Ao liberar, na sexta-feira (23/12), R$9,9
milhões para o novo campus da Universidade Federal Rural de Pernambuco no Cabo,
o ministro da Educação, Mendonça Filho, anunciou a geração de mais 400 novos
empregos diretos na obra em 2017. "Retomamos a obra que estava paralisada
em julho. Na primeira visita encontramos apenas 20 pessoas trabalhando. Hoje
são 400 trabalhadores e em 2017 vamos dobrar, totalizando 800 empregos
diretos", afirmou Mendonça Filho, ressaltando a importância da retomada
das obras paralisadas nas universidades e institutos federais em todo o País,
para a geração de emprego e aquecimento da economia.
Para o ministro Mendonça Filho a obra
do novo campus da UFRPE num primeiro momento ajuda a reverter o desemprego na
região, muito afetada com a recessão, e na sequência com a formação de
profissionais de engenharias, oferecendo mão de obra qualificada para o pólo
industrial. "Um campus como este vai garantir uma integração entre o
conhecimento educacional e o desenvolvimento econômico e industrial da região”,
pontuou.
A unidade do Cabo funciona desde 2014 em
local provisório e atende 600 alunos de cinco cursos de engenharias: Mecânica,
Eletrônica, Elétrica, Civil e de Materiais. Após a conclusão das obras, serão
cerca de 20 mil alunos atendidos por 48 cursos de graduação ofertados pela
instituição, sendo 24 Bacharelados em Engenharia e 24 Tecnólogos.
A reitora da Universidade Federal
Rural de Pernambuco, Maria José de Sena comemorou o andamento da obra, que
finalmente está seguindo um cronograma produtivo. “A partir deste ano nós
tivemos realmente esse comprometimento. Mudou totalmente o panorama e hoje a
gente pode assumir responsabilidades. A gente agora está podendo avançar",
concluiu a reitora.
O novo campus está orçado em R$ 250
milhões. Desde que assumiu o MEC, o ministro Mendonça Filho liberou R$ 35
milhões. Para 2017 já está previsto um investimento de R$103 milhões para esta
obra, que deve ser concluída em 2018. Serão 56 mil m² de área construída. Além
de salas de aula, a unidade contará com laboratórios e oficinas para atividades
práticas, biblioteca, restaurante universitário e um centro de convenções.
A Unidade Acadêmica Cabo de Santo Agostinho, da
Universidade Federal Rural de Pernambuco está estruturada num modelo de
formação que permite que os alunos cursem 2.760 horas e possam, após isso,
trancar por até quatro anos, obtendo certificação intermediária de Tecnólogo.
Os alunos vão desenvolver atividades práticas desde o início da graduação,
tanto nos laboratórios quanto nas indústrias da região, o que permite uma
imersão na futura profissão e um aprendizado direcionado.
Campus – Vizinho ao polo de desenvolvimento do
porto de Suape, no litoral sul pernambucano, o novo campus também atenderá a
demanda de qualificação da força de trabalho das diversas indústrias que
utilizam tecnologia intensiva. Para suprir essa necessidade, a UFRPE implantou
um formato inovador para a formação dos estudantes, que permite ao estudante
manter contato direto com empresas e indústrias desde o primeiro dia de aula.
O estudante pode, ainda, ingressar na instituição
no curso de bacharelado e, uma vez cumprida carga horária mínima de 2.760
horas, equivalente à matriz curricular específica, obter a certificação intermediária
de tecnólogo. Esse modelo é conhecido como dual, em vigor em países como
Alemanha e Suíça. (Da Assessoria de Comunicação do MEC).
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