubou Dilma e na última votação na Câmara ajudaram a salvar Temer de ser investigado pelo STF.
Aqui em Garanhuns e no restante do Estado esses dois estão queimados.
CLAUDIANO E ÁLVARO - Além
desses três nomes com uma história no município, teremos fazendo política em
Garanhuns dois deputados fortes, na luta pela reeleição: um é Álvaro Porto,
ex-prefeito de Canhotinho, que em 2014 beirou os cinco mil votos aqui no município.
O outro é Claudiano Martins, filho do ex-prefeito de Itaíba do mesmo nome, que
também foi deputado estadual.
Tanto
Álvaro quanto Claudiano já têm grupos formados na cidade, apoio de vereadores e
lideranças expressivas.
Se Silvino
for candidato tem tudo para ser o mais votado para estadual, mas se esse
projeto não for à frente Claudiano Filho ou Álvaro Porto poderão disparar na
preferência popular, com chances até de ficar na frente de Sivaldo, já que este
hoje não tem o apoio de nenhum vereador, nem do prefeito e o governador não irá
pesar tanto na transferência de votos, já que vai estar preocupado com sua
própria reeleição e terá de tratar igualmente todos os candidatos à Assembleia
que estarão no seu palanque.
O
garanhuense, conscientemente ou de forma inconsciente, sabe que o melhor para a
cidade é ter um nome local para representar o município na Assembleia ou na
Câmara Federal.
Assim,
votará em Silvino, Sivaldo ou Zaqueu com
muita vontade se eles estiverem na disputa com um grupo em que se possa
acreditar e apresentando propostas de interesse de Garanhuns e do Agreste
Meridional como um todo.
Caso os
pré-candidatos da casa não se viabilizem ou disputem por disputar, para marcar
posição, aí o eleitor se sentirá à vontade em votar em Claudiano ou Álvaro, até
porque eles são bons deputados, têm estado próximos do município e já
apresentaram na Assembleia projetos e requerimentos de grande interesse do povo
de Garanhuns.
Por
enquanto cabe ao eleitor observar, estudar a situação, aguardar. Queira Deus
que os ventos da política se movam a favor da Terra das Sete Colinas.
Se tem duas coisinhas que não fariam a menor falta para os Estados e municípios são Verador e Deputado Estadual.
ResponderExcluir